domingo, 19 de julho de 2009

BR Porto Velho-Manaus e Meio Ambiente

BR 319 — o Ibama contra o progresso
O Ibama emitiu parecer técnico recomendando negar a licença ambiental para a recuperação da BR 319, que liga Manaus a Porto Velho e consequentemente ao restante do país. Se essa recomendação for aceita o isolamento do Amazonas e de Roraima estará consolidado.
(Texto abaixo inspirado de artigo de Eron Bezerra)
Manaus e Boa Vista estão ligadas por rodovia só com os vizinhos do norte, não com o resto do Brasil. No Amazonas estamos de “frente” para os estrangeiros e de “costas” para o restante do país. Se tal situação não for revertida — é provável que os movimentos separatistas, hoje restritos a certos oportunistas de ocasião, acabe por suplantar o elevado sentimento patriótico de um povo que já fez guerra para ter o direito de ser brasileiro. Para isto trabalham as ONGs, diversos governos estrangeiros e os nossos próprios órgãos ambientais e judiciais.
Os órgãos ambientais demonstram má fé ou desconhecimento da situação real da BR 319. Maldosamente interpretam a obra como sendo de construção e não de recuperação, como efetivamente o é, para criar mais um obstáculo, pois as exigências ambientais da recuperação são bem mais suaves do que da construção.
Essa rodovia foi inaugurada na década de 70 e até o presente tem tráfego, apesar e precário em sua área central. Os seus primeiros 200 km estão asfaltados e com trânsito regular. Depois vem uma zona crítica de 400 km e novamente outros 200 com tráfego. Como pode o Ibama julgar que se estará construindo uma nova rodovia?
A motivação não é ambiental. É geopolítica. E isso fica expresso no parecer em que afirma que a pavimentação destruirá a floresta, como se a falta de pavimentação impedisse as madeireiras e a agricultura. Apenas aumenta os custos da produção.
O sul do Pará, Rondônia e mesmo boa parte do Acre foram explorados através de “picadas” no meio da selva onde mal passavam carros tracionados. O Amazonas está preservado não pela ausência de rodovias. Sua floresta está quase toda intacta porque o terreno é por demais irregular para o uso de maquinas agrícolas e porque há de uma alternativa econômica melhor, a Zona Franca de Manaus e assim continuará enquanto ela existir.
Paradoxalmente, a não recuperação da BR 319 dificultará a competitividade da ZFM e aumentará a pressão sobre a exploração de nossos recursos naturais. E a forma nem sempre será racional como de resto não foi no Brasil inteiro. O objetivo real é prejudicar o agro negócio e a produção mineral através do encarecimento do transporte, num estranho conluio de ideais esquerdistas com o interesse dos Estados Unidos.
Enquanto isto, o Ibama continua sua rotina de aplicação das multas milionárias, de autuações, embargos, fiscalização e leilão de bens e mercadorias apreendidas. No fundo o que ele almeja é a luta de classes.
A opinião dos amazônidas
Todos querem ver a BR 319 repavimentada. "Essa conversa de que o asfalto vai destruir a floresta é a maior balela. A estrada já está feita. O que tinha de ser desmatado já foi. A rodovia foi destruída e foi uma destruição criminosa."
"A 319 ligou Manaus a Porto Velho e funcionou bem durante uma década, até ser oficialmente desativada — ou propositalmente destruída. Hoje tem 400 quilômetros de lama, buracos e pedaços de asfalto, um pesadelo para quem uma dia já viu cargas e pessoas fluindo livremente por ali”. Querem a estrada de volta. Todos reclamam do Ibama e do ministro “Minc tiroso”, que se opõe a reconstrução.
Subsídios e protecionismo verde
Reclamam de nosso protecionismo, mas praticamente metade do orçamento da União Européia é destinado ao pagamento de subsídios agrícolas.
Como a produção excedente é exportada, cria-se uma super-oferta no mercado internacional, reduzindo preços. Em 2001 e 2002, o governo americano distribuiu cerca de 4 bilhões de dólares para os produtores de algodão do país, mais do que a comercialização da produção rendeu no mercado mundial. Subsídios como esse arruínam a agricultura dos outros. Quando, apesar dos subsídios, conseguimos enfrentá-los como no caso da soja e do etanol, inventam a “proteção ambiental” e, lamentavelmente sempre contam com o apoio do Ibama.
O "neoprotecionismo" é verde mesmo
Aos que duvidavam que os países desenvolvidos se utilizariam das barreiras ditas “socioambientais” para taxar produtos dos demais países, recomenda-se uma reflexão sobre a mais recente medida da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Segundo o Financial Times de 26 de junho, a OMC admitiu que os países poderão impor tarifas sobre importações. Com a menção específica ao aquecimento global antropogênico, abriu a porta para injunções “socioambientais, ao definir que a economia pós-crise terá que se tornar “verde.
Os países como a China, a Índia e o Brasil sabem que há armadilhas por trás das boas intenções. Que os ricos provocaram a pior recessão dos últimos tempos e agora aparecem com a solução, que é vender tecnologia avançada de equipamentos inovadores (produzidos pelos países desenvolvidos). Países em desenvolvimento são vistos basicamente como mercados.
Gelio Fregapani
Fonte: recebido por correio eletrônico
COMENTO: é o mesmo Ibama que procura inviabilizar o agronegócio brasileiro aplicando multas milionárias a produtores rurais, inclusive aos defenestrados das terras da Raposa Terra do Sol, e que aplicou multas que "chegam a R$ 408 mil" aos brasileiros importadores de lixo! Na visão dos funcionários do minconheiro, melhorar estradas para transportar comida é mais grave que colocar quase 700 toneladas de poluentes estrangeiros em solo nacional!

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