segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ripstop e Nomex – Os Tecidos Militares

por  Danillo Ferreira
Quem é militar – seja federal ou estadual – sabe a importância que tem o uniforme no dia-a-dia operacional. Estendo a afirmação a outros profissionais de segurança, guardas municipais, policiais civis e seguranças particulares, que muitas vezes precisam se proteger de intempéries comuns ao serviço de rua. Boa parte desses profissionais já precisaram rastejar, transpor muros ou cercas, ajoelhar em asfaltos e calçamentos etc. Ainda há os pilotos de aeronaves e bombeiros, que se vêem com o risco iminente de ter contato com fogo em qualquer ocorrência (incêndios, acidentes), notadamente os últimos. Para todas essas possibilidades e riscos, é preciso estar com um uniforme resistente e especialmente preparado para esses tipos de situações – levando em consideração o conforto, a flexibilidade e a temperatura minimamente ideais para o desempenho da atividade.
Atualmente, existem dois tecidos com ampla aceitação entre os militares, dotados de peculiaridades que ajudam a enfrentar os problemas citados acima. O primeiro é o Ripstop, popularizado na maioria das polícias brasileiras (institucionalmente ou não), por sua resistência aos rasgões, que não são raros nos uniformes comuns. O segundo é o tecido de Nomex, fibra fabricada pela empresa DuPont, que é utilizado por profissionais como pilotos de aeronaves e de carros de automobilismo, sendo altamente resistente ao calor. Neste post vamos explicar de maneira rápida qual a composição desses materiais, e o porquê de utilizá-los…

O Ripstop
Ripstop (“rip” é rasgão em inglês, e “stop” é parar) é todo tecido que tem em sua composição fios de nylon dispostos de maneira quadriculada, impedindo que ele seja desfiado quando rasgado. Como se vê na figura abaixo, o tecido ripstop tem fibras largas (em preto) intercaladas às fibras mais finas do tecido:
O que faz do Ripstop um tecido ideal para a atividade policial é que os rasgões que por acaso ocorram no uniforme, não se alastram, ou seja, quando encontram as fibras mais largas o rasgão “pára”. As fibras são feitas de um polímero que é esticado ao máximo até se tornar duro. Neste ponto o material está na sua tensão máxima, sendo então cortado em fatias muito finas para se fazer fios, e posteriormente o tecido.
Furar com um prego, por exemplo, um tecido ripstop é até fácil, mas o dano ao tecido não passará do furo, já que as fibras não permitem que mais do que isso ocorra. Abaixo, um tênis feito de Ripstop, que também é utilizado para fabricar fitas adesivas, mochilas e balões:
A Nomex
A Nomex é uma fibra produzida pela DuPont, e é resistente a altas temperaturas e a descargas elétricas. O site da DuPont descreve a íntima relação do produto com a atividade militar:
O tecido feito de Nomex, da DuPont, foi utilizado pela primeira vez por militares em 1965, quando a Marinha dos EUA fez um macacão de vôo utilizando nossa fibra. Hoje, a fibra Nomex é parte integrante de acessórios de pilotos e tripulantes de aeronaves, como macacões, balaclavas, coletes e luvas. Seus benefícios são inúmeros. Resistente à chama, o tecido feito de Nomex só queima enquanto houver contato imediato com a fonte da chama. Além de criar uma barreira isolante, impedindo a queima do material, a fibra de Nomex também diminui consideravelmente a transferência de calor, aumentando o tempo de permanência do usuário em um ambiente de alta temperatura.
Leia todo o texto no site da DuPont (em inglês)
Abaixo, uma bombeiro utilizando roupa feita de Nomex:
Tecidos de Nomex são caros e geralmente são adquiridos por corporações policiais ou de bombeiros. Trata-se de uma grande invenção, primeiro pela segurança que oferece, segundo por ser um material leve e flexível. Assista este vídeo de poucos segundos, que mostra a incrível resistência do tecido de Nomex à chama.
COMENTO:  motivado por uma propaganda, fui verificar o significado do termo "ripstop", utilizado para tecido de uniformes militares. Encontrei o texto acima, simples e esclarecedor.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Moacyr Scliar — 1937-2011

Que pena! 
Tanta gente que não faz falta vivendo sem merecer neste país, e Deus nos leva uma das poucas que prestava!

Nióbio, Riqueza Desprezada Pelo Brasil

por Edvaldo Tavares
Países ricos gostariam de tê-lo extraído do seu solo, enquanto o Brasil é o único fornecedor mundial, e dispensa pouca importância e esse metal com tão vastas qualidades e de incontáveis aplicações, do qual é o único fornecedor mundial, e que com uma pequena parte bem paga desse metal estratégico, eliminaria a pobreza estruturada no Brasil, e pagaria nossa dívida externa.
Inúmeras são as aplicações do Nióbio (Nb), indo desde as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias, até o emprego em indústrias nucleares. Na indústria aeronáutica, é empregado na produção de motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido a sua alta resistência a combustão. São tantas as potencialidades do nióbio que a baixas temperaturas se converte em supercondutor.
O Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio e o consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais do minério totalmente brasileiro.
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As pressões externas que subjugam o povo brasileiro
Ronaldo Schlichting, da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a "Questão do Nióbio" e convoca todos os brasileiros para que digam não à doutrina da subjugação nacional.
Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus 'testas de ferro' locais".
Os brasileiros têm que ser convencidos de que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico.
Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica, de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas, corruptos, lobistas e traidores.
O povo na sua esmagadora maioria desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum tipo de reação.
Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais para conseqüentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil.
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As ações objetivas efetuadas
A sobretaxação do álcool brasileiro nos EUA; as calúnias internacionais sobre o biodiesel; a não aceitação da lista de fazendas para a venda de carne bovina para a União Européia (UE); a acusação do jornal inglês "The Guardian" de que a avicultura brasileira estaria avançando sobre a Amazônia; as insistentes tentativas pra a internacionalização da Amazônia; a possível transformação da Reserva Indígena Ianomâmi (RII), 96.649Km2, e Reserva Indígena Raposa Serra do Sol (RIRSS), 160.000Km2, em dois países e o conseqüente desmembramento do norte do Estado de Roraima e incontáveis outras tentativas, algumas ostensivas, outras insidiosas.
Elas deixam claro que estamos no meio de uma guerra assimétrica de quarta geração, que o desfecho poderá ser o ataque de forças armadas coligadas (OTAN), lideradas pelos Estados Unidos da América do Norte.
É importante chamar a atenção dos brasileiros para o fato de que a RII é para 5.000 indígenas e que a RIRSS é para 15.000 indígenas. Somando as duas reservas indígenas dão 256.649Km2 para 20.000 silvícolas de etnias diferentes, que na maioria nunca viveram nas áreas, muitos aculturados e não reivindicaram nada. Enquanto as duas reservas indígenas somam 256.649Km2 para 20 mil almas, a Inglaterra com 258.256Km2 abriga uma população de aproximadamente 60 milhões de habitantes.
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As diversas aplicações do Nióbio
Entre os metais refratários, o nióbio é o mais leve prestando-se para a siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias espacial e nuclear. Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e de requisição de superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-bala, de armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de precisão.
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O descaso nas negociações internacionais
A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.
Segundo o artigo de Schlichting, que menciona o citado no jornal Folha de São Paulo, 5 de novembro de 2002 (Coluna "Painel"-Fl 4A): "Lula passou o final de semana em Araxá em casa da CBMM do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp..."
E, complementa que "uma ONG financiou projetos do Instituto Cidadania, presidido por Luiz Inácio da Silva, inclusive o 'Fome Zero', que integra o programa de governo do presidente eleito".
O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.
Como conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é "sucesso de enganação". O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas de progressos nas exportações, mas, em relação aos negócios internacionais, de verdadeiro é a concretização de maus negócios.
Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país?
As maiores reservas de Nióbio no mundo, estão na agora intocável Reserva Raposa-Serra do Sol em Roraima, decretada em 2005, por Lula.
Os USA e Comunidade Européia aplaudiram de pé esse ato.
É muito descaso com as questões do país e o desinteresse com o bem-estar do povo brasileiro. Como os EUA, a Europa e o Japão são totalmente dependentes do nióbio e o Brasil é o único fornecedor mundial, era para todos os problemas econômicos, a liquidação total da dívida externa e de subdesenvolvimento serem totalmente resolvidos.
Deve ser frisada a grande importância do nióbio e a questão do desmembramento de gigantescas fatias de territórios da Amazônia, ricas deste metal e de outras jazidas minerais já divulgadas. As pressões externas são demasiadas e visam à desmoralização das instituições brasileiras das mais diversas formas, conforme pode ser comprovado nas políticas educacionais e nos critérios de admissão de candidatos às universidades. Métodos que corrompem autoridades destituídas de valores morais são procedimentos que contribuem para a desmontagem do país.
Uma gama extensa de processos que permitam os traidores obterem vantagens faz parte para ampliar a divulgação da descrença, anestesiando o povo, dando a certeza de que o Brasil não tem mais jeito.
A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais.
O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo, quase doando, todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo brasileiro.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Campanha “O Nióbio é Nosso” Para Evitar Perdas de US$ 100 Bi/Ano ao Brasil

por Jorge Serrão
Uma das mais absurdas – e pouco conhecidas – perdas internacionais do Brasil será alvo de um amplo trabalho político de esclarecimento. O economista Adriano Benayon, autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, vai coordenar a campanha “O Nióbio é nosso”. O movimento será lançado pelo Instituto Mãos Limpas, focado no combate à corrupção e presidido por Mtnos Calil.
Cerca de 98% das reservas planetárias do nióbio estão no Brasil. Nosso Pais exporta 81 mil toneladas do metal por ano. O problema é que o quilograma do metal sai daqui vendido por apenas R$ 16, o que rende R$ 1 bilhão e 296 bilhões – sobre os quais recaem tributos. Acontece que o nióbio brasileiro é negociado no exterior por até U$ 1.200 dólares por quilograma. Se o Brasil não fosse lesado na operação, e empregasse a soberania do País no negócio, a operação com o nióbio renderia (como rende aos ingleses que dominam seu comércio) US$ 97 a 100 bilhões de dólares – sobre os quais recairiam os impostos.
Adriano Benayon apresenta as contas de nossas perdas internacionais com o nióbio: “Fontes dignas de atenção indicam que o minério de nióbio bruto era comprado no garimpo a 400 reais/quilo, cerca de U$ 255,00/quilo (à taxa de câmbio atual e atualizada a inflação do dólar). Ora, se o Brasil exportasse o minério de nióbio a esse preço, o valor anual seria US$ 15.300.000 (quinze bilhões e trezentos milhões de dólares). Se confrontarmos essa cifra com a estatística oficial, ficaremos abismados ao ver que nela consta o total de US$ 16,3 milhões (0,1% daquele valor), e o peso de 515 toneladas (menos de 1% do consumo mundial). Observadores respeitáveis consideram que o prejuízo pode chegar a US$ 100 bilhões anuais”.
Benayon acrescenta: “Mesmo que o nióbio puro seja cotado a somente US$ 180 por quilo, como indica o site chemicool.com, ainda assim, o valor nas exportações brasileiras do minério bruto corresponde a cerca de 1/10 disso. O nióbio não é comercializado nem cotado através das bolsas de mercadorias, como a London Metal Exchange, mas, sim, via transações intra-companhias”. Benayon também chama atenção para a manipulação com os números oficiais sobre as transações com o metal: “A estatística oficial das exportações brasileiras aponta apenas 515 toneladas do minério bruto, incluindo “nióbio, tântalo ou vanádio e seus concentrados”.
Benayon apresenta outros números para comprovar o escândalo do nióbio: “Há, ademais, um item, ligas de ferro-nióbio, em que o total oficial das exportações alcança US$ 1,6 bilhão, valor mais de 100 vezes superior à da exportação do nióbio e de minérios a ele associados, em bruto. O mais notável é que o nióbio entra com somente 0,1% na composição das ligas de ferro-nióbio. Vê-se, assim, o enorme valor que o nióbio agrega num mero insumo industrial, de valor ínfimo em relação aos produtos finais das indústrias altamente tecnológicas que o usam como matéria-prima. Por outro lado, a quantidade oficialmente exportada do ferro-nióbio em 2010 foi 66.947 toneladas. O nióbio entrando com 0,1% implicaria terem saído apenas 67 toneladas de nióbio, fração ínfima da produção mundial quase toda no Brasil e do consumo mundial realizado nas principais potências industriais e militares”.
Fonte:  Alerta Total 
COMENTO:  em 2008 publiquei um texto tratando sobre o assunto. Leia clicando AQUI.
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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Presidente Francês Apela a Recursos da Era de Stalin

Imagem: Veja
por Janer Cristaldo
Pois ... isso de chefes de Estado do Ocidente ficarem se roçando junto a dirigentes árabes acaba caindo mal. Agora que Kadaffi mandou bombardear os manifestantes em cidades líbias e promete publicamente matar quem lhe faça oposição, como ficam na fotografia os líderes ocidentais? Tony Blair recebeu afavelmente o ditador e o qualificou como parceiro na guerra contra o terror. Logo Kadaffi, que deu apoio aos terroristas que explodiram um avião sobre Lockerbie, matando 270 pessoas. Silvio Berlusconi encontrou em Kadaffi uma alma gêmea. Condoleeza Rice foi homenageada pelo assassino com jantar de gala.
Kadaffi acaba de declarar que não irá deixar a Líbia, que é "a nação de seus ancestrais", e irá morrer no "honrado solo de seu país". Traduzindo: vai matar mais gente, até que não possa matar mais ninguém. Ditador nenhum gosta de morrer no honrado solo de seu país. Ditador sempre prefere morrer em exílio dourado.
Lula o considerava “amigo e irmão”. Ao longo de seus oito anos de mandato, teve quatro encontros com o ditador. Em um deles posa com Kadaffi, ornado com um de seus berrantes parangolés, de um amarelo de doer os olhos. Justifica:
Quando o primeiro-ministro britânico se reúne com o Kadaffi, todo mundo acha o máximo, mas quando eu me reúno com ele, todos criticam — rebateu Lula à época do segundo encontro.
Ou seja: se o premiê britânico abraça um tirano, eu também posso abraçar. Curiosa lógica. Mas o melhor está acontecendo na França. Em 2007, o coronel Muamar Kadaffi visitou um de seus congêneres, o presidente Nikolas Sarkozy. Em tais encontros, a praxe é que o evento seja registrado com uma fotografia oficial. Nesta foto, um Sarkozy sorridente, em gesto afável, aperta a mão do ditador, que por sua vez ergue o braço esquerdo em sinal de plena adesão.
Segundo leio no Nouvel Obs, a França aderiu à prática soviética de eliminar da história companhias inconvenientes. Stalin era mestre nisto. É célebre a foto de um discurso de Lênin, em 1920, na qual a foto de Trotsky foi apagada. E isso quase um século antes do photoshop.
Pois bem. No atual site da Presidência da República, que faz a cobertura completa do governo Sarkozy, com mais de dez mil fotografias, a foto do ditador líbio apertando a mão de Sarkozy sumiu. Nem precisa mais retoques, nem photoshop. Basta detonar a foto.
Espantoso ver, em 2011, um presidente francês usando recursos stalinistas dos anos 20 do século passado.
Fonte:  Janer Cristaldo

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Relato Levanta Suspeitas Sobre Morte de General no Haiti

por Cristiano Romero
O presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, levantou a hipótese, durante encontro com autoridades americanas, de o general Urano Teixeira da Matta Bacellar, que comandou as forças de paz das Nações Unidas no Haiti, ter sido assassinado.  Fernandez disse não acreditar que o militar brasileiro tenha se matado, conforme concluíram investigação do Exército e laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) de Brasília. 
Bacellar foi encontrado morto na manhã do dia 7 de janeiro de 2006, num quarto do hotel Montana, em Porto Príncipe, capital do Haiti. Apenas quatro dias depois, o IML informou, depois de proceder a uma avaliação preliminar do ferimento encontrado no general, que ele se suicidou. 
As afirmações do presidente dominicano constam de telegrama enviado a Washington pela embaixada dos Estados Unidos em Santo Domingo e vazado agora pelo site WikiLeaks.  Segundo o documento, obtido pelo Valor, no encontro com o subsecretário assistente de Estado, Patrick Duddy, Fernandez disse que, por razões políticas, o governo Lula tinha interesse em caracterizar a morte do general como um suicídio.
"(...) Ele [Leonel Fernandez] acredita que o governo brasileiro está chamando a morte de suicídio para proteger a missão de críticas internas. Um assassinato confirmado resultaria em clamores da população brasileira pela retirada [das tropas] do Haiti", diz o telegrama. "O sucesso desta missão é vital para o presidente Lula porque é parte do seu plano para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU." 
Fernandez disse que conheceu o general Bacellar pessoalmente e, por isso, o suicídio lhe pareceu "improvável", vindo de um profissional do seu "calibre". Ele revelou que um grupo vinha atuando no Haiti para criar o caos no país e que teria assassinado integrantes da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) — um canadense, um jordaniano e "agora o general brasileiro". 
O presidente dominicano contou que um integrante brasileiro da Minustah chegou a matar um atirador haitiano, supostamente integrante desse grupo. Ele lembrou que, ao visitar Porto Príncipe em dezembro de 2005, sua delegação foi atacada por um grupo liderado pelo ativista haitiano Guy Philippe. 
O subsecretário Patrick Duddy alegou que as evidências apontavam para o suicídio de Bacellar e que as circunstâncias dos outros assassinatos desmentiam uma conspiração. O presidente insistiu. "Fernandez elaborou um pouco mais a sua hipótese: houve um acobertamento de um assassinato e que mais ataques ocorreriam. Ele foi firme nesta visão e repetiu o aviso", relata o telegrama. 
Em outro documento, o então assessor internacional do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, afirmou que mesmo que apenas um brasileiro morresse por violência no Haiti, e não por doença ou acidente, já causaria turbulência no país. Segundo Garcia, "não há escassez de críticos", no Brasil, à missão no país caribenho. A conversa, com diplomatas americanos, ocorreu no dia 8 de junho de 2005, antes, portanto, da morte do general Bacellar. 
No mesmo telegrama, [consta que] o então subsecretário para assuntos políticos do Itamaraty, Antônio Patriota, disse que o retorno de Jean Bertrand Aristide, presidente deposto em 2004, ao Haiti seria ruim para o processo de pacificação do país. Segundo o relato americano, Patriota afirmou que "o mero fato da existência de Aristide será sempre problemático em termos de sua influência" na sociedade haitiana. 
Neste momento, Aristide, que vive exilado na África do Sul, tenta voltar ao Haiti, como já conseguiu o ex-ditador Jean Claude Duvalier, o Baby Doc. Patriota contou que obteve do governo sul-africano o compromisso de não permitir que Aristide usasse o exílio para fazer política.
O mesmo telegrama mostra a pressão dos EUA para que as forças de paz lideradas pelo Brasil agissem com maior vigor no combate à violência nas favelas de Porto Príncipe. As autoridades brasileiras reconheceram a crescente da violência, mas não deram ao problema o mesmo grau de urgência.
FONTE:  Valor Online

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Avança o Cerco Contra "Cano"

Desde quinta-feira (17/2) da semana passada, se intensificaram os combates entre tropas do Exército Colombiano e guerrilheiros das FARC em várias localidades do nordeste de Cauca e sul de Tolima.
O centro dos enfrentamentos é a Canhada das Hermosas, região selvática nas montanhas ao sul de Tolima, onde as autoridades acreditam que se encontra o chefe das FARC, Guillermo León Sáenz Vargas, vulgo "Alfonso Cano" e seus homens de confiança.
Também se registram combates na zona montanhosa de Toribío, Miranda e Tacueyó (Cauca), na divisa com o departamento de Tolima, onde se acredita estarem alguns dos integrantes do Secretariado das FARC.
As autoridades intensificam a busca dos guerrilheiros com helicópteros armados. Isto é confirmado por moradores da área que asseguram que nos últimos dias aumentaram as explosões e os combates.
O Comandante das Forças Militares, General Édgar Cely, confirmou que as operações contra "Alfonso Cano" e os demais chefes das FARC continuam no sul do país e disse, ainda, que "avançam por bom caminho".
Cely assegurou que a Força Pública está desenvolvendo as operações de maneira planejada e organizada e que, uma vez tenham resultados importantes, o país será logo informado.

As operações
Tropas da 9ª Brigada do Exército, de Neiva, executam há três dias tarefas de apoio no sul de Tolima.
Segundo fontes militares, a mobilização de tropas se dá por ar e terra e são coordenadas por oficiais do Batalhão Tenerife que tem base em Santa Maria (Hula) e no município de Ataco, em Tolima.
O propósito das tropas do Batalhão Tenerife é bloquear as possíveis rotas por onde se movem os guerrilheiros das FARC desde a Canhada das Hermosas para o Cauca e o sul do país, de acordo com o plano militar que se desenvolve há vários dias.
As autoridades informaram também que dois soldados resultaram gravemente feridos durante os combates ocorridos. Os ferimentos motivaram, inclusive, que os militares fossem submetidos a intervenções cirúrgicas que resultaram na amputação parcial nos membros inferiores de um dos feridos.
Segundo o Comandante da 6ª brigada do Exército, Coronel Julio Prieto, os dois soldados, cujas identidades não foram reveladas, permanecem sob cuidados intensivos.

Zonas de difícil acesso
A região de Las Hermosas, onde se concentra grande parte dos objetivos das Forças Militares contra as FARC, está localizado a mais de 3.000 metros de altitude, dificultando a manobra dos helicópteros militares que tem sua capacidade de carga diminuída (com poucos homens a bordo e o mínimo de combustível). Além disso, a visibilidade é mínima, devido ao quase permanente manto de neblina formado pela umidade da região. O terreno desse parque natural constitui um corredor estratégico que permite transitar entre os departamentos de Tolima, Valle del Cauca e Cauca.
Ali está situada parte da cada vez mais reduzida base social das FARC, havendo também na área uma numerosa população indígena, da etnia Nasa, que rechaça a autoridade da guerrilha e reclama o exercício de sua autonomia e suas autoridades tradicionais.
O outro lugar das operações é a zona rural de Toribío, Miranda e Tacueyó (Cauca), onde o Batalhão de Forças Especiais Rurais (BAFER) nº 4 está atuando desde a passada quinta-feira.
Com essa ofensiva, as Forças Militares esperam oferecer boas notícias sobre sua luta contra as FARC nos próximos dias.
Fonte:  tradução livre do jornal El Colombiano
COMENTO:  espera-se que a boa notícia que os militares pretendem ofertar nos próximos dias seja a respeito do abate de Alfonso Cano. Realmente isso seria excelente, a fim de sepultar de vez as dúvidas levantadas pelo boato de que esse bandido teria aproveitado a suspensão das ações militares durante o desenrolar da missão humanitária cumprida por militares brasileiros na Colômbia.
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Os Sequestrados que Faltam ser Liberados Pelas FARC

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- Sargento Luis Alfredo Moreno Chagüezá: Foi sequestrado em 3 de agosto de 1998 junto a 20 outros uniformados, durante o ataque à base antinarcoticos da Policia em Miraflores (Guaviare). No momento de seu sequestro tinha 29 anos e era 1º Cabo. Durante sua estada na selva morreram seu avô materno e seu tio, e nasceram dois sobrinhos. Sua mãe se converteu em uma caminhante por sua libertação.
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- Sargento Robinson Salcedo Guarín: É oriundo de Ambalema (Tolima).  Foi sequestrado em 3 de agosto de 1998 junto a 20 outros uniformados, durante o ataque à base antinarcoticos da Policia em Miraflores (Guaviare). . Foi sequestrado sendo 1º Cabo. Se nega a cortar o cabelo enquanto não recuperar sua liberdade, por isso ficou conhecido como 'El Mechudo'. É o mais velho de 6 irmãos.
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- Sargento Luis Arturo Arcia: Nasceu em Chita em 26 de fevereiro de 1971 e vivia com sua mãe em Tunja até ingressar no Exército. Foi sequestrado sendo 1º Cabo durante ataque guerrilheiro na garganta El Billar (Caquetá) em 3 de março de 1998. Quando a guerrilha o levou tinha 27 anos.
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- Sargento Luis Alfonso Beltrán Franco: Foi sequestrado em 3 de março de 1998 durante ataque na garganta El Billar (Caquetá) , que durou três dias. Na época era 1º Cabo e estava vinculado à Brigada Móvel 53, após ter passado por Melgar, Villavicencio, San Vicente de Chucurí, Villa de Leyva, Tolemaida e Tunja. Desde seu sequestro, foram apresentadas duas provas de sua sobrevivencia. 
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- Cabo José Libio Martínez: Foi sequestrado em 10 de Julho de 1999, no ataque das FARC a Puerto Rico (Meta). É o refém com mais tempo em cativeiro. Desde seu sequestro, foram recebidas quatro provas de sua sobrevivencia. A última, em agosto de 2004, foi um vídeo. Por essas mensagens se soube que o Subtenente Rojas sofre de paludismo (malária). Seu filho de 10 anos, Johan Steven, nasceu meses depois de que seu pai foi sequestrado, por isso não se conhecem.
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- Coronel Edgar Yesid Duarte Valero: Foi aprisionado pelas FARC quando tinha o posto de Capitão, em 14 de outubro de 1998 em El Doncell (Caquetá). Foi sequestrado junto ao Tenente Elkin Hernández Rivas e um patrulheiro da Policia, em um falso bloqueio quando ia para Florencia reunir-se com outros comandantes. Desde então se viu duas provas de sua sobrevivencia, a última em 6 de junho de 2010. É casado com Susy Abitbol e tem uma filha que não viu crescer.
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- Tenente Elkin Hernández Rivas: Foi sequestrado  pelas FARC em 14 de outubro de 1998. À época, tinha 22 anos. Ele foi aprisionado pelas FARC quando se deslocava pela estrada que vai de Paujil a Florencia (Caquetá). Sua última prova de vida foi dada a conhecer em 6 de junho de 2010.
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- Sargento César Augusto Lasso Monsalve: Nasceu em Manizales (Caldas) em 1967. Foi sequestrado em 1 de novembro de 1998 na tomada de Mitú (Vaupés), junto a outros 61 membros da força pública. Imediatamente se converteu em parte do grupo de 'canjeables' (negociáveis) das FARC. Durante os primeiros seis anos de cativeiro, não se teve noticias suas. Em 28 de novembro de 2008 sua mãe, Fabiola Monsalve, organizou uma marcha em favor da libertação dos sequestrados em Cali. Não conhece seus filhos.
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- Sargento Luis Alberto Erazo Maya:  Foi sequestrado na tomada da estação de Curillo (Caquetá) em 9 de dezembro de 1999. Sua última prova de vida foi dada a conhecer em 6 de junho de 2010. Nesta, solicitou ao comandante das FARC, Guillermo León Saenz, vulgo "Alfonso Cano", uma disposição de diálogo que lhe permita estar em liberdade no próximo Natal.
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- Sargento José Libardo Forero Carrero: Foi tomado como refém das FARC em 12 de julho de 1999 em Puerto Rico (Meta), durante um ataque guerrilheiro iniciado no dia 10 do mesmo mês. Forero havia sido destacado cinco meses antes para aquele município e só restava um para voltar à sua base permanente, que era Villavicencio. Não se tem noticias dele desde 2009. É pai de dois jovens: Noli, de 15 anos, e Anderson, de 19.
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- Intendente Jorge Trujillo Solarte: Seu sequestro ocorreu em 10 de julho de 1999, quando as FARC incursionaram contra a estação de Policia de Puerto Rico (Meta). Não conhece seus filhos.
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- Intendente Wilson Rojas Medina: Foi sequestrado durante a tomada de Puerto Rico (Meta)  pelas FARC, em 10 de julho de 1999, junto com outros 28 policiais.
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- Intendente Carlos José Duarte Rojas: Foi sequestrado em Puerto Rico (Meta), em 10 de julho de 1999, durante uma incursão das FARC, na qual destruíram o posto de policia com um carro blindado artesanal. No momento de seu sequestro tinha 29 anos. Está casado e tem dois filhos que não conhece.
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- Intendente Jorge Humberto Romero: Foi privado de sua liberdade em 10 de julho de 1999 em Puerto Rico (Meta). Sua última prova de vida foi dada a conhecer em 7 de setembro de 2009. Nesta, enviou saudações a toda sua família, através de um vídeo.
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- Intendente Álvaro Moreno: Foi sequestrado em 9 de dezembro de 1999 durante a tomada guerrilheira à estação de Policia de Curillo (Caquetá). Sua última prova de vida foi dada a conhecer em agosto de 2009. É pai de dois menores: Nelly e Kevin Moreno.
Fonte:  tradução livre do jornal El Tiempo
COMENTO: mais de uma dezena de pessoas que se encontram prisioneiras há mais de uma década, sobrevivendo em condições sub-humanas na selva, sem terem cometido delito algum. Seus captores fazem parte da quadrilha que o governo brasileiro reluta em qualificar como bandidos e terroristas.
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Participação do Exército Brasileiro no Resgate Humanitário de Reféns das FARC na Colômbia

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Com relação à participação do Exército Brasileiro na operação coordenada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) de resgate humanitário na Colômbia, o Comando do Exército informa que:
1. A operação foi concluída com sucesso em 16 Fev 11. Foram resgatados 6 (seis) reféns libertados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
2. O Exército Brasileiro participou da operação, por solicitação do CICV ao Governo brasileiro, com o emprego, na Colômbia, de 2 (dois) helicópteros HM3 COUGAR, do 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAvEx), e 22 militares. Coube ao Comando Militar da Amazônia conduzir o planejamento e a coordenação da operação.
3. Os resgates foram feitos em 4 (quatro) fases. Em todas as fases estavam presentes 1 (um) delegado da Cruz Vermelha e 1 (um) representante da ONG “Colombianos e Colombianas pela Paz”
A primeira teve início no dia 9 de fevereiro, a partir da localidade de Villavicencio (95 Km a sudeste de Bogotá), quando foi resgatado o político Marcos Baquero.
Local de resgate de Marcos Baquero
Chegada de Marcos Baquero a Villavicencio
4. A segunda fase ocorreu no dia 11 de fevereiro, a partir da localidade de Florência (580 Km ao sul da capital), oportunidade em que foram resgatados o político Armando Acuña e o fuzileiro naval Henry López Martinez.
Local do resgate do dia 11 Fev (Armando Acuña e Cabo Henry) 
5. A terceira fase, no dia 13 de fevereiro, foi a partir da cidade de Ibagué (179 Km a oeste de Bogotá), sendo resgatado o patrulheiro Carlos Alberto Ocampo.
Local de resgate da 3ª fase (Patrulheiro Carlos Ocampo)
6. A quarta e última fase ocorreu no dia 16 de fevereiro, a partir da cidade de Cali (300 Km a sudoeste da capital), com os resgates do policial Guillermo Solórzano e do cabo do exército Salín Sanmiguel.
Local do resgate da 4ª fase da operação
Momento da chegada do Major Guillermo e do Cabo Salin
CRONOLOGIA DOS EVENTOS
Dia 06 Fev – 2 helicópteros HM 3 COUGAR e 1 helicóptero HM 1 PANTERA deslocam-se para a cidade de São Gabriel da Cachoeira/AM, ponto de apoio próximo da fronteira Brasil/Colômbia.
Dia 07 Fev – Integrantes da ONG “Colombianos e Colombianas pela Paz” e delegados do Comitê Internacional da Cruz Vermelha chegam a São Gabriel da Cachoeira para acertar os detalhes da missão com as tripulações dos helicópteros. Nessa mesma data, os helicópteros recebem os adesivos da Cruz Vermelha.
Dia 8 Fev – A equipe humanitária segue a bordo de dois helicópteros COUGAR com destino à cidade colombiana de Villavicencio. 1 (um) helicóptero PANTERA permanece em São Gabriel da Cachoeira como aeronave reserva da missão.
Dia 9 Fev – A partir de Villavicencio ocorre o primeiro resgate (o político Marcos Baquero).
Dia 10 Fev – Os helicópteros deslocam-se para a cidade de Florência.
Dia 11 Fev – A partir de Florência ocorrem os resgates do político Armando Acuña e do fuzileiro naval Henry López Martinez.
Dia 12 Fev - Os helicópteros deslocam-se para a cidade de Ibagué.
Dia 13 Fev – A partir de Ibagué ocorre o resgate do patrulheiro Carlos Alberto Ocampo.
Dia 14 Fev – As aeronaves realizam a manutenção obrigatória em Ibagué.
Dia 15 Fev - Os helicópteros deslocam-se para a cidade de Cali.
Dia 16 Fev – São resgatados o major de polícia Guillermo Solórzano e o cabo do exército Salín Sanmiguel
Dia 17 Fev - As aeronaves realizam a manutenção obrigatória em Cali.
Dia 18 Fev - Início do retorno ao Brasil. Percurso Cali- Villavicencio.
Dia 19 Fev – Percurso Villavicencio – São Gabriel da Cachoeira –AM.
Dia 20 Fev – São Gabriel da Cachoeira – Manaus (previsão de chegada, caso não ocorra nenhum contratempo em decorrência da meteorologia.

SAIBA MAIS SOBRE O 4º BAVEX
O 4º Batalhão de Aviação do Exército (4º BAvEx), criado em 1993, é uma Organização Militar operacional e tem a missão de dar mobilidade ao Comando Militar da Amazônia, ao qual está diretamente subordinado, possuindo militares treinados em operações no ambiente amazônico.
Uma das tripulações envolvidas na operação
O 4º BAvEx nasceu da crescente importância geopolítica da região amazônica. Sua origem remonta ao ano de 1991, quando uma força de helicópteros, da então Brigada de Aviação do Exército, deslocou-se de Taubaté-SP para participar de uma operação militar na região de Tabatinga-AM.
A Unidade, contudo, veio a nascer de fato com a reestruturação da Aviação do Exército, em agosto de 1993, sendo ativada em 15 de dezembro do mesmo ano, com a denominação de 1º Esquadrão do 2º Grupo de Aviação do Exército, utilizando provisoriamente áreas da Base Aérea de Manaus. Em 15 de dezembro de 1997 passou a designar-se 4º Esqd Av Ex, evoluindo para a estrutura e denominação atual. Em 18 de junho de 1999, o Batalhão ocupou suas atuais instalações no setor sul do aeródromo de Ponta Pelada, na cidade de Manaus.
Com suas aeronaves HM-1 (Pantera), HM-2 (Black Hawk) e HM-3 (GOUGAR), e dotado de pessoal altamente especializado, dedicado, motivado e comprometido com o dever de defender a Amazônia Brasileira, o Batalhão encontra-se em caráter de prontidão permanente, para atender ao chamado da pátria. Fruto da necessidade imposta pela atividade, a Unidade pode deslocar-se, compondo uma Força Tarefa, para qualquer parte da Amazônia, estando apto a cumprir ações aeromóveis de combate, apoio ao combate e apoio logístico.
A Aeronave COUGAR, modelo empregado na operação de resgate dos reféns das FARC, é de fabricação francesa, tem capacidade para até 21 (vinte e um) passageiros e 4 (quatro) tripulantes, possui autonomia de 6 horas de vôo, sem reabastecimento, e capacidade para voo em grandes altitudes.
citado no Blog do Montedo
COMENTO:  como destacou o Montedo, fez bem o Exército Brasileiro ao evitar divulgar nas fotos a imagem da ex-senadora Piedad Córdoba, que perdeu seu mandato devido a suas ligações com a narcoguerrilha. No texto do EB foi omitido o problema causado pela divulgação errada de coordenadas para a localização de alguns dos reféns, o que causou atraso na libertação de alguns deles, e propiciou o surgimento de hipóteses a respeito do aproveitamento da suspensão das atividades militares colombianas para possibilitar a movimentação dos bandoleiros e, até mesmo a fuga do seu chefe para alguma área segura. Quanto à veracidade desse tipo de hipótese, só saberemos por ocasião da captura ou morte do bandoleiro.
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domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Álcool dos Banqueiros

por Arlindo Montenegro
As tragédias mortíferas envolvendo banqueiros, presidentes, príncipes, esta gente das altas esferas, são mais raras. Mas na periferia dos negócios políticos e comerciais isto acontece rotineiramente. O fato é que as investigações acabam antes de começar, pela interferência de algum advogado, por ordens que "vem de cima".
Certa vez um policial confessou a um professor na Academia de Policia que sempre que suas investigações chegavam a um "grandola", a chefia mandava parar. Os intocáveis existem e estão lá naquele espaço onde acontecem as transações envolvendo facções políticas, negociantes de armas e drogas e banqueiros, os únicos ganhadores em qualquer circunstância.
Os gregos estão chiando e reconhecendo em casa a imposição do FMI, os mesmos procedimentos que os governantes daqui sempre aceitaram submissos, apenas cumprindo as ordens, na posição de colonizados obedientes, corrompidos. O jornal eletrônico "El Diário Exterior" de 12 de Fevereiro, informa que o Primeiro Ministro grego, Papandreu, em conversa telefônica com Dominique Strauss Kahn, diretor do FMI, qualificou de "inaceitável" o comportamento dos agentes do FMI.
Lá, como fizeram por aqui, a interferência nos assuntos internos e a imposição de reformas é recebida com estranheza. Na Grécia, diferente do Brasil, o governo impõe limites, afirmando que só aceita ordens do povo grego, negando-se renunciar à própria dignidade. Ou é jogo de cena ou os gregos acreditam na "ajuda" dos responsáveis pela "crise" que afundou o planeta, criando condições para o controle político total que está por vir ... senão a mesma guerra.
Os banqueiros do FMI, condicionavam um empréstimo de 15 milhões de euros, a silenciar os grupos contrários às privatizações. Diferente não é? Por aqui os governantes negociam e anunciam o grande negócio! A Grécia se posiciona contra a venda de seus ativos. Os governos daqui entregaram tudo e ficaram devendo mais ainda. Bela ajuda! Belos democratas!
Esta é a mecânica dos banqueiros do FMI. Emprestam, ditam os juros, ditam as condições e vão impondo leis que facilitem as "privatizações", isto é venda do patrimônio publico e privado das nações que passam sempre ao controle internacional de mega empresas cujas ações engordam as carteiras dos banqueiros. Em caso de resistência, morrem presidentes, brotam revoluções...
Na Grécia querem calar sindicatos, querem regular salários profissionais abaixo do nível de vida que os europeus sempre mantiveram elevado. Graças aos investimentos nas "colônias" da África, da Ásia e da América Latina, mão de obra barata, matéria prima abundante, governantes fáceis de corromper, gente mal informada e manipulável. O FMI esta contrariado com as greves que paralisam durante semanas farmacêuticos, médicos, motoristas.
As redes de espionagem e infiltração continuam mais ativas que nunca, as drogas e armas continuam ultrapassando fronteiras, destruindo neurônios, fomentando o banditismo e matando mais gente numa progressão da estratégia disto que muitos ainda desconhecem e chamam de "teoria da conspiração": governo mundial, melhor dizendo a ditadura mundial unificada.
O Brasil foi o pioneiro em substituir a gasolina por álcool nos veículos. O Brasil é o maior produtor de álcool no mundo. No Brasil se fabricaram os primeiros carros movidos a álcool. Como atividade agroindustrial de sucesso, reduzindo a dependência das importações de gasolina, esta atividade ficou na mira dos banqueiros e controladores da energia que move o mundo.
Nesta semana, nosso invento e nossa produção passaram para um banco holandês com negócios até na China: o ING Commercial Banking em parceria com o JP Morgan ligado à família Rothschild e a mega empresa inglesa Royal Dutch Shell, esta mesma dos postos de gasolina. A associação com a brasileira Cosan, do grupo Ometo, que lidera a produção, comercialização e exportação de açúcar e álcool e de lambuja figura como a maior geradora mundial de energia utilizando o bagaço da cana.
A nova empresa que surge foi batizada Raizen terá a gestão compartida, mas não se sabe quem manda mais. O fato é que a Shell amplia seu acesso ao etanol (álcool) brasileiro, apenas fazendo o que já faz: disponibilizando os 2.470 postos de revenda e ainda ampliando sua rede com os 1.500 postos da Exxon Mobil, que foram adquiridos pela Cosan. Claro que tem grana na parada. Ingleses, holandeses e seus banqueiros sabem como negociar e sabem mais, como assumir o controle e lucrar.
Observadores visionários, como Lord Tennyson em 1835, já adivinhavam que o futuro nos reservava o "parlamento do homem, a Federação do mundo ..." que deixava o seu "coração paralisado e a visão pessimista" referindo "um povo faminto, rastejando como um leão ..." A marcha acelerada destas junções empresariais e a dependência total aos banqueiros nos conduzem a passos largos para a visão de Tennyson e outros literatos: o governo da nova ordem mundial.
O poeta acreditava que o conhecimento está para o homem como a claridade do sol e que “A ciência se move lentamente, rastejando de ponto a ponto ... lentamente”. Mesmo pessimista, se apegava ao sonho: “... mais uma vez com a fantasia e embora sabendo que minhas palavras são selvagens ... conto para as crianças o que as trevas escondem ...
Hoje as crianças, além das aulas de sexo, aprendem a conservar o espírito aventureiro e irresponsável de Peter Pan e aguardar que o Papai-Noel lhes dê tudo, desde que obedeçam ao estado onipresente, onisciente, onipotente, controlador absoluto e ditador da “Federação do Mundo” ou Governo Mundial, cuja gentil tropa de choque é integrada por banqueiros.
Bancos Centrais e seus satélites obedientes às políticas do sistema financeiro internacional são bandos organizados para o crime continuado e impune. Mantêm suas ogivas e outras formas impositivas direcionadas contra todas as nações. Metralhadoras e granadas, ali no banco da esquina, para submeter cada trabalhador, cada família, para endividar-se hoje e pagar a vida inteira com os juros da escravidão coletivista.
Fonte: ViVerdeNovo
COMENTO: (ATUALIZAÇÃO DE POSTAGEM) é interessante o fato de algumas pessoas demonstrarem um conhecimento "além de sua época". Acredito que o hábito de serem bons leitores ajudam a aquisição dessa característica. Além disso, as experiências de vida facilitam a visão das coisas que a maioria das pessoas não percebem. Sempre admirei os escritos de Arlindo Montenegro, e tinha a curiosidade de saber mais a respeito dessa pessoa. Isto foi esclarecido em março de 2022, por ocasião do falecimento de José Anselmo dos Santos, o famoso "Cabo Anselmo", quando o jornalista Jorge Serrão revelou que Arlindo Montenegro era um nome fictício que José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, usava para publicar seus textos no blog do amigo que o apoiava.  
https://jovempan.com.br/jorge-serrao/a-morte-do-cabo-anselmo-o-homem-que-nao-existiu.html

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Com Apoio do Brasil, "Alfonso Cano" Teria Fugido da Colômbia

Santos permite fuga de Alfonso Cano
por Ricardo Puentes Melo
O esperado: “Alfonso Cano”, o perigoso narco-terrorista, comandante das FARC, escapou com ajuda dos governos colombiano e brasileiro.
A má notícia da fuga de “Cano” foi confirmada a “Periodismo Sin Fronteras”, por várias fontes muito bem informadas e de total credibilidade.
Toda a montagem para a fuga de “Cano” começou a ser forjada no final do ano passado, quando as FARC anunciaram em 8 de dezembro de 2010 que, em desagravo à Piedad Córdoba, destituída pelo Procurador Alejandro Ordóñez devido a suas relações com esta guerrilha, iam realizar uma série de libertações dos sequestrados em seu poder.
A este desagravo organizado pelas FARC, uniu-se o presidente Juan Manuel Santos, amigo íntimo de Piedad Córdoba desde há muitos anos, e seu co-partidário no Partido Liberal (na Colômbia, como nos Estados Unidos, partido de esquerda. GS). Santos, de imediato, aceitou satisfeito o convite das FARC e nomeou Piedad Córdoba como mediadora nestas libertações, além de prometer colocá-la como alta assessora de paz em um futuro próximo.
Incrível! Piedad Córdoba, que deveria estar atrás das grades por seus nexos infames com as FARC, é re-inserida e desagravada pelas FARC e pelo presidente Santos.
A trama desta montagem, cujo fim era permitir a fuga de “Alfonso Cano”, continuou neste 7 de fevereiro de 2011 quando Piedad Córdoba, cognome “Teodora de Bolívar”, viajou ao Brasil acompanhada de Hernando Gómez e Danilo Rueda, membros de “Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP)”, e de Michael Kramer, representante do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR - na sigla em espanhol), entidade já legendária por seus estranhos nexos com a narco-guerrilha colombiana.
O conto chinês que lançaram à opinião pública era que viajavam em uma “missão humanitária” para ultimar os detalhes com o governo da guerrilheira Dilma Rousseff, presidente do Brasil, que, sem que ninguém lhe pedisse, ofereceu prazerosamente prover dois helicópteros para o traslado dos seqüestrados.
Ninguém se perguntou para que diabos se necessitariam de helicópteros da Força Aérea do Brasil. Porém, agradeceram a Rousseff, felicitada pelas FARC e por Santos após sua vitória eleitoral, os encheram com tripulação brasileira e com delegados da Cruz Vermelha e ninguém averiguou mais nada.
A farsa continuou. O camarada Santos, colocando sua melhor cara de dignidade, disse que não lhe agradava nem um pouco o “show midiático absurdo” das FARC e criticou que Armando Acuña, o vereador libertado, saísse de terno e gravata da selva. O estranho é que ele mesmo autorizou todo este “show midiático absurdo”.
Porém, enquanto Santos criticava “duramente” o show e autorizava o despejo do território nacional para a livre ação das FARC, os helicópteros foram aproveitados para concretizar seu verdadeiro objetivo: permitir a fuga de “Alfonso Cano”, tirá-lo do estado de Tolima e facilitar sua entrada no Brasil ou Venezuela, que seria seu destino final, aproveitando que Chávez hospeda lá todos os cabeças do Estado Maior das FARC.
Neste sábado passado, ao mesmo tempo em que a imprensa estava concentrada nas palavras de Santos, um dos helicópteros brasileiros realizou várias e suspeitas aterrissagens em diferentes pontos do estado de Tolima. Tudo parece indicar que “Cano” foi recolhido no Cañon de las Hermosas e deixado em Mariquita. Dali, supomos, “Alfonso Cano” passará para onde está o novo melhor amigo do camarada Santos, o tirano de Miraflores, Hugo Chávez (se através do Brasil ou diretamente, não sabemos).
Foi por isso que as FARC entregaram “coordenadas falsas”. Por isso pedem novo prazo para a entrega dos seqüestrados que prometeram libertar e não o fizeram. Tanto as FARC como Piedad Córdoba e seus eternos aliados, os membros da Cruz Vermelha Internacional, sabiam que o objetivo era salvar “Cano” da perseguição do Exército colombiano.
Seria muito aventurado assegurar que o camarada Santos também sabia. Porém, eu tenho a íntima convicção de que sim. Santos, seguidor e amigo de Fidel Castro, admirador de Gloria Cuartas, discípulo fiel do amigo do ELN, López Michelsen (ex-presidente da Colômbia), e socialista confesso, sabia que o plano real era esse.
Minha íntima convicção infere-se com o conhecimento de todos de que Santos, precursor do Caguán, foi quem idealizou a zona de despejo para as FARC, que se concretizaria durante o governo de Andrés Pastrana, governo do qual ele fez parte como ministro da Fazenda. Em uma reunião com “Raúl Reyes”, na Costa Rica, em 1997, ele selou o acordo que levaria Pastrana à presidência.
Minha convicção é também originada pela certeza de que a família Santos, amiga de Fidel Castro, “Tirofijo” e “Alfonso Cano”, uma vez mais pisoteia a dignidade dos colombianos e insulta nosso Exército. A eles pouco lhes importa os milhares de soldados assassinados pelas FARC, os que ficaram amputados de braços e pernas, as viúvas que deixaram; seu desprezo pelos órfãos destes heróis que deram sua vida para nos livrar do flagelo narco-terrorista da guerrilha, é evidente.
A família Santos continuará em seus clubes, passeando pela Europa, vivendo parasitariamente de nossos impostos, encarcerando militares acusando-os de “Falsos Positivos”, enquanto seus garotinhos delfins usam os helicópteros do Exército para seus passeinhos com os amigos do colégio e da universidade. E, o que é pior, enquanto a Colômbia inteira derrama seu sangue para que estes profanos permitam que seu grande verdugo escape para o exterior.
A Colômbia foi traída mais uma vez. Enquanto nosso Exército está sendo humilhado e perseguido nesta guerra jurídica, os inimigos da pátria são elevados à categoria de “gestores de paz” ou levados em helicópteros brasileiros para a liberdade, longe do acosso do Exército.
General Navas, suas lágrimas de impotência e raiva derramadas pelos soldados assassinados ou desmembrados foram respondidas com a fuga de “Alfonso Cano”. Porém, saiba o senhor, general, que este país sofre com cada golpe avesso que os inimigos propinam às nossas Forças Armadas. E esteja certo, general Navas, que não desconhecemos a cumplicidade ou a indiferença do alto governo nestes ataques que procuram desmoralizar a tropa e entregá-la nas mãos do comunismo assassino que hoje administra a Justiça.
Colombianos, bem-vindos de novo ao Caguán!
Fonte: Notalatina
COMENTO: a acusação é grave! Não posso avaliar as fontes do autor do texto mas me recuso a acreditar que nossos militares, enviados como tripulação dos helicópteros que foram auxiliar a recuperação dos reféns da narco-guerrilha, tenham se prestado à indignidade descrita. Nada justificaria uma atitude de traição ao povo e, particularmente, às Forças Armadas colombianas. Nem mesmo interesses diplomáticos ou de interesses ideológicos. Seria o fim da honra militar brasileira. Faço o registro, mas me recuso a acreditar! No dia 17/2, o Presidente colombiano afirmou categoricamente que o chefe das FARC encontra-se ainda cercado em território colombiano.