segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Uma Juíza e Uma Foto Escandalosa

10 Jan 2010
Ontem, (09/01/10) na página Tendências/Debates da Folha, uma juíza chamada Kenarik Boujikian Felippe escreveu um artigo defendendo com veemência a tal Comissão da Verdade e a punição aos torturadores. Ah, bom! A esquerda brasileira sempre nos dando lições, não é?
Cesare Battisti, o terrorista-fetiche de Tarso Genro, cometeu, segundo o ministro, “crime político”; já os torturadores teriam cometido crime comum, que não se enquadra na categoria de “conexo”. Já os atos terroristas da esquerda eram — claro! —, crimes políticos. A íntegra do artigo desta senhora está aqui. Os argumentos são conhecidos, e já os contestei, creio, mais de uma centena de vezes. Vou demonstrar qual é a praia de Kenarik de outro modo. Vejam esta foto.
Viram? Aquele que está no centro, de barba, segurando um quadro é João Pedro Stedile, o chefão do MST, o movimento viciado em cometer crimes — na VEJA desta semana, ficamos sabendo que os sem-terra se transformaram agora em contumazes desmatadores da Amazônia. E o que ele faz ali? Ora, está recebendo uma homenagem da ASSOCIAÇÃO JUÍZES PARA A DEMOCRACIA!!!
Sim, vocês entenderam direito. Os bravos magistrados da dita-cuja resolveram homenagear o MST pelo conjunto da obra. Kenarik é aquela senhora de vestido preto e braços cruzados ao lado de Stedile. Se quiser mais detalhes, vá à página do próprio MST.
Reparem: a tarefa de um juiz é, afinal de contas, julgar. E isso significa que os próprios atos do MST podem ser objeto do seu escrutínio. Se for um desses valentes da tal associação, já conhecemos o veredito antes mesmo de conhecer o caso ou a causa. Homenagear o movimento significa endossar os seus métodos, endossando também os seus crimes.
Uma das coisas encantadoras dessa foto é aquele rapaz ao lado de Kenarik ostentando a camiseta com a palavra “Cuba”. Cuba é aquele país em que a oposição está na cadeia, onde a tortura a presos é, na prática, uma política de estado. A foto está cortada. Talvez falte um “s” ali, e esteja escrito “Scuba” na camista. A palavra é o acrônimo em inglês para Self-Contained Underwater Breathing Apparatus (Dispositivo para respiração subaquática autocontido). Um equipamento scuba fornece o ar necessário a quem pratica mergulho autônomo, de forma a permanecer debaixo de água por longos períodos. Uma coisa ou outra, estamos diante de um emblema. Stedile é o nosso grande “revolucionário”. E sua “revolução” é garantida com o dinheiro público do Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Kenarik, em sua sede implacável de justiça, não se constrange em aparecer nesse retrato, como se vê. Não custa lembrar que o decreto dos Direitos Humanos, em defesa do qual ela escreveu, extingue, na prática, a propriedade privada e cria uma categoria acima dos juízes.

3 comentários:

Partido Alfa disse...

"Diga-me com quem andas que te direi quem tu és". Um ditado velho mas explicativo. Pelas companhias da tal juiza já podemos imaginar o resto. É o uso descarado do termo Democracia para esconder outras intenções.

Anônimo disse...

É triste ver TORTURADOR e defensor de torturador. Querer comparar um torturador (que se utiliza das prerrogativas do estado para prender e machucar alguém) com qualquer outro tipo de crime só pode partir da cabeça de alguém que tem tendências a ser torturador.

GM Ferraz disse...

Ao leitor Anônimo: tudo é relativo. A mim entristece verificar que terroristas, assassinos, seqüestradores e bandidos comuns que agiram criminosamente, de armas na mão, em busca da instauração de uma "grande Cuba" no Brasil, são comparados com os brasileiros que agiram em defesa da sociedade, e venceram os criminosos na luta que estes começaram. Não existe crime sem lei que assim o defina. Isto é norma mundial. Tortura passou a ser crime há poucas décadas. Matar, assaltar, seqüestrar, roubar e outros tipos de "ações revolucionárias" praticadas ou não em nome de uma ideologia espúria, são consideradas ações criminosas desde que a sociedade humana começou a organizar-se.