quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Eminência Parda.

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Ele sempre foi um militante pela causa dos direitos humanos. Construiu sua carreira política no PT explorando as múltiplas facetas de tão intrincado tema, tornando-se o deputado advogado mais brilhante do partido, muito mais, por exemplo, do que Tarso Genro, um medíocre na sua profissão e um político regional inexpressivo.
Luiz Eduardo Greenhalgh passou a ser convocado pelo partido para agir nos casos mais escabrosos, como o do assassinato do prefeito Celso Daniel.
Quando Lula chegou ao poder, o LEG passou a usar seu amplo relacionamento e a sua condição de arquivo ambulante de todas as falcatruas companheiras para exercer a profissão sob pressão, uma decisão bem mais lucrativa do que a carreira política. Passamos a ver o advogado petista como representante de grandes empresários como Daniel Dantas, para quem fez lobby dentro do terceiro andar do Palácio do Planalto.
Agora, no caso do terrorista italiano, a quem defende, fala como uma autoridade e não como um advogado: "O que não compreendo é a pressão desmedida, desproporcional e ofensiva do governo italiano sobre as autoridades brasileiras", disse. "Acho que é uma ingerência, um desrespeito às autoridades brasileiras." Não existe a menor dúvida de que foi ele quem "inspirou" o texto de Tarso Genro, que embasou a decisão de dar refúgio político a um assassino condenado à prisão perpétua.
Greenhalgh vai ganhar muito dinheiro com isso? Não, vai ganhar muito mais do que o vil metal. Vai provar para o Brasil inteiro que é bem mais do que um advogado, que é uma eminência parda dentro do governo Lula. E isto sim, rende muito dinheiro junto a clientes como Daniel Dantas.
Cabe ao STF definir de quem é a última palavra sobre a aplicação da lei no Brasil. Se é da Suprema Corte ou se é do "Supremo" Luiz Eduardo Greenhalgh, o ministro da Justiça de fato deste país.

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