segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Shakespeare - Coriolano.

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Coriolano é um velho general romano, de muitas glórias, que se retira e decide concorrer ao senado, contra o conselho dos amigos.
Num comício, o povo pede que mostre as feridas em batalha, coisa que os demagogos gostavam de fazer; ele se nega, afirmando que apenas cumpriu seu dever.
Afirma que deveriam cortar a distribuição gratuita de pão, que estimula a indolência. Que os romanos deveriam voltar ao trabalho que os escravos tinham assumido.
O povo cada vez mais se irrita com essas verdades e, aos poucos, de ídolo passa a ser odiado e apupado. Por fim a população exige seu desterro.
Cena: a populaça segue Coriolano até as portas de Roma. Ali, ele se vira e dá seu adeus aos romanos:
"Vil matilha de cães, cujo mau hálito odeio como o pântano empestado, e cuja simpatia estimo tanto quanto o cadáver insepulto e podre que deixa o ar corrompido e irrespirável: sou eu que vos desterro, e aqui vos deixo com vossa inconsistência. Que ao mais fraco rumor o coração vos deixe inquieto, e que só com moverem seus penachos vos insuflem terror os inimigos. Ficai com força para banir todos os vossos defensores, até o dia em que vossa ignorância, que só entende quanto venha a sentir, tiver limpado com todos, menos vós — os inimigos de vós mesmos — ao fim vos entregando como fracos escravos a algum povo que vos conquiste sem fazer esforço. Por vossa causa desprezando Roma, dou-lhe as costas. O mundo é muito grande."
E vai para sempre.
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