quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Quebra-pau em Brasília

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Não estive no local, portanto, meu conhecimento sobre os fatos limita-se ao que foi mostrado na TV. Mesmo assim, quero expor minha opinião a respeito não só desse episódio, mas de outros tantos em que a polícia atua com "violência contra o cidadão".
O direito de manifestar-se pela "limpeza na política em Brasília", assim como por qualquer outro motivo é garantido pela Constituição.
Todavia, o exercício desse direito não pode restringir os direitos dos outros cidadãos.
Fica então a questão: os manifestantes tinham o direito de impedir o trânsito em uma das principais vias de Brasília?
Caso positivo, como fica o direito de ir e vir das pessoas que estavam alheias ao protesto?
Não seria muito mais coerente realizar a manifestação no imenso gramado existente em frente ao Buriti e que se prolonga por todo o Eixo Monumental?
A cena de automóveis sendo impedidos de circular me lembrou outras já vistas, também pela TV, de motoristas sendo agredidos por "manifestantes" do MST ou das abomináveis "torcidas organizadas" de futebol, ou de outros conhecidos baderneiros.
A manifestação política em prol da limpeza política, reafirmo, é inquestionável e concordo com sua motivação, mesmo tendo observado, entre os manifestantes, as indefectíveis bandeiras do PT e do PSol, as quais nunca foram vistas em manifestações contra o mensalão em âmbito federal, nem em manifestações contra as inúmeras patifarias denunciadas recentemente (mau uso e excessos de gastos com cartões corporativos, mudança na legislação beneficiando empresas com ligações ao filho presidencial, denúncia de corrupção contra o genro presidencial, e tantas outras já perdidas na memória). Não se pode esquecer, ainda que o indignado PSol é um partido liderado pela Vereadora nordestina processada para devolver substancial quantia sonegada aos cofres públicos. É nesse partido que "milita" um outro bandido italiano, acusado de incendiar um apartamento com uma família dentro, quando duas crianças foram literalmente assadas vivas, pois o incêndio foi provocado a partir da única porta do imóvel. Também faz parte desse mesmo partido, a deputada federal que, mais de uma vez, prometeu apresentar gravações com "provas irrefutaveis" de corrupção da governadora gaúcha, não tendo cumprido sua promessa até hoje.
Dessa forma, não posso concordar com baderna e desrespeito à organização social. Nem tenho motivos para acreditar na lisura moral dos "manifestantes" agredidos em Brasília.
A denominada violência policial não é privilégio brasiliense, ou mesmo brasileiro. Observando um vídeo divulgado pelo DCE/UnB, verifica-se o modo de agir de alguns "militantes", forçando a reação violenta que será utilizada posteriormente contra a força policial. Nele, estudantes cercam dois oficiais da PM/DF pedindo calma. A gritaria se intensifica, e um dos "manifestantes" ameaça: vamos quebrar vocês. Essa foi a "senha" para desencadear a forte ação policial.
Em qualquer lugar do mundo, a polícia é respeitada, por bem ou "no pau". É só ver como agem polícias europeias contra os "manifestantes" anti-globalização ou por outros motivos (inclusive os tais "hooligans"), ou a polícia norte-americana em vários episódios recentemente vistos.
Acho que a PM DF agiu corretamente. A ordem policial para desocupar a via de trânsito devia ser obedecida imediatamente, o que evitaria a violência. Ou alguém pode imaginar que o "ser humano" que ganha sua vida como PM tem prazer em agredir outras pessoas?
É essa a imagem que temos de nossa polícia? Um bando de doidos varridos com vontade de bater nas pessoas? Ora, é óbvio que não é assim.

Reafirmo: a PM cumpriu sua missão. E deve ser sempre assim. Garantir o respeito à organização social (garantir direitos da maioria, sem prejuízo da minoria, e vice-versa), por bem ou na pancada.
E, no caso, me permito uma observação:   bateram pouco!
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