sábado, 16 de outubro de 2010

O Golpe na Petrobrás

por Carlos Alberto Sardenberg
... " A operação, em termos simples: o governo vendeu para a Petrobrás 5 bilhões de barris de petróleo que estão enterrados em algum lugar do pré-sal. Cobrou por isso uns R$ 72 bilhões. Logo, a Petrobrás ficou devendo essa grana, pelo direito de lá na frente pesquisar, perfurar, explorar e finalmente retirar o óleo do fundo do mar.
Em seguida, a Petrobrás abre seu capital e oferece ações no mercado. O governo central (Tesouro) compra parte destas ações, pelas quais deveria pagar à estatal uns R$ 45 bilhões. Mas como tem um crédito pelos barris "a futuro", abate apenas o valor da conta e continua credor da Petrobrás de cerca de R$ 27 bilhões.
Você pensa que o negócio acabou com a estatal mandando um cheque nesse valor para o caixa do governo? Se pensou está na era da contabilidade pré-Lula.
A Petrobrás não vai pagar, mas o governo federal vai registrar como receita e assim vai fazer neste mês o maior superávit da história.
Ainda vai pegar parte desse dinheiro e emprestar para o BNDES fazer o quê? Pagar as ações da Petrobrás!
Resumo: o governo não colocou um centavo, mas comprou mais ações da Petrobrás, aumentou sua participação e ainda recebeu de troco R$ 27 bilhões. Não é o máximo? Nada nesta mão, nada na outra e ... eis 27 bilhões!!!!
Além disso, o governo assume 51% das ações, com direito a voto e veto, nomeia a diretoria, traça estratégias de administração e estatiza praticamente a Petrobrás.
Agora a Petrobrás, na prática, acaba sendo do governo, podendo-se pressupor toda a espécie de safadeza que virá no governo seguinte.
Acha que acabou? Nada disso. Se você dividir 72 bilhões por 5 bilhões vai encontrar o valor de 14,4 reais que são US$ 8.7, o preço do barril de petróleo que está super faturado. Na crise do petróleo 1973, a maior da história, chegou a US$ 11.4.
Analistas acreditam que a tendência será do preço do petróleo cair ainda mais se for confirmado uma segunda crise financeira que está por vir.
E assim, o governo Lula vai estatizando a maior empresa do Brasil (a quarta do mundo), sem pôr um centavo do próprio bolso, tudo na cara dos idiotas brasileiros, e na da oposição mais sem qualidade que este país conheceu!
Fonte:  Jornal O Globo, de 02/10/10,
indicado por correio eletrônico.
Já o jornalista Políbio Braga, em seu blog, revelou que
"Grandes bancos sabiam que comprar Petrobrás seria um mau negócio"
O editor conversou nesta quinta-feira com Alessandro Barreto, diretor da Geral Investimentos, Porto Alegre, com quem buscou números sobre o que ocorreu depois da mega oferta de ações da Petrobrás, diante dos ruídos de que os bancos Itaú e Morgan teriam revelado antecipadamente relatórios negativos, desobedecendo o período de silêncio imposto pela CVM.
No dia 4 de outubro, data da mega oferta de R$ 120 bilhões, as ações PN da Petrobrás foram cotadas a R$ 27,38, valor que despencou 9% já no dia 7, quando a cotação foi para R$ 25,00. Nesta quinta-feira, o papel registrou alta interessante e no meio da tarde chegou a R$ 26,20.
O lançamento foi um sucesso em função de todos os segredos e sobretudo pelo “efeito manada”.
Não dá para dizer que as ações da Petrobrás viraram mico, mas os acionistas perderam e perderão muito.
A Geral Investimentos não quis sequer conversar com o editor durante o período da oferta, porque respeitou o período de silêncio. Todos os entes financeiros que registraram ofertas das ações fizeram o mesmo.
Na semana passada, o governo e o PT chegaram a denunciar a existência de indícios sobre a publicação de reportagens negativas que sairiam nas edições de final de semana dos grandes jornais e da revista Veja, mas nada aconteceu. A própria candidata Dilma Roussef acusou seu oponente pelos boatos, mas isto era falso.
Muitos agentes financeiros e inúmeros acionistas acham que foram enganados pelo Itaú e pelo Morgan, dois dos principais coordenadores da oferta, já que não teriam prevenido o mercado sobre suas restrições, mas os bancos alegaram que estavam impedidos de falar, por ordem da CVM.
Entre os motivos das revisões de opiniões sobre a Petrobrás, estão a capitalização da empresa, que permitiu ao governo aumentar sua parcela na Petrobras, a redução dos preços do petróleo no mercado internacional, a queda na expectativa de produção no curto prazo e a perspectiva de margens pressionadas. Também entraram na dança as razões políticas, como o uso eleitoral das notícias sobre a mega operação.
CLIQUE AQUI   para ler reportagem do Estadão sobre as perdas da Petrobrás.
Fonte:  Políbio Braga
COMENTO: quem, como este idiota que ora vos tecla, investiu na PTroubarás em meados de 2008, está amargando um prejuízo próximo a 40%. Quem é malandro e entende da jogada está saltando fora da canoa furada em que está se transformando a estatal brasileira, como o espertalhão George Soros que se livrou das ações da empresa. Sem contar o fato de que pagamos uma das gasolinas mais caras do mundo. Mas as boquinhas da "cumpanherada" estão garantidas. Por isso a gritaria da canalha contra as privatizações.
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