sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Jornalistas Medrosos. Que Paguem Pela Covardia.

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Lula é um mito e o filme, sobre sua vida, uma fábula. Como diz hoje Demétrio Magnoli em seu artigo Uma Estátua equestre para Lula, esta fábula procura mostrar o "Lula que emerge purificado do pântano do sofrimento". Narra a história de um homem forte e sofrido, que teria vencido por suas qualidades, sua grandiosidade.
Há livros que desmentem o filme. Narram episódios grotescos, outros até assustadores, da vida de Luís Inácio (não de Lula, o mito) que, estranhamente a mídia não divulga.
A imprensa, formadora de opinião, não tem peito para desmascarar o mito que ela mesma criou e hoje a ataca e tenta calar. Os jornalistas são os principais responsáveis, sim. Foram eles que o endeusaram na divulgação de suas farolices de sindicalista, encheram as páginas dos jornais com entrevistas e fotos de um mero ex-operário (*) como se fosse o salvador da classe trabalhadora, que continua na mesma situação com Luís Inácio na presidência da república. 
Hoje, jornais o criticam, mas escondem justamente as informações que causariam revolta nas pessoas mais simples, aqueles 80% de admiradores desinformados. Caso esta percentagem não represente o mesmo que as claques pagas para gritar seu nome nos palanques enquanto diz asneiras.

JORNALISTAS COVARDES
Até 85, foram 21 anos de ditadura. Ficar calado, sem direito a reclamar já era hábito do brasileiro que, aparentemente, não perdeu este hábito até hoje. 
Então surge o destemido Lula, disposto a tudo em defesa dos operários, inclusive enfrentar o que havia sobrado da ditadura, que a rigor não existia mais, do contrário ele não estaria hoje fazendo toda essa presepada. A mídia o aplaude e espalha a existência daquela figura por todos os cantos.
Em algumas entrevistas de 78 a 80 é evidente como alguns jornalistas aceitam respostas distorcidas do sindicalista. Fingem não perceber mentiras e contradições escancaradas. Por medo! Medo de desagradar a opinião pública ou perder o emprego. Afinal, quem teria coragem de enfrentar aquele homem, que todos começavam a venerar por sua ideologia e atrevimento tão exemplar?
Luís Inácio chegou à presidência e aproveitou o cargo para dominar o povo através de esmolas (palavra que ele mesmo usava para criticar o que faz hoje). Anulou todos. Quem poderá sair do estado de letargia financeira a que foram submetidos? E quem terá condições de reverter o quadro de dependência criada por ele sem ser crucificado?
Hoje, quando Luís Inácio critica a elite, todos fazem cara de bobo e ninguém comenta seu envolvimento com o compadre ricaço Roberto Teixeira na casa de quem morou, de graça, durante nove anos. Quando Luís Inácio critica a censura não vem um único repórter para lembrar o autoritarismo do sindicalista que vetou a presença de Luiz Maklouf Carvalho ao Programa Roda Viva em que seria entrevistado. Exigiu e Maklouf foi desconvidado. Parece que jornalistas desconhecem, por exemplo, como Luís Inácio age por trás das câmaras de TV, como grita com seus subalternos longe dos microfones, seu envolvimento, já em 1980, com a corrupção.
Luís Inácio não chegou ao poder por qualidades pessoais admiráveis. Contou com sua necessidade de falar e aparecer, com a preguiça que o levou ao sindicalismo, com a sorte de aparecer na hora certa, com pessoas que se vendem e com jornalistas cagões que sabem de tudo mas só falam a metade.
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(*) Lula se afastou da Villares em 72, mas como sindicalista não poderia ser demitido. Em 78 ainda recebia salário da empresa, como vemos em suas entrevistas (Lula ao Avesso). Melhor pagar um funcionário inexistente do que a outro sempre presente, mas disposto a atrapalhar o trabalho dos outros, incitando-os a entrar em greve parando as máquinas.
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