sábado, 31 de março de 2012

O Sonho Não Acabou!

por José Geraldo Pimentel
Cap Ref / EB
A reunião estava marcada para iniciar às 9:30 hs, de um dia 31 de março. Era o ano de 2012. Sai de casa apressado. Logo adiante percebia que a Avenida Automóvel Clube estava congestionada. Optei, então, seguir em frente pensando em voltar pela estrada Dom Helder Câmara, antiga Suburbana. O retorno aconteceu em Madureira, aumentando mais o percurso e o tempo. Finalmente entrava num desvio e alcançava a Linha Amarela. Na Reserva, na praia do Recreio dos Bandeirantes, eu encontraria o quiosque do Sr. Ademir. Cumprimentei-o e tratei de ocupar uma mesa. O tempo estava meio encoberto, nuvens escassas, mas a promessa de um dia de sol radiante. ‘Como o carioca gosta!’
Pouca gente, mas envolvida num clima de entusiasmo que aflorava nos olhares e conversas. Depois chegava o Deputado Federal Capitão do Exército da reserva, Jair Bolsonaro. Uma figura esguia, bem falante, que procurava mostrar a sua presença, cumprimentando as pessoas. Eu providenciava uma porção de batatas fritas, cervejas e Pepsi. Anotei as presenças das TV Globo e TVS, e a Folha de São Paulo. O parlamentar subiu num ponto mais elevado, colado a uma árvore, e dava o seu recado. Uma repórter da TV Globo fez cara feia, como se não aprovasse a presença do deputado. Mas o parlamentar estava preocupado em mandar a sua mensagem. Falava sobre os antecedentes e a Contra-Revolução de 64 propriamente dita. E lembrava de sua participação no atual evento, alugando a aeronave que transportaria os pára-quedistas que iriam saltar em homenagem à data de 31 de março de 1964. Seguiu-lhe no ‘parlatório’, o presidente da Federação de Pára-quedistas do Rio de Janeiro.
A platéia não aumentava. Calculei umas quarenta e cinco pessoas. Muito pouco gente para a natureza do evento e a divulgação que fora feita. Mas era uma gente que soltava emoção por todos os poros. Eu segurei as lágrimas ao constatar como se leva tão pouco em consideração os nossos feitos históricos. O silêncio devia imperar nas unidades militares. Nenhuma palestra pronunciada, e nem Ordem do Dia lida para a tropa. Os feitos gloriosos das Forças Armadas estavam sendo negados e ocultados das novas gerações.
A covardia falava mais alto do que a repressão política dos ... Perdedores que hoje se jactam os todos poderosos donos do poder. Os sensores perderam a batalha, mas mostram que ganharam a guerra!
Para a minha surpresa a tropa de choque que atormentara os participantes do Painel 1964 - A Verdade, na frente do Clube Militar, na Cinelândia, não apareceu. Ninguém para incomodar o papo que rolava em pequenos grupos. Poucos solicitaram bebidas. Um ou outro se aventurava numa porção de pastéis.
Ao lado de minha mesa um jovem e um senhor de idade. Pareciam muito íntimos. O coco verde era partilhado por ambos no mesmo canudinho. Carinho e cuidados afloravam no rosto do jovem.
A curiosidade me fez levantar e conversar com os vizinhos. O ancião tinha 84 anos de idade, pai do jovem, que não aparentava mais de 25 anos.
Finalmente, por volta das 12h15min, após a passagem de uma aeronave com uma faixa onde se lia: Parabéns, Brasil - 31 Mar 64 surgiu à uma boa altura, outro pequeno avião e dois vultos que identificavam tratarem-se de pára-quedistas.
Os olhos se voltaram para o céu. A expectativa era grande! Em menos de dois minutos aterrissava o primeiro pára-quedista. Pousou a uns cinqüenta metros do alvo colocado na praia à frente do quiosque. O segundo saltador demorava mais, realizando uma série de manobras.
 Este deve ser um bom profissional. Comentei para o meu filho.
A aproximação do parapente, o equipamento usado nos dois saltos, revelava que neste salto havia duas pessoas. O pouso foi perfeito. Quase acertando o alvo. Uma linda jovem de uniforme azul, e tênis, sorria de pura felicidade. Ajudada a se desvencilhar do equipamento, ensaiava uns passos e era aplaudida.
À essa altura eu me afastara e posicionara-me num ponto de melhor visibilidade. As lágrimas não conseguiram ser contidas. O velho guerreiro chorou por pouca coisa: Um evento em que se comemorava os 48 anos da Contra-Revolução de 1964!
 Cuida do velho para mim! Disse para o cuidadoso filho ao deixar o local. Ambos sorriram.
Os jovens precisam não se deixarem iludir pela propaganda odiosa que os revanchistas de plantão estão derramando sobre as suas almas e corações. A nossa história não pode ser esquecida. Devemos seguir o exemplo do velhinho que compareceu ao evento para não deixar cair no esquecimento parte de nossa história. O nosso herói é oficial da Marinha! Velhinho como nós que lá comparecemos com o espírito cheio de entusiasmo e um imenso amor pelo Brasil!
Rio de Janeiro, 31 de março de 2012.
Recebido por correio eletrônico

Parabéns, Presidente Dilma!

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Carta Aberta à Presidente Dilma
por Lino Tavares
Presidente Dilma!
Inicialmente, minhas desculpas por tratá-la de Presidente e não de Presidenta, de acordo com a sua manifesta vontade. Faço-o, porque não compactuo com qualquer forma de desobediência a leis e tratados que tenham entre os signatários o meu país, como é o caso do acordo firmado entre o Brasil e os países de Língua Portuguesa, à luz do qual esse vocábulo não possui flexão de gênero por ser um substantivo comum de dois, possuindo, portanto, uma grafia única para os gêneros masculino e feminino.
Mas o objetivo primordial dessa carta aberta não é levantar a questão relacionado a esse pequeno desvio de conduta de natureza linguística. A finalidade desse documento de cunho jornalístico é cumprimentá-la pela forma corajosa como adentrou a propaganda partidária do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), levada ao ar na TV, na noite de 28/03/2012, para revelar de forma cristalina sua real identidade doutrinária.
Pessoalmente, eu me considero beneficiado por essa sua atitude arrojada, haja vista que, graças a ela, vejo resgatar-se junto a milhares de leitores minha credibilidade um tanto abalada, por haver afirmado na mídia, repetidas vezes, que a sua militância política na juventude tinha dupla finalidade: destruir o regime de governo vigente e substituí-lo pela ditadura do proletariado, liderada na época pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Até escrevi isso no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, sendo contestado por leitores que não acreditavam nessa versão.
Saiba que, em função da declaração feita na propaganda do PCdoB, enfatizando que o partido simbolizado na Foice-e-Martelo pulsa-lhe forte no lado esquerdo peito, a Senhora demonstrou ser uma pessoa transparente, que não vê por que esconder que sempre aprovou, em grau, gênero e número, coisas como o “Muro de Berlim”, o Regime fechado de Cuba, com seu tenebroso Pelotão de Fuzilamento, os campos de concentração da Sibéria, da Era Stalinista, a ação do governo chinês contra os protestos de estudantes, que ficou conhecido como “Massacre da Praça da Paz Celestial”, além de outras ditaduras de mesma coloração doutrinária, hoje em processo de dissolução frente às ações populares que clamam por liberdade. Por sua atitude franca e decidida, que deixa nas entrelinhas a certeza de que o seu “sonho da juventude” não acabou, ficam aqui registrados, Presidente Dilma Roussef, os meus sinceros cumprimentos.
jornalino@gmail.com é jornalista
Fonte:  Blog Virtualino
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31 de Março de 1964

por Maynard Marques de Santa Rosa
O governo, o povo e as Forças Armadas do Estado de Minas Gerais declaram-se fora da União Federal”.
A proclamação do governo Magalhães Pinto, propalada em tom retumbante pelo “Repórter ESSO”, causou impacto na geração de 1964, sinalizando a ruptura da ordem estabelecida e culminando o longo processo de crise que remontava à sucessão do presidente Getúlio Vargas.
Naquele momento, a desarmonia imperava entre os poderes constitucionais. O clamor por reformas de base na lei ou na marra pressionava o Congresso, de forma sincronizada, combinando tensões geradas pelo Executivo com a agitação dos movimentos sindical e estudantil.
A inflação fugia ao controle. Nas áreas urbanas, um estado permanente de greve paralisava a atividade produtiva. No campo, os produtores rurais viviam sobressaltados pela ameaça de invasão de grupos organizados. O País jazia virtualmente paralisado.
É inegável a ingerência externa na crise brasileira. O planeta vinha conflagrado pela “Guerra Fria” bipolar. Os países do Terceiro Mundo, transformados em campos de batalha nos termos da “detente” Washington–Moscou, serviam de instrumento para as manobras subversivas da União Soviética e da reação militarista americana. Nem mesmo o talento de Eric Hobsbawm conseguiu convencer os historiadores da inocência socialista.
O Brasil tornou-se alvo prioritário, pelo seu potencial estratégico e importância na América do Sul. Aqui atuaram grupos políticos nacionais como quintas-colunas do movimento comunista internacional, abrigados confortavelmente nas legendas dos partidos legais.
No dia 13 de março, durante o comício da Central do Brasil, o chefe do Estado-Maior do Exército, da janela do seu gabinete no Palácio Duque de Caxias, assistiu à ovação dos sargentos rebelados que, fardados, conduziam nos braços o próprio presidente da República. A praça estava emoldurada por bandeiras nacionais, ostentando a esfera em vermelho, e tendo a foice e o martelo no lugar do dístico “ordem e progresso”.
Mais uma vez na História, os chefes militares viram-se forçados a intervir no processo político, antecipando-se ao caos projetado pela ameaça revolucionária. Assim ocorrera, igualmente, em 15 de novembro de 1889 e 29 de outubro de 1945.
Posteriormente, o IPM 709 comprovou a conspiração, ao encontrar as listas das pessoas que seriam executadas pelos “grupos dos onze”, após o dia 1º de maio.
O apoio popular foi evidente, como atesta o fato de não se conhecer uma única baixa causada pela tropa. Pacífica e silenciosamente, a nação legitimou a intervenção, ratificando que “todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”.
A maior parte da mídia nacional colaborou para o êxito do novo regime. O Poder Legislativo, transformado em Colégio Eleitoral, elegeu o presidente Castello Branco. O Poder Judiciário, preservado nas suas prerrogativas, jamais protestou contra os atos de exceção do governo revolucionário. Tacitamente, o Supremo Tribunal Federal reconheceu-lhe a legalidade institucional.
Considerando a conjuntura global em 1964, não havia alternativa, pois as grandes potências não ficariam impassíveis diante do caos brasileiro. Ou seria a iniciativa dos nossos militares, ou a probabilidade de uma intervenção estrangeira, com risco de evoluir para um desastre fratricida, como foi a Guerra Civil Espanhola.
Os governos pós-64 imprimiram uma gestão patriótica e progressista, recuperando a credibilidade e a auto-estima nacionais. Equilibrou-se o balanço de pagamentos. O programa de integração nacional resgatou a Amazônia. Os planos nacionais de desenvolvimento modernizaram os transportes, as telecomunicações e a infra-estrutura econômica. As taxas de crescimento atingiram e mantiveram-se em níveis sem precedente. O ciclo revolucionário operou a transição de uma sociedade agrária tradicional para uma sociedade moderna, levando o Brasil a ser a 8ª economia mundial.
O espírito conciliador manifestou-se desde o início. Os cargos de primeiro escalão foram entregues à administração civil, sendo poucos os militares que ocuparam os demais ministérios.
O princípio da compartimentação preservou a tropa do envolvimento direto com a atividade anti-subversiva. Pacificado o País com a extinção da luta armada, adotou-se a anistia, criando as condições humanas para a reconciliação nacional. Quando a ação do tempo superar as paixões políticas e erradicar as ideologias fratricidas, a memória nacional haverá de fazer justiça à coragem moral e ao espírito empreendedor dos líderes militares que legaram o exemplo de 31 de março de 1964.
Maynard Marques de Santa Rosa é Gen R1
e este texto é de 31 Mar 2011
Fonte:  recebido por correio eletrônico
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sexta-feira, 30 de março de 2012

O Novo Governador: A Intervenção Vermelha no DF

por Mino Pedrosa
Na 2ª feira, 19 de março, tomou posse o novo governador do Distrito Federal Swedenberger Barbosa, o Berger, braço direito da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. O estopim foi a Operação Monte Carlo, onde o PT de Brasília aparece em maior destaque do que o objetivo do Palácio do Planalto em atingir a oposição liderada por Demostenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). O Palácio do Planalto sinalizou através do ministro Gilberto Carvalho que entregaria Agnelo Queiroz à própria sorte. Mas a estratégia do PT comandada por José Dirceu foi a de nomear o interventor, na tentativa de estancar a sangria que Agnelo vem provocando na Capital da República desde a posse no início de 2011. A posse de Berger foi concorrida com direito a discurso de Gilberto Carvalho e a presença do Ministro das Comunicações Paulo Bernardo.
O Grupo Delta Engenharia, considerado hoje o maior fornecedor do Governo Federal, foi atingido em cheio pela Monte Carlo, por suas operações de propina com o GDF e o Governo de Goiás. O contraventor Carlos de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o diretor da Delta Engenharia no Centro Oeste, Cláudio Abreu, tinham uma sociedade em Brasília e em Goiás. Carlinhos despachava numa sala onde funciona a empreiteira com outros negócios, inclusive locadora de veículos, flagrados pelo Ministério Público Federal.
As investigações em que aparece o GDF estão guardadas a sete chaves pelo procurador geral Roberto Gurgel. Ali aparecem envolvimentos de parlamentares distritais, empresários de Brasília chegando a alcançar a porta do Palácio do Planalto. Diante disso, Gilberto Carvalho, que hoje é o verdadeiro porta-voz político de Dilma, resolveu atender a estratégia colocada por José Dirceu.
Berger assume tirando todos os poderes do secretário de Governo Paulo Tadeu, do vice-governador Tadeu Filipelli, e colocando o governador Agnelo na sombra, funcionando apenas como porta-voz das decisões do Planalto. Sem o poder de governador, Agnelo começa a contagem regressiva para que a Justiça seja feita em seus processos de envolvimento com corrupção desde a época em que esteve à frente do Ministério do Esporte.
O soldado quatro estrelas João Dias, que acumulou os segredos das mazelas de Agnelo em sua trajetória politica, entregou à Justiça um dossiê e assiste com total segurança o momento em que será deflagrado o novo escândalo no GDF.
O Palácio do Planalto na tentativa de minimizar o impacto de um novo escândalo, não vai conseguir apagar todos os rastros deixados por Agnelo e sua turma. Nos próximos dias, Paulo Tadeu, que tem um mandato de deputado federal, retorna ao Congresso. Rafael Barbosa, secretário de Saúde, também deixará o Governo. O vice-governador Tadeu Filipelli sairá pela porta dos fundos do Buriti para assumir o Ministério dos Transportes, numa manobra do vice-presidente Michel Temer. O resultado desta dança de cadeiras é um novo Governo no Distrito Federal.
O Ministério Público é o principal colaborador deste projeto de Dilma, guardando na gaveta o que poderia ser o segundo maior escândalo da história da Capital Federal, que nos últimos quatro [anos? governos?] vivencia momentos de degradação da cidade por péssima ingerência, mergulhada em denúncias que baixam a estima da população.
Berger é considerado homem de Lula e Zé Dirceu. Este último esteve recentemente em Brasília para prestar solidariedade a Agnelo, bombardeado diariamente com as denúncias de corrupção durante toda a sua vida política.
O MPF deixou vazar parte do inquérito da Operação Monte Carlo que alcançava o senador Demóstenes Torres, numa relação de amizade com Carlinhos Cachoeira, e o Governador de Goiás Marconi Perillo. Mas, em Brasília, Cachoeira operava com a indústria farmacêutica, lixo e lixo hospitalar, locadora de veículos, segurança e um forte esquema de contravenção de onde saem os pagamentos de propina para funcionários públicos.
Cachoeira tem como tentáculos Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, Claudio Abreu, da Delta Engenharia, e outro amigo conhecido como Lenine. Os três são considerados pelo MP os articuladores da organização criminosa no DF.
A Delta Engenharia tem um vasto currículo de escândalos. No Governo do Rio de Janeiro foram mais de R$ 600 milhões sem licitação com a ajuda de Sérgio Cabral. Em Goiás, o governador Marconi Perillo é o padrinho da Delta. E no Governo Federal quem abre as portas para as transações é o ex-chefe da Casa Civil e deputado cassado do Mensalão José Dirceu.
Foi no Governo do PT que a Delta alçou seu grande voo. O presidente Fernando Cavendish declarou que é fácil abocanhar grandes obras: “é só comprar um senador que as coisas acontecem. Escolhe a obra que quer, paga para o senador, e ele se encarrega do jeitinho com o Governo.”
Esta declaração em qualquer país do mundo seria motivo para prisão sumária. A Revista Veja tem a gravação de Cavendish bravateando e colocando preço nos parlamentares do Congresso Nacional.
A Operação Monte Carlo revela ainda o chefe de Gabinete de Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, o Buchinho, operando em parceria com o Dadá na coleta de propina com a contravenção instalada em Brasília. Monteiro usava até celular internacional para se comunicar com o Dadá e fugir do grampo oficial da Polícia Federal. Mas num descuido foi flagrado operando e deixou brecha para que Agnelo fosse visualizado na investigação.
Outro que ajudou a visualizar o Governador nas investigações do MP, na escuta autorizada pela justiça, foi Marcello de Oliveira Lopes. O agente de polícia matrícula 43280-6, citado no inquérito como Marcelão, abocanhou através da Agência Plá de Comunicação e Publicidade dois contratos milionários com a ajuda do chefe de gabinete do governador Cláudio Monteiro: um na Terracap e outro na CEB. Marcelão foi nomeado no último dia 16 de fevereiro, para um CNE 07, na Subsecretaria de Assessoramento Especial da Casa Militar, ao lado do Coronel Leão. Marcelão, flagrado nas investigações colocando Dadá e Claudio Monteiro para abrirem portas do GDF para a Agência Plá, faz parte com esses dois de um esquema de arapongagem em cima dos classificados por eles mesmos de inimigos do Governo Agnelo. Usam grampos, quebram sigilos de contas de telefone e e-mails, para se cacifarem com o governador e conseguirem emplacar seus negócios. Dadá era frequentador assíduo da Agência Plá e recebia propina de Marcelão.
Carlinhos Cachoeira é dono de laboratório em Goiás, e entrou em parceria com a União Química, velha conhecida de Agnelo Queiroz, no caso Daniel Tavares que acusou o Governador de receber propina do Laboratório, na produção e venda de Genéricos para o Governo.
Num país cansado de tantos escândalos, a população de Brasília demonstra que não aguenta mais. O Palácio do Planalto tomou essas medidas, porque em menos de três anos a Capital da República teve quatro governantes e está à beira do quinto. A intervenção vermelha do PT sai exatamente no instante em que o Fantástico da noite deste domingo, 18, revelou ao país, práticas de corrupção muito conhecidas do brasiliense. O sentimento da população candanga, nesta segunda-feira, é de desabafo, pois o escândalo mostrado em rede nacional pela TV aconteceu no Rio de Janeiro, e não em Brasília, mas flagrou empresas que operam também no Planalto Central e a maneira como os saqueadores dos cofres públicos agem sem qualquer escrúpulo, falando de ética no mercado.
Que mercado é esse, o da corrupção? A falta de vergonha é tanta que se estivéssemos, por exemplo, no Japão não haveria adagas para tanto haraquiri.
Fonte:  Quid Novi
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Esta é a Democracia Que o PT Quer Para Você

por Wilson Tosta e Heloísa Aruth Sturm,
RIO - Dezenas de militares da reserva que assistiram ao debate "1964 - A Verdade" ficaram sitiados no prédio do Clube Militar, na Cinelândia, no centro do Rio, na tarde desta quinta-feira, 29. O prédio foi cercado por manifestantes que impediram o trânsito pelas duas entradas do imóvel.
O evento marcou o aniversário do golpe militar de 1964 e reuniu militares contrários à Comissão da Verdade. Ao fim do evento, eles tentaram sair, mas foram impedidos por militantes do PCdoB, do PT, do PDT e de outros movimentos organizados que protestavam contra o evento.
"Tortura, assassinato, não esquecemos 64", gritavam os manifestantes. "Milico, covarde, queremos a verdade", diziam outros. Velas foram acesas na frente da entrada lateral do centenário do Clube Militar, na Avenida Rio Branco, representando mortos e desaparecidos durante a ditadura militar. Homens que saíam do prédio foram hostilizados com gritos de "assassino". Tinta vermelha e ovos foram jogados na calçada e nos militares.
Homens do Batalhão de Choque foram ao local e lançaram spray de pimenta e bombas de efeito moral contra o grupo, que revidou com ovos. Um dos manifestantes foi imobilizado por policiais e liberado em seguida após ser atingido supostamente por uma pistola de choque, e outro foi detido e algemado.
Os militares foram inicialmente orientados a sair em pequenos grupos por uma porta lateral, na rua Santa Luzia, mas tiveram que recuar por conta do forte cheiro de gás de pimenta que tomou o térreo do clube. A Polícia Militar tentou conter os manifestantes e chegou a liberar a saída de algumas pessoas pela porta principal, mas por medida de segurança voltou a impedir a saída.
Um grupo que saiu sob proteção do Batalhão de Choque da Polícia Militar foi alvo de xingamentos. Os manifestantes chamaram os militares de "assassinos" e "porcos". Mais tarde, a saída dos militares da reserva foi liberada por meio de um corredor aberto por PMs entre o prédio e a entrada da estação Cinelândia do metrô, a poucos metros do Clube Militar.
Por volta das 18 horas, saiu do prédio o general Nilton Cerqueira, ex-secretário de Segurança do Rio, que comandou a operação que culminou na morte do ex-capitão Carlos Lamarca, que aderiu à luta armada e foi morto no interior da Bahia em 1971.
Às 18h20, o ambiente continuava tenso, com manifestantes cercando as duas saídas, e um dos militares foi empurrado. O trânsito na Rua Santa Luzia entre a México e a Avenida Rio Branco foi interrompido e há engarrafamento na Rio Branco.
veja mais fotos no Blog do Montedo
COMENTO: em primeiro lugar, parabéns aos pais e mães desses jovens que parecem ter nascido e sido criados em um bordel. Eis a situação: Cidadãos idosos tem seu direito de reunião - ato legal, ocorrido em uma entidade legal - restringido por um bando de malfeitores supostamente ideologizados. Imagine se algum desses idosos resolve enfrentar ou reagir ao pacífico jato de tinta ou inocente cusparada desses patifes, certamente protegidos pelo Estatuto do Menor. Ou se alguém, também jovem e saudável, e acompanhante de um dos idosos agredidos resolve reagir. Não faltariam acusações de radicalismo, violência, etc. As fotos são bem características. Essa 'manifestação' lembra muito outros fatos históricos: Os camisas negras do fascismo; as ações de Guarda Vermelha durante a Revolução Cultural na China; os 'revolucionários' do Kmer Rouge do Camboja; a Klu Klux Klan dos EUA; e tantos outros grupelhos ditos revolucionários. Em breve poderemos ver ações semelhantes em frente a Igrejas e Templos ou outras entidades onde se ouse criticar ações governamentais. Vai mal nosso país!

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Cursando Faculdade Há 21 anos, Petista do Acre Vai Assumir Diretoria no MEC

por Altino Machado
O “professor” Irailton Lima de Sousa, diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento da Educação Profissional Dom Moacyr, do Acre, anunciou que vai assumir a Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação.
Irailton Lima de Sousa: "Ninguém 
pode dizer que não tenho 
conhecimento"
Militante do PT e ex-candidato a vereador em Rio Branco, Irailton Sousa foi indicado para o cargo com aval do ex-governador do Acre, Binho Marques (PT), que atualmente é o titular da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino do MEC, além do aval do atual governador Tião Viana (PT).
Porém, Irailton Sousa, enfrenta dificuldade para apresentar o diploma de graduação em Ciências Sociais pela UFAC (Universidade Federal do Acre), exigido pelo MEC. Segundo a coordenação do curso de bacharelado em Ciências Sociais, Sousa iniciou o curso, pela primeira vez, em 1991.
 Os cargos no Ministério da Educação são de livre provimento. São cargos políticos. Não existe uma exigência legal para que tenha a formação  argumenta Sousa.
Consultada pelo Blog da Amazônia, a coordenadora do curso de bacharelado em Ciências Sociais, professora doutora Eurenice Oliveira de Lima, enviou a seguinte nota de esclarecimento:
1 - O referido aluno iniciou o curso, pela primeira vez, em 1991. Temendo um processo de jubilamento, prestou novamente vestibular e reiniciou o curso em 1998. Considerando todo o período, ele está há 21 anos no curso Ciências Sociais. Em 2004, este aluno não estava sequer cadastrado no Sistema de Informação do Ensino (SIE).
2 - Conforme o Histórico Escolar do aluno, disponível no sistema da UFAC, a carga horária cumprida por ele ao longo desses 21 anos foi de 2.070 horas, sendo que a carga horária exigida para concessão de diploma como Bacharel em Ciências Sociais é de 2.295 horas.
3 - Este aluno deveria ter sido jubilado em 2005. No entanto, em 2007, a Coordenação do Curso autorizou ao Núcleo de Registro e Controle Acadêmico da UFAC (NURCA) o recadastramento para que ele tivesse a oportunidade de defender sua monografia, o que foi feito em 2008, sob a orientação do Prof. Dr. Ermício Sena.
4 - De acordo com o Projeto Curricular Pedagógico do Curso de Ciências Sociais, o prazo de integralização é de sete anos. No entanto, o aluno em questão defendeu sua monografia sem integralização de créditos, dez anos depois de sua matrícula em 1998.
5 - Além disso, à época da defesa de sua monografia, o aluno devia outros créditos e também o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). Estabelece o Ministério da Educação e Cultura (MEC) que o ENADE faz parte do componente curricular, de maneira que o seu descumprimento não permite colar grau ou obter diplomação. Isto posto, a declaração de conclusão do curso, que o aluno pleiteia junto a esta Coordenação, não tem validade legal.
6 - Outrossim, uma vez defendida a monografia, o mencionado aluno ingressou com uma solicitação de colação de grau especial, por meio da Vice-Reitoria, na pessoa do Prof. Dr. Pascoal Muniz, procedimento este totalmente inadequado. Pois o caminho correto é que esta solicitação seja feita diretamente na Coordenação do Curso, instância responsável por dar sequência aos procedimentos cabíveis, que se pauta pela normas vigentes na Instituição e sempre orientou os alunos sobre seus direitos e deveres.
7 - Como se vê, esta é a síntese da trajetória acadêmica apresentada pelo discente. Cabe a pergunta: este aluno tem autoridade para tecer críticas à UFAC e a seu corpo docente, que estão apenas cumprindo a legislação educacional em vigor? Entendo que este não é o melhor caminho para quem pretende cuidar do futuro de milhões de jovens brasileiros que aguardam ansiosamente as oportunidades do PRONATEC, programa em que o aluno parece pleitear um cargo de direção.
8 - Por fim, ressalto que a Coordenação do Curso de Bacharelado em Ciências Sociais está aberta e disponível a prestar quaisquer esclarecimentos sobre o caso, assim como as demais instâncias da UFAC, primando sempre pela transparência e rigor na administração pública.
Veja a íntegra da entrevista com Irailton Sousa clicando AQUI
COMENTO:  recomendo a leitura da entrevista completa com mais essa autoridade petista, mas não posso deixar de mostrar algumas pérolas ditas pelo "professor":
— " preciso deixar claro que minha opção por trabalhar em Brasília significará um sacrifício pessoal. Estou deixando um cargo de secretário de estado para ocupar um cargo de confiança numa cidade famosa pelo custo de vida elevado."
 "a gente se atém tanto ao trabalho que se descuida da vida pessoal. Lá atrás, logo depois da aprovação da monografia, não dei entrada para pegar a documentação. Quando foi agora, mesmo antes de surgir esse convite do MEC, finalmente dei entrada com o pedido de colação de grau especial. Para isso foi feito um levantamento e descobri um monte de pendências na Universidade Federal do Acre. Não por responsabilidade minha, mas porque a universidade perdeu meus documentos"
— "Não, não fiz. O que está por se resolver: Educação Física 2 e o Enade. A Educação Física 2, todas as vezes que fui fazer a matrícula, tinha passado do prazo. Quanto ao Enade, eu não sabia que tinha sido convocado para fazer o exame. Não recebi qualquer correspondência e por isso não fiquei sabendo que estava inscrito pra fazer o Enade."
 "Existe um modelo educativo, tradicional, que se baseia no que nós chamamos de modelo normativo, que é o seguinte: o professor deu todos os conteúdos, não importa se o aluno aprendeu ou não. Em tese ele está habilitado. Mas, na educação profissional, a gente trabalha com um modelo em que o fundamental não é cumprimento da norma, mas o desenvolvimento da competência."
Em um pais onde a Presidente ostentava em seu currículo Mestrado e Doutorado não concluídos, e onde o Ministro da Educação consegue plagiar a si mesmo para obter o título de Doutor, não me é estranha a tese da "educação profissional" defendida pelo 'professor acreano". Afinal, Calígula já pensava nisso ao nomear Incitatus, seu cavalo, senador do Império romano.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Não é a Homofobia!

por Lenilton Morato
Um adolescente homossexual foi agredido na cidade gaúcha de Santo Ângelo. Imediatamente, os entendidos no assunto afirmam que é preciso que a escola trate do assunto homossexualidade com mais profundidade, a fim de que se possa evitar tal tipo de agressão. Ou seja, o adolescente ser agredido porque é gordo, magro, feio, judeu, cristão, usa aparelho, etc, pode! Mexeu com a questão gay ... bom, aí a coisa complica. Aí temos uma comoção enorme em defesa do homossexual. O gordinho que se f...
Esta notícia veio a meu conhecimento não pelas páginas dos jornais, mas pelo rádio, mais especificamente, pela Rádio Gaúcha. Na ocasião, foi noticiado que a professora deixou de reagir a tal agressão porque "a escola é uma democracia," e que nada poderia ser feito. Observem bem esta afirmação. Nela estão contidos os verdadeiros motivos que estão levando nossas crianças e adolescentes a terem comportamentos cada vez mais violentos e inconsequentes.
O primeiro ponto a se destacado da declaração da professora é a democracia. Costumou-se fundi-la à anarquia, ou seja, que por se tratar de um sistema aberto, tudo se pode fazer. Sob a bandeira democrática, movimentos criminosos como o MST podem prosperar e cometer crimes que passam impunes, pois estes delitos são transmutados em demonstrações de liberdade. Nada mais falso. Em qualquer sociedade as leis precisam ser respeitadas e cumpridas por todos os cidadãos que a compõem, seja um militante, seja uma pessoa comum. Chamar a democracia para justificar manifestações violentas é clara canalhice! Um sistema democrático não é um sistema sem leis onde tudo pode ser feito.
O segundo ponto que advém da afirmação da professora é a impotência da docente face a esta situação. Isso decorre da falta de autoridade que atinge todos os setores da vida brasileira. Os pais e professores estão cada vez mais amarrados e impedidos de educarem nossos adolescentes por uma série de legislações obscuras que retiram especialmente da família o direito de criarem seus filhos de acordo com suas crenças e valores. Ao mesmo tempo, impõe a professores uma atitude de submissão frente ao estudante.
Isto não vem de hoje. Em Viamão, na grande Porto Alegre, uma professora foi expulsa de seu colégio porque obrigou um aluno seu, que pichou a parede recém pintada da escola, a lavar a parede. E ela acabou pagando o pato. Percebem a inversão dos papéis entre educador e educando? Percebem quão sórdida e temerária é a educação do "novo mundo possível"? Não é de causar surpresa, pois, a atitude apática da professora. Se ela tivesse tomado uma atitude estaria sendo acusada de humilhar o estudante que estava agredindo o outro. Perdemos o senso do que é certo e errado.
Além destes dois pontos que ficam explícitos na fala da professora, um terceiro não pode ser ignorado, qual seja, o ataque constante e sistemático à religião cristã, especialmente a católica. Os valores perpetuados pelo cristianismo nos ensinam a amar aos outros como a nós mesmos e, a sua regra de ouro, a não fazer com os outros o que não gostaríamos que fizessem a nós. O problema é que um dos pontos do cristianismo e dos ensinamentos bíblicos é a condenação do comportamento homossexual. Mas em nenhuma missa, culto ou página da Bíblia está escrito que eles devam ser perseguidos e assassinados. No momento em que um cristão usa da violência contra os homossexuais ele está traindo sua fé, bem como quando o considera algo aceitável. O fato do homossexualismo ser considerado um pecado não significa que seus praticantes devam ser agredidos, muito pelo contrário. Jesus nunca exortou os pecadores, mas ofereceu-lhes o perdão. E aí entramos num paradoxo interessante: o cristianismo é atacado pelos movimentos gays de todos os lados e mesmo assim é onde os gays podem ficar mais seguros de que não serão vítimas de violência. É só compararmos com a religião islâmica por exemplo. Fosse lá, o pobre adolescente de Santo Ângelo seria apedrejado, porém de forma oficial.
Evidentemente, o ataque ao cristianismo, à família e à autoridade de professores e agentes da lei não tem reflexos somente na questão homossexual, mas em muitas outras. Desvios de comportamento sempre aconteceram ao longo da história e eram severamente punidos por pais e educadores, situação que hoje não acontece. A vítima dessa vez foi um homossexual. Amanhã pode ser um torcedor do Inter ou do Grêmio ou, ainda, o menino esquisito ou mesmo o CDF.
Não é a homofobia a responsável por comportamentos violentos que ficam impunes. É a corrupção moral da família e da religião que, por um processo de inversão de valores, distorce o que é certo e errado, o que pode ou não ser feito.
O problema é que temos hoje todo um aparato estatal que retira dos pais a responsabilidade pela educação de seus filhos, delegando-a para agentes do Estado (como os conselhos Tutelares) que estão a serviço de um partido e, consequentemente, de uma ideologia.
Estamos apenas colhendo o que foi semeado anos atrás por figuras da estirpe de uma Maria do Rosário por exemplo. E o resultado é este que se vê. Não é culpa da homofobia.

terça-feira, 27 de março de 2012

Mais 35 "Hijeputas" Foram Prestar Contas ao Capeta!

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O presidente Juan Manuel Santos anunciou em Villavicencio que na madrugada desta segunda-feira, durante uma operação conjunta de Inteligencia da Polícia e das Forças Militares, morreram 35 guerrilheiros das FARC, e foram capturados outros seis em um acampamento conhecido como 'El Arenal'.
O mandatário, que se encontra na capital de Meta presidindo um conselho de segurança, explicou que as ações se deram na vereda El Silencio, zona rural de Vista Hermosa, região de Ariari, onde se fazem presentes as Frentes 27 e 43 das FARC.
Antes de iniciar a reunião com comandos militares e o governador de Meta Alan Jara, o presidente Santos disse que as operações continuam e que como resultado das mesmas se conseguiu a captura de outros seis subversivos em Restrepo (Meta), pertencentes à Frente 53. "Entre os capturados está um dos ideólogos". (Leia as declarações do presidente Santos - em espanhol)
O dito ideólogo é conhecido como 'Eduardo Serrano', com 12 anos na organização, e foi apreendido quase de forma simultânea ao golpe de Vista Hermosa.
Fontes oficiais assinalaram que um infiltrado na Frente 27 informou que uma coluna do Estado Maior do Bloco Oriental (EMBO), chegaria ao lugar para uma reunião convocada pelo meliante conhecido como "El Médico", substituto de 'Mono Jojoy'  na chefia desse bloco das FARC.
A operação, parte da nova estrategia militar para golpear as FARC, iniciou na madrugada com aviões Supertucano que bombardearam o objetivo.
Nessa primeira fase da operação, parte do plano de guerra das Fuerzas Militares denominado ‘Espada de Honra’, aeronaves da Força Aérea Colombiana neutralizaram a área do acampamento na qual se encontravam integrantes da coluna móvel ‘Abelardo Romero’, a Frente 7ª e o chamado ‘Estado Maior do Bloco Oriental’ (EMBO).
Por volta das 2:30 da madrugada ocorreu o avanço de efetivos do Exército Nacional, da Armada Nacional e da Policia Nacional, encarregados de consolidar o terreno, onde as tropas encontraram uma metralhadora, 31 fuzis e oito granadas, e ainda equipamentos de computação.
Ao final da Operação ‘Armagedón’, foram computadas as mortes de 35 integrantes do ‘Bloco Oriental’ das FARC e capturados outros seis, em fatos registrados na vereda El Silencio de Vista Hermosa, Meta. 
Ainda na segunda-feira, unidades da Força Tarefa Omega realizavam uma busca meticulosa na zona e guarneciam a área onde estava instalado o acampamento guerrilheiro.
Os capturados, foram postos a disposição das autoridades competentes para sua judicialização, após receber assistência médica. Ao mesmo tempo, técnicos do CTI da Fiscalía (Procuradoria) adiantaram a identificação dos corpos sem vida dos terroristas, que no transcurso do dia foram trasladados a Villavicencio. 
Extra oficialmente se soube que os corpos teriam sido trasladados na tarde de segunda feira à Base Aerea de Apiay, próxima ao local onde se desenvolve o conselho de segurança de Santos com as autoridades militares e civis.
Vista Hermosa é um município que fez parte da zona de distensão durante os frustrados diálogos de paz com as FARC. Depois foi epicentro do denominado Plano Patriota. 
Há oito dias, em uma operação similar, em Arauquita (Arauca), uma Força Especial Conjunta da Oitava Divisão, atacou um dos principais acampamentos da Frente 10 das FARC.
Como saldo, a operação deixou também 32 mortos nas filas guerrilheiras. (Leia os detalhes dessa operação)
Esta ação também contou com o apoio de Inteligencia da Policia. Dessa forma, as Forças Militares estão aplicando o novo plano de guerra, denominado 'Espada de Honra' que busca golpear os comandos de nível médio das FARC.
Este plano é a continuação da fase inicial que consistiu em perseguir os máximos chefes do grupo guerrilheiro e que permitiram a queda de 'Raúl Reyes', 'el Mono Jojoy' e 'Alfonso Cano'.
Com este novo golpe, as Forças Militares mataram em combate a 144 integrantes das FARC entre primeiro de janeiro e esta data. Os capturados neste período somam 264 e os desmobilizados, 217.
Fonte:  tradução livre de El Tiempo, El Colombiano e Exército Colombiano
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segunda-feira, 26 de março de 2012

E Você, Preocupado em Fazer sua Declaração de Renda

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1. Pois, pois, R$ 2 milhões para uma ONG do Galvão Bueno
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Enquanto você brinca o carnaval, se alegra à beira-mar, se enche dessa felicidade de ocasião, a tigrada não brinca em serviço. Uma organização não governamental ligada ao narrador Galvão Bueno aprovou um projeto de R$ 2,2 milhões no governo federal.
O governo federal autorizou a Associação Beneficente Galvão Bueno a captar o valor em doações e patrocínios por meio da Lei de Incentivo Fiscal. A decisão foi publicada no “Diário Oficial da União” (DOU nº 33, de 15 Fev 12 - Seção I, pág 90)
O dinheiro é destinado ao projeto chamado “Escola de Formação de Pilotos”. Dois filhos de Galvão, Cacá e Popó, são pilotos de automobilismo, antiga paixão do narrador, especialista em F-1.
Agora, o mais interessante. Os dois estão com as respectivas carteiras de habilitação de motorista suspensas em Londrina, mas vão ensinar na formação de pilotos.
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2. Verba pública financia carreira de neto de Fittipaldi, nos EUA
Além de financiar a escola de pilotos do comentarista Galvão Bueno, como se divulgou há poucos dias, a Lei de Incentivo ao Esporte tem outro famoso na lista dos beneficiados por dinheiro público no automobilismo de competição: Emerson Fittipaldi.
Em setembro do ano passado, o Ministério do Esporte aprovou projeto de R$ 1 milhão para o “Programa de Formação do Piloto Pietro Fittipaldi, na Fórmula Nascar”. Dinheiro da Lei de Incentivo ao Esporte que já foi captado. (DOU nº 183, de 22 Set 11, Seção I, pag 724)
Pietro, de 15 anos, é neto de Emerson, nasceu e mora nos Estados Unidos, onde disputa a categoria de automobilismo.
Proponente: Instituto Emerson Fittipaldi - 02.339.999/0001-23
Título do Projeto:
Programa de Formação do Piloto Pietro Fittipaldi na NASCAR
Nº SLIE:1101751-15UF:SP
Nº do Processo:58701.000154/2011-45Estimativa Público:2160001
Valor Aprovado para Captação(R$):1.001.203,00Prazo para Captação:22/09/2011 a 31/12/2012
Data da Publicação:22/09/2011Manifestação Desportiva:SNEAR
QUEM PATROCINOU ou DOOUData da CaptaçãoValor Captado (R$) 
Patrocinador: 27/12/2011150.000,00
Patrocinador: 29/12/2011140.200,00
Patrocinador: 29/12/201167.000,00
Patrocinador: 29/12/2011500.000,00
Patrocinador: 27/12/201140.000,00
Patrocinador: 29/12/201124.000,00
Patrocinador: 13/12/201124.000,00
Total Captado (R$):945.200,00
Barbaridades
R$ 10,5 milhões: é valor total para projetos gerais de automobilismo aprovados pelo Ministério do Esporte, entre 2011 e 2012.
Só a Associação das Equipes e Pilotos de Automobilismo Amador vai levar R$ 3,6 milhões. Outros R$ 2,1 milhões vão para o Campeonato Sul-Americano de Fórmula 3.
Repito, a lei permite, mas faltam critérios do Ministério do Esporte para limitar projetos como esses, pois quem é profissional de automobilismo têm alto poder aquisitivo.
Desperdícios
Claro que automobilismo merece apoios, mas que venham da iniciativa privada! Diante dos gravíssimos problemas de estrutura para a prática esportiva em comunidades carentes, aplicar dinheiro público na formação de pilotos é um deboche.
Lembro que apenas 53% das escolas públicas brasileiras têm uma quadra “decente” para a prática esportiva da garotada.
Esse contraste demonstra a total ausência de políticas públicas e definições de prioridades do governo para o esporte, como já denunciou o Tribunal de Contas da União. Denúncias, apenas isso…
Farra
Não podemos esquecer que a Lei de Incentivo ao Esporte usa recursos do Imposto de Renda. O governo abre mão de R$ 300 milhões anuais para aplicar em projetos que contribuam, de fato, para o fortalecimento e desenvolvimento do esporte.
No entanto, num país com limitações de verbas para as áreas da educação e da saúde, principalmente, o dinheiro público que falta aos hospitais, por exemplo, destina-se à elite, aos que usam nomes consagrados para captar com facilidade verba pública do imposto de renda.
Agressão
Há seis anos o Ministério do Esporte fecha os olhos a essa falta de planejamento, metas e prioridades para o uso do bem público, com total omissão do Conselho Nacional de Esporte.
Assim, o Conselho afronta as políticas econômicas do Ministério do Planejamento, da Receita Federal, do próprio Palácio do Planalto, que alertam para a necessidade de fixar prioridades nos gastos públicos. E a nossa prioridade no esporte não é o automobilismo de competição.
A Lei de Incentivo precisa urgentemente de uma revisão de critérios. Enquanto isso, continuaremos jogando dinheiro pela janela do desperdício.
COMENTO:  sou fã de corridas automobilísticas, mas não posso concordar com os fatos relatados. Não vale o argumento de que "não é dinheiro público". É dinheiro público sim, pois seu destino original eram as burras estatais. Sequer serve como consolo você saber o destino de parte dos impostos que deveriam "sumir" nos cofres públicos, mas não é justo! Imposto é para ser utilizado na “res-pública”, ou coisa pública, isto é: em benefício da sociedade. É legal mas não é moral esses valores não serem utilizados em saúde, segurança, educação, etc.
Além do mais, presume-se que a família de Galvão Bueno tem condições econômicas de estabelecer sua Escola de Formação de Pilotos com recursos próprios, mesmo subsidiando seus alunos. Já no caso da família Fittipaldi, a coisa é mais desproporcional. Qual o interesse da sociedade brasileira na formação do neto do velho astro do automobilismo como piloto da Fórmula NASCAR, cujas corridas sequer são divulgadas no Brasil?
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