sábado, 31 de janeiro de 2009

Transmutação Quântica da Consciência Dazaméricas

por Adriana Vandoni
No Fórum Social Mundial manifestantes protestaram contra a crise. Eles terminantemente rejeitam a crise mundial e exigem o imediato fim dela. Justo, justíssimo. Alguns carregaram faixas dizendo que não aceitam pagar pela crise inventada pelo império. É por isso que eles abominam a globalização (outra invenção do imperialismo norte-americano, entende?).
A globalização está na origem dessa crise, afinal é ela que faz com que os países ricos comercializem com países pobres criando uma situação de exploração. Deixa ver se entendi. É GLOBALIZAÇÃO comercializar com países ricos, comprar produtos de grife e tals; mas a comercialização de produtos ordinários e de gosto duvidoso lá no mercadinho do fórum é INTEGRAÇÃO. Hummm.
Depois da manifestação os críticos do capitalismo foram lanchar no McDonald's.
Ô povo doido, meu...
Lula foi lá, enalteceu-se e criticou os países ricos, o Banco Mundial e o FMI. Explicou aos ouvintes: Hugo, Lugo, Evo e Rafael, que “A crise não nasceu por causa do socialismo bolivariano do Hugo Chávez. Não nasceu das brigas do Evo Morales.” Well, desde o Fórum de 2005, em Porto Alegre, que a proposta é democratizar a OMC, o FMI e o futebol. Juropordeus! O futebol. E tem mais, eles queriam também transferir a sede da ONU de Nova Iorque para Caracas. Acho que ainda não conseguiram.
E não querem que eu ache graça...
Hugo enalteceu-se e disse não tem grandes esperanças em Obama, defendeu que “Bush seja julgado por uma corte internacional por genocídio”. Lugo enalteceu-se e cobrou uma democratização do contrato de Itaipu, “um tratado leonino firmado no tempo da ditadura”. Evo enalteceu-se e afirmou que as zaméricas estão mudando e que “jamais haverá traição na luta contra o imperialismo norte-americano.” Rafael enalteceu Hugo e sentenciou: “Davos é culpado pela crise e não pode dar lição de moral”. E pensar que eles que comandam as zaméricas...
Uai... Senti falta a Maga Patológica da Argentina!
Eu, como sou mais radical que o pessoal da aldeia de lá, acho que as zaméricas deveriam romper todos os acordos comerciais com esses países imperialistas. Vamos ficar nós e nós. Comercializando nós com nós mesmos. Só quero ser avisada a tempo de arrumar minhas malas.
Minc — o “Homem ONG” — decretou guerra aos agrotóxicos e anunciou uma “ofensiva”, proposta totalmente aceita por Marina — a “mulher ONG”.
Dilma — a “Mulher Boneca”, disse que ainda não é candidata porque ele, Lula, ainda não conversou com ela, Dilma. O movimento Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), que eu nunca soube que existia, mas existe, apresentou o projeto: "Ações pela Vida", exigindo a legalização do aborto!?!? Vai compreender...
E daí eu fico aqui né, com cara de ponto de interrogação e exclamação ao mesmo tempo, aguardando notícias das próximas palestras: “Ecopedagogia e a práxis da Cultura da Sustentabilidade”; “Sustentabilidad de la vida y espiritualidades” e a mais apropriada para a ocasião: “Luta Antimanicomial e Psicologia”.
Uma grande evolução! Em 2005, eles propuseram a "transmutação da consciência através da arte, explicando à população os novos paradigmas e a física quântica".
Até hoje eu não entendi.
Adriana Vandoni é Economista e
Especialista em Administração Pública pela FGV.
Site:  
www.prosaepolitica.com.br
Fonte: Alerta Total
COMENTO: dependendo da qualidade dos 600.000 preservativos distribuídos aos participantes de tão significativo conclave, veremos em nove meses o resultado da "transmutação quântica" entre eles, bem como as ações práticas do tal projeto "Ações pela Vida", com farta derrama de fetos pelo "outro mundo possível".

Armas em Funeral

Amigos,
Faleceu no Hospital Daher, Lago Sul, Brasília, na madrugada do dia 30/01, o Sgt José Mulato de Souza, herói da Guerrilha do Araguaia.
O corpo foi levado a uma capela do Campo da Esperança por volta das 13 horas, para velório, e sepultado à tardinha.
Missão cumprida, o soldado se despede definitivamente. Pena que Mulato não tenha publicado o prometido livro sobre as ações militares de que participou nas selvas do Araguaia. Quem sabe não tenha deixado alguns escritos com a família, para uma publicação póstuma?
Que Deus o acolha em sua infinita bondade.
Minhas sinceras condolências à família do Sgt Mulato.
Félix Maier
Amigos leitores,
O corpo do sargento José Mulato de Souza foi velado numa capela do Campo da Esperança, em Brasília, DF, a partir da tarde do dia 30/01/2009.
O caixão foi guardado por uma Guarda Fúnebre do Batalhão da Guarda Presidencial, unidade onde Mulato havia servido, comprovando a alta deferência concedida pelo Exército ao distinto militar que foi o Sgt Mulato.

Além da viúva e dos três filhos (sendo dois militares da PM  um, major pós-graduado, outro, soldado, cursando Direito), um grande número de amigos militares e civis foram ao cemitério dar o último adeus a Mulato. O quarto filho de Mulato não pôde comparecer porque está morando em Portugal e não conseguiu chegar a tempo. Despediram-se, ainda, do falecido um grande número de militares da PM, e oficiais, sargentos e praças do Exército. Estiveram presentes três oficiais-generais, destacando-se o general-de-exército Maynard Marques de Santa Rosa, Chefe do Departamento-Geral do Pessoal.
Para quem já esqueceu, lembro que o general Santa Rosa foi covardemente substituído na Secretaria de Estratégia, do Ministério da Defesa, em ato vil de Nelson Jobim, por não apoiar o envio de tropas do Exército para expulsar os não-índios da Raposa Serra do Sol. Ou seja, Santa Rosa negou-se a fazer o papel de capitão-do-mato, para caçar brasileiros como eram caçados os antigos escravos fugitivos.
Também esteve presente o coronel Aluísio Madruga de Moura e Souza, que participou da Guerrilha do Araguaia, na fase de Inteligência, anterior aos combates. Madruga é autor de dois livros sobre o episódio: Guerrilha do Araguaia - Revanchismo e Documentário: Desfazendo mitos da luta armada. Como foi dito em postagem anterior, Mulato foi também um herói dessa Guerrilha, recebendo a Medalha do Pacificador com Palma, e muitas vezes comentou com os amigos que pretendia escrever um livro sobre o assunto, o que acabou não ocorrendo. É uma pena. Com sua privilegiada memória, ele certamente teria muito a dizer à sociedade sobre os combates nas selvas de Xambioá, principalmente por vivermos dias tenebrosos, em que as esquerdas espalham muitas mentiras sobre o episódio — que acabam se tornando verdades derradeiras —, denegrindo as ações dos militares do Exército e da Aeronáutica, que impediram que o interior do Brasil fosse tomado pelas "FARB" do PCdoB, uma coirmã das FARC que infernizam a Colômbia até os dias atuais.
No caminho para o sepultamento, foram prestadas as homenagens de três Salvas Fúnebres, e a Guarda Fúnebre ficou na posição de "apresentar armas!" para a passagem do ataúde.
Na descida do corpo ao túmulo, um corneteiro executou o toque de silêncio.
Ao Sgt Mulato, nossa eterna saudade. A seus familiares e amigos, nossas sinceras condolências.
Que a terra lhe seja leve, Zé Mulato!

Félix Maier
Fonte: Resistência Militar
COMENTO: Infelizmente, só tomei fiquei sabendo sobre morte do "Zé Mulato" à noite, ao abrir minha caixa de correio eletrônico. Assim, não pude comparecer ao velório e sepultamento do companheiro MULATO.
Conforme o companheiro Maier, o falecido era hipertenso e passou mal em Pirenópolis. Sofreu infarto permanecendo cerca de 22 dias hospitalizado, primeiro no HFA, depois no DAHER.

Faço minhas as palavras de condolências à família do "Zé Mulato". Que ele descanse na Paz do Senhor!


sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Inteligência das Forças Armadas: Ações Marginais no RJ São Treinamento de Terror Revolucionário

por Jorge Serrão
Em relatórios e comunicados reservados A1A (informação precisa, de fonte altamente qualificada), os serviços de Inteligência das Forças Armadas, advertem que ações terroristas, com objetivos de ensaio para futuros movimentos revolucionários, são os verdadeiros objetivos das recentes ações armadas de traficantes no Rio de Janeiro. Análises de Inteligência avaliam que os incêndios a ônibus, arrastões e “bondes” (comboios de veículos roubados) para assaltos simples, contra a população carente, são instrumentos de terror psicossocial.
A doutrina sobre o funcionamento do crime organizado é bem clara. A narcoguerrilha, as milícias e as máfias, que são atividades criminosas financiadas e auto-financiáveis, formam o que se chama de “Aparelho Terrorista”. Essas chamadas “Forças Subterrâneas”, também conhecidas doutrinariamente como “Quarto Elemento” promovem ações de guerrilha em regiões urbanas ou rurais.
Atrás das atividades criminosas, se escondem grupos ideológicos que defendem os nobres princípios da “Justiça e Paz”. Não por coincidência, "Justiça e Paz" é o slogan do Comando Vermelho e do Primeiro Comando da Capital — facções criminosas, bem organizadas administrativamente, no Rio de Janeiro e São Paulo.
Ontem, em ação típica de treinamento de guerrilha urbana, com objetivo de gerar terror, mais de 50 pessoas foram vítimas de arrastão que durou 16 horas e meia na Zona Norte do Rio de Janeiro. Três homens armados, num Corsa prata, percorreram pelo menos três bairros, aterrorizando pedestres. O arrastão começou às 15h de quarta-feira e só terminou às 7h30m de quinta-feira, quando os bandidos foram finalmente avistados por PMs na Rua Diamante, em Rocha Miranda.
Houve perseguição e troca de tiros. Após o carro derrapar e rodar duas vezes, os ladrões foram presos. O trio roubou, entre outros itens, celulares, documentos, dinheiro, roupas, Bíblias, biscoitos e até uma marmita. A ação dos marginais não foi meramente criminosa. Tinha claras intenções de efeito psicossocial, para que a população se sinta refém absoluta da face armada do crime organizado.
Os serviços de Inteligência do Exército e da Marinha infiltraram agentes no movimento dos marginais do Rio de Janeiro, e acompanham, de perto, o que acontece. A Agência Brasileira de Inteligência emitirá um relatório em breve sobre a situação. Mas o teor do documento ficará guardado a sete chaves no Palácio do Planalto, onde os ex-participantes da luta armada detestam comentar a atuação dos atuais companheiros insuflados pelos Comandos Vermelhos e PCCs da vida.
Fonte: Alerta Total
COMENTO: não me parece "terror revolucionário", mas sim ações com o objetivo de demonstrar a incapacidade estatal de controlar a violência, alimentando o argumento da "necessidade" de serem formadas "milicias" de autodefesa. Na Colômbia foi assim e nossas lideranças, mesmo as criminosas, não são capazes de criar nada. E ainda achamos que os paraguaios é que são os mestres na pirataria!!

Verdade, Honra, Vergonha

por Maria Lucia Victor Barbosa
Nosso relativismo moral vem de longe. É obra cumulativa de séculos. A acachapante aprovação nacional de Lula da Silva, sem contar com sua eleição e reeleição, demonstra que já chegamos aos píncaros das conseqüências históricas com requintes de caos. E diante do que se passa na atualidade, lembremos de Gregório de Matos e Guerra (1636-1696) advogado e poeta, alcunhado Boca do Inferno ou Boca de Brasa. Em Epílogos, ele retrata a paisagem moral de Salvador, Bahia, nossa capital na época colonial. Mudando a palavra cidade para país, teremos a paisagem moral atual em alguns dos versos do poeta:
“Que falta neste pais? Verdade.
Que mais por sua desonra? Honra.
Falta mais que se lhe ponha? Vergonha”.
“O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama o exalte,
Num país onde falta Verdade, honra, vergonha”.
Nunca nos faltou tanto verdade, honra, vergonha. Convivemos alegremente com “mensaleiros”, sanguessugas, transportadores de dólares em cuecas e até os reelegemos. Somos antiamericanistas doentes, mas volta e meia vamos aos Estados Unidos para fazer turismo, comprar, estudar, trabalhar, cuidar da saúde, além dos milhões de brasileiros que partem em busca da América, América e lá permanecem clandestinos, mas ganhando o que jamais ganhariam aqui. Odiamos os judeus porque preferimos o Hamas dos Palestinos. Como bons latino-americanos somos de esquerda e por isso idolatramos Fidel Castro, não importando ser ele um ditador implacável que nunca respeitou os direitos humanos. Se Lula da Silva, o grande pai de seu povo, põe o Brasil de joelhos diante de Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Fernando Lugo, Cristina Kirchner, nos inclinamos também perante as lideranças populistas que infestam a América Latina sempre imersa em sua mentalidade do atraso, em suas mazelas, em seus fracassos. A corrupção faz parte de nossa história e aprovamos governos corruptos ao dizer que se estivéssemos lá faríamos as mesmas coisas. Afinal, somos espertos, malandros e nossa satisfação em passar os outros para trás não tem limites. Indiferentes ou ignorando o que ocorre no Congresso Nacional ou no âmbito da Justiça seguimos cantando o samba de Zeca Pagodinho que nosso presidente da República tanto aprecia: “Deixa a vida me levar”. Futebol, carnaval e Big Brother são nosso alimento espiritual. Acreditamos que o MST é um movimento social pacífico que não esbulha proprietários rurais destruindo maquinário, roubando gado, pilhando, queimando sedes de fazendas. Do mesmo modo admiramos as sanguinárias FARC, idealizadas como heróicas e defensoras do povo colombiano.
No momento dois fatos empolgam os noticiários. O primeiro diz respeito ao caso do terrorista Cesare Battisti, que a Itália quer de volta, mas que já foi perdoado por nosso ministro da Justiça com o acordo de Lula da Silva. Não devolveremos Battisti de jeito nenhum, o criminoso é nosso. Também estamos de braços abertos para receber os terroristas de Guantánamo. Aplausos para a Justiça brasileira, pois aqui o crime compensa. Do jeito que a coisa vai, pode ser que Lula da Silva crie o Ministério do Terrorismo e convide Osama Bin Laden para ministro. Seria mais uma vez delirantemente aplaudido pelo povo e seu prestígio subiria como atestado em pesquisa.
O segundo fato é relativo ao Fórum Social Mundial, que ocorre em Belém do Pará. O governo investiu milhões na festividade, inclusive, em camisinhas. Tudo pago com o dinheiro do contribuinte, ou seja, estamos financiando a esbórnia que atrai pessoas de todo o Brasil e do exterior. Presentes ao festival estarão Lula da Silva, ministros, assessores, figuras como João Pedro Stédile, além dos caudilhos Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa. Fernando Lugo, que fazem Lula sonhar com outro mandato possível. Lula não irá ao Fórum Econômico Mundial em Davos. Ficará em Belém dançando o Carimbó.
Aliás, não faltarão ao carnavalesco evento, além das camisinhas, muita cachaça e folia. Naturalmente, os participantes se posicionarão contra o capitalismo que os sustenta, contra a liberdade que permite a festividade, contra a riqueza que almejam para si. Dizem que no globalizado Fórum será dada oportunidade aos participantes, se os eflúvios etílicos permitirem, de perceberem que os problemas que assolam o mundo derivam da competição pelo poder e do acúmulo de bens materiais. Ou seja, tudo que eles mesmos fazem ou almejam. Em suas utopias delirantes as esquerdas clamarão pela volta do socialismo, nem que seja o do século XXI. E enquanto a crise avança sobre o planeta, em Belém do Pará se dançará o Carimbó, pois o tal outro mundo possível nunca foi definido nesses fóruns onde acontece de tudo, menos idéias.
Sem dúvida, esse "Fórum Socialista" faz recordar as proféticas palavras de Ortega y Gasset em A Rebelião das Massas: “A vida toda se contrairá. A atual abundância de possibilidades se converterá em efetiva míngua, escassez, em impotência angustiante, em verdadeira decadência. Porque a rebelião das massas é a mesma coisa que Rathenau chamava de ‘a invasão vertical dos bárbaros”.
No Brasil essa invasão começou faz tempo, mas diante dela nos quedamos indiferentes porque nos falta verdade, honra e vergonha ou, talvez, porque sejamos nós os bárbaros.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
Fonte: Ternuma

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Carta ao Frei Betto (Resposta ao Artigo Publicado no Jornal "Estado de Minas ")

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Caro Frei Beto
Li seu lindo manifesto sobre o triste conflito em Gaza e gostaria de pedir, encarecidamente, em nome da humanidade e da justiça entre os povos:
Clame por justiça pelos trezentos mil (isso mesmo trezentos mil) sudaneses massacrados pelo governo teocrático muçulmano em Darfur;
Clame por justiça pelos atentados torpes cometidos por extremistas islâmicos na India;
Clame por justiça pelas crianças na escola de Beslam, trucidades pelos separatistas islâmicos chechenos;
Clame por justiça pelos cristãos empalados em Timor, por milícias islâmicas toleradas pelo governo da Indonésia;
Clame por justiça pelos monges no Tibet, massacrados por chineses;
Clame por justiça pelos gays enforcados e pelas mulheres apedrejadas no Irã;
Clame por justiça pelos 700 palestinos mortos por seus irmãos palestinos, quando da fratricida disputa entre Hamas e Fatah;
Clame por justiça pelas crianças que têm sua infância roubada pelo Hamas, sendo doutrinadas em escolas de ódio, fazendo treinamentos paramilitares e preparando-se para se tornarem homens e mulheres bomba;
Clame pela devolução, ao povo palestino, dos US$ 40 milhões de dólares existentes nas Contas da família Arafat na Europa;
Clame pelos corpos de crianças judias e israelenses destroçadas em ônibus, escolas, cinemas, pizzarias, etc, não só em Israel, mas ao redor do mundo, em todos esses anos;
Clame pelos cidadãos do mundo inteiro explodidos covarde e deliberadamente no WTC, no metrô em Madrid, em Londres, no Egito, na Indonésia, pelo mesmo radicalismo islâmico professado pelo Hamas;
Clame, por fim, Frei Betto, contra o uso deliberado de crianças e mulheres como escudos humanos, pelos extremistas do Hamas, que usam corpos para promover a sua guerra de propaganda;
Faça isso, querido e admirado Frei Beto. Mas faça isso dando nome aos bois, vítimas e carrascos. E acreditarei, de todo coração, que você realmente se importa com a justiça e a humanidade e que, ao comparar a luta contra o Hamas com o holocausto nazista, não está sendo cínico e anti-semita.
De coração, do seu admirador.
Igor Wildmann
Fonte: Ternuma
COMENTO: os termos "querido Frei Beto" e "do seu admirador" pertencem ao texto original. Quero deixar claro que essa toupeira que se denomina Frei, para mim só teria algum valor, como pessoa ou militante político, se decidisse mudar-se para Cuba e, lá, fizesse seus discursos demagógicos sobre liberdade, democracia e outras merdas a que costuma se referir por aqui.

São Gabriel, o Novo Pontal do Paranapanema

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Sou de São Gabriel, persistente e corajosamente, uma Produtora Rural. Até meados de 2003/2004 vivíamos tranqüilos quando de repente o MST resolveu querer as terras do Southal. Travamos uma verdadeira batalha para impedir que este bando de desocupados entrasse no Município. Na época, toda a Metade Sul do RS aderiu a nossa causa e conseguimos afastá-los para seus devidos acampamentos de origem, provocando a ira do Movimento e de todos seus simpatizantes, inclusive o INCRA-RS.
Pois bem, aí que quero me deter e tentar te descrever o absurdo que está a acontecer em nossa pacata São Gabriel. O poder de revanche deles!!!!
Com o termino das eleições Municipais, o INCRA começou a despejar dinheiro por aqui, oferecendo o "dobro", olhe bem, o "dobro" do valor do preço pelo Hectare de campo, livres de Impostos.
Em venda normal não se consegue mais de R$ 3.000,00 pelo ha, o INCRA paga R$ 6.000,00 livres de impostos, o que certamente vai para quase R$ 8.000,00 o ha.
Muitos não resistiram em oferecer seu campo para sair do lado do assentamento, gerando um efeito dominó, quebrando assim a união da classe. De repente vimos 24.000ha nas mãos do MST, e com promessa de chegar à 60.000. Já estamos com mais de 600 famílias na Estância do Céu com a promessa de em fevereiro a chegada de mais 700 famílias com a compra da Estância Sta Marta, (multiplica isso por 4).
Imagina o caos dos serviços públicos que de uma hora para outra se vê na situação de absorver toda essa gente! Saiba que eles compraram uma parte das terras do Southal (só a Estância do Céu) e já estão medindo a outra para a divulgação da compra no Diário Oficial à partir de março!
Assim que chegaram para ocupar a Estância do Céu, no outro dia, se deu início a uma infra-estrutura de causar inveja, com inclusive Internet Via Rádio para a localidade!
Fico estarrecida com a facilidade de obtenção de recursos! Da facilidade de burlar a lei da oferta e procura, como na compra do campo por um preço inexistente na região!
Não seria hora de alertar o Tribunal de Contas da União? De onde vem tanto dinheiro?
Saiba que dentro da estratégia do Movimento está tomar conta da Barragem Federal que abastece a cidade... Serão "donos" de nossa água! Com a compra da Estância do Céu e Sta Marta toda a volta da Barragem será de assentamentos. Essa Barragem além de servir de reforço no abastecimento de água, também tem valos que irrigam muitas lavouras de arroz, e quem usa a água paga uma cota. É guerrilha ou não?
Isso não daria uma ótima matéria? Precisa muita coragem para ser lindeiro de Assentamento... Eles roubam, depredam, enfim, fazem o que querem com os vizinhos sem nenhum tipo de punição! Aliás, já foram abatidos (roubados) 60 porcos e mais de 1.000 reses dos vizinhos.
Um dos vendedores tinha prazo até 2/2 para desocupar o imóvel e foi corrido no início de janeiro, o outro, lindeiro, foi tão ameaçado que durante a madrugada embarcou todo o rebanho e saiu de sua propriedade furtivamente.
Casos assim diariamente chegam ao nosso conhecimento. Em cidade pequena (70.000 habitantes) todos se conhecem. O pânico se espalhou pela atividade rural! São Gabriel vai ser, segundo o Frei Sérgio, a cidade modelo em assentamentos! Veja o que nos espera!!!!
O triste é que nós, que por vocação ajudamos a produzir alimentos contribuindo no aumento do PIB brasileiro, estamos órfãos, sem ter a quem recorrer. Quem sabe a imprensa nos ajuda? Por favor, divulguem o que está acontecendo em São Gabriel.
Acreditem, está se formando aqui um novo Pontal do Paranapanema!
Martha Azambuja
São Gabriel (RS)
Fonte: Coluna do Claudio Humberto - 28 Jan 09

O Gato Billy, o Corrupto, o Espertalhão, o Premiado e os Otários

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Num país como o nosso, onde um escândalo nasce a cada novo raiar do sol, as coisas podem assumir tal grau de surrealismo que para um observador desatento a impressão causada é semelhante a ser catapultado para um universo paralelo onde, conceitos subjetivos e noções distorcidas da realidade, são o senso comum e a base de toda a razão.
O caso do “Gato Billy”, alçado a categoria de beneficiário do Bolsa Família por seu dono o coordenador do programa no município de Antônio João/MS, é especialmente emblemático por mostrar em toda clareza e majestade a mais profunda verdade sobre a corrupção: Quando não há valores morais e caráter presente, não há meios que sejam capazes de evitar a roubalheira da corrupção.
Mesmo com os controles adotados pelo sistema do Bolsa Família, que incluem visitas as casas dos cadastrados e acompanhamento escolar e de saúde, o corrupto e o mau caráter sempre acharão serem capazes de burlá-los. Ainda mais se o corrupto e mau caráter do caso for o próprio coordenador ou alguém ligado à fiscalização do sistema. O descaso e a certeza da impunidade são tão grandes nesses espertalhões, que a necessidade de forjarem-se dados de pessoas, vivas ou mortas, para pôr em prática seus planos nem mais é um complicador.
Acalentados pelas decisões frouxas protagonizadas pelo Judiciário (que ultimamente virou o abrigo e o porto seguro dos corruptos), pela incrível morosidade das apurações e inquéritos e a quase total ausência de punições e de recuperação dos valores desviados, esses espertalhões agora passam a forjar dados grosseiramente e a desprezar qualquer possibilidade de serem apanhados em seus deslizes. E, mesmo que o sejam, sabem que ainda encontrarão alento e promoção social entre seus pares e sua comunidade. Serão tidos como “espertos”, “sabidos”, “malandros” e até poderão chegar ao tão cobiçado momento de serem chamados de “excelências”.
Tais atos e suas possíveis conseqüências podem ser claramente percebidos através das declarações do coordenador após ter sido apanhado no ilícito: “Estava passando por necessidades financeiras. Então, se colocasse o nome lá, R$ 20 (valor pago por mês) a mais me ajudaria. Meu salário era baixo (R$500,00). (…) Foi um momento de fraqueza. Jamais deveria ter feito isso, mas infelizmente não sei explicar pra ninguém o motivo de ter feito isso”. O interessante, é que a menção ao gato é apenas um dos ilícitos, já que ele ainda inscreveu dois filhos que nunca teve no benefício. Ora, caros leitores, o arrependimento é claramente pelo fato de ter sido apanhado e não pelo roubo que praticava. Afinal de contas, trata-se da eterna visão dos que acreditam que dinheiro público não tem dono.
Mas, se analisarmos o desfecho surreal do caso; poderemos compreender em sua totalidade o que motivou o corrupto dono do Gato Billy a incluí-lo despreocupadamente no programa do Bolsa Família. Ao invés de ser severamente punido e encaminhado à prisão; esse “cidadão” foi premiado pela classe política do Mato Grosso do Sul com um cargo do “assessor parlamentar”, onde ganhará “um pouco mais” e terá acesso a valores ainda maiores do que os meros vinte reais pagos ao Gato Billy. Sua declaração ao comentar esse fato, fala por si e depõe sobre o “caráter irrepreensível” e a “boa índole” que esse senhor tem: Vou ser assessor parlamentar de um vereador, o salário será “um pouquinho” maior do que o anterior, mas a jornada de trabalho, bem menor. “Trabalhava oito horas e lá vou trabalhar quatro.
Pois é, leitores, o corrupto é pego em flagrante, é promovido e ainda ganha um aumento de salário e redução na jornada de trabalho. Assim, certamente, poderá passar mais tempo com seu inseparável Gato Billy ao qual tanto ama.
Ah! Um detalhe: O Gato Billy já não está entre os vivos faz tempo.
Você ainda está se perguntando onde estão os otários do título?
Pense nisso.

A Máquina Partidária e o Mau Uso do Meu Dinheiro

por Rodrigo Constantino
Segundo reportagem de O Globo, o governo federal gastou pelo menos R$ 120 milhões para viabilizar o Fórum Social Mundial deste ano, que será realizado em Belém, no Pará. O presidente Lula andava afastado do evento, e chegou a ser vaiado em sua última participação em 2005, enquanto Hugo Chávez era ovacionado pela legião de inocentes úteis vestidos com camisetas do assassino Che Guevara. Nesse ano, em meio à crise mundial, o presidente Lula parece ter trocado Davos pelo FSM, onde deverá comparecer ao lado de Dilma Rousseff, a candidata escolhida para concorrer em 2010.
Lula deverá atacar novamente a especulação financeira como responsável pela crise. Usando seu conhecido oportunismo, que adapta o discurso ao público alvo, Lula fareja a chance de alavancar a candidatura de Dilma no meio mais jurássico da esquerda, que ainda sonha com o “novo mundo possível”, aquele velho mundo que tem Cuba como maior ícone.
Não satisfeito, o governo federal decidiu inflar o já inflado gasto com propaganda. Como mostra outra reportagem de O Globo, o orçamento aprovado para 2009 prevê verbas de R$ 547 milhões com “comunicação social”, um aumento de 35% em relação a 2008. Como fica claro, o governo Lula está disposto a usar intensamente a máquina estatal como um braço partidário, focando nas eleições de 2010. Mistura-se partido e governo de forma escandalosa, no mais nefasto estilo patrimonialista. O governo é tratado como um patrimônio privado da “patota” no poder, disposta a fazer qualquer coisa para não largar o osso. E você, caro leitor, é quem paga a conta dessa farra imoral. Um novo mundo é possível...
by Rodrigo Constantino
Lício Maciel disse:
Excelente artigo, infelizmente os PTistas não se dão conta que a capacidade de fazer o bem por parte do Estado é mínima, mas a de fazer o mal é infinita. Em uma época de crise, como a atual, ficará evidente que o cobertor é pequeno. Ou seria "lona preta"?
Seria interessante termos um quadro comparativo entre o Fórum Social e o Fórum da Liberdade, cujo próximo evento será realizado entre 6 e 7 de abril de 2009, será o XXII Fórum da Liberdade
"O governo do Presidente Lula, constituído de terroristas dos anos 70, não só será lembrado pela corrupção, pelas mentiras, pelo crescimento da violência, pelo capitalismo de comparsas e socialismo de privilégios praticados, ou pela forma como dividiu a sociedade em função das classes sociais, da etnia da qual tem origem o brasileiro ou sua região de origem, opção sexual, etc., mas principalmente por ter dividido a sociedade entre os que vivem e desejam viver às custas do Estado, desconsiderando o mérito, daqueles que desejam trabalhar, pesquisar, estudar, criar, inovar e empreender com liberdade, os quais são os escravos da atualidade, pois são submetidos a uma excessiva carga tributária que retira deles mais de 40% dos ganhos. O pior resultado de seu (des)governo foi desconsiderar que o cobertor é curto demais, hoje mais da metade da população vive sem os "privilégios" da carteira assinada ou da aposentadoria para a qual não contribuíram, mas é a parte da sociedade que constrói o Brasil na informalidade e assegura seu desenvolvimento." (Gerhard Erich Boehme)
Fonte: Navegação Programada
COMENTO: Na realidade serão R$ 154 milhões gastos no FSM. Não se espante, é isso mesmo, cento e cinquenta e quatro milhões de reais para patrocinar um encontro de maconheiros e degenerados de várias partes do mundo. Além disso, terá a contribuição de empresas estatais como a Petrobras (R$ 200 mil), Banco do Brasil (R$ 150 mil), Caixa Econômica (R$ 400 mil) e Eletronorte (R$ 100 mil). As empresas alegam que a contrapartida do patrocínio foi publicitária — anúncios no material impresso do encontro e nos locais onde as palestras são realizadas. O governo estadual do Pará não poderia ficar de fora e a Secretaria de Saúde fará a distribuição de 600 mil preservativos masculinos no Acampamento da Juventude, na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), que deverá abrigar 20 mil dos participantes. Considerando 10 mil casais nas barracas do que poderia ser chamado "Motel Popular da Juventude" temos a média de 60 unidades por dupla, ou a extraordinária marca de 10 cópulas seguras por dia, já que o puteiro durará seis dias. E tudo pago com o meu, teu, nosso dinheiro expropriado via impostos sem chance de sonegação.
Coevo a isso, o programa de distribuição de migalhas aos miseráveis, gatos domésticos (vide o "caso Bili") e canalhas de plantão (ver os "políticos" de Irajuba/BA) será ampliado em mais um milhão e trezentos mil votos, ops, famílias (na realidade, cerca de 4 milhões de votos, no mínimo). O aumento do número de beneficiários do Bolsa Família será possível porque o governo vai elevar a faixa de renda que permite o ingresso no programa, de até R$120 mensais por pessoa para R$137. O programa repassa entre R$20 e R$182 por mês. O valor varia conforme o grau de pobreza e o número de filhos até 17 anos. Quem tem renda de até R$60 mensais por pessoa é considerado miserável e ganha o chamado benefício básico, no valor de R$62. Essa faixa de extrema pobreza passa agora para R$68,50. Para que o repasse atinja R$182, a família deve ter, no mínimo, cinco filhos, sendo que dois deles precisam ter 16 ou 17 anos (isto é, ser eleitores).
Também na "área educacional" o governo vai liberar verbas para permitir, nas regiões norte e nordeste, o acesso à merenda escolar de mais de 7,3 milhões de estudantes de ensino médio (muitos com idade acima de 16 anos, isto é, potenciais eleitores) que não estavam incluídos no programa de alimentação do governo federal. Os jovens, "antigamente" iam à escola para aprender, hoje vão em busca de comida. Essa é a visão "humanista" dos que assumiram esta "merdocracia".
Enquanto isto, a canalhada que se diz oposição preocupa-se com quem apoiar aos cargos de Presidente da Câmara e Senado, de olho nos cargos distribuídos aos apoiadores e nas verbas disponibilizadas a esses cargos. A imprensa, de olho no aumento da verba de "comunicação social", leia-se "compra das más notícias que não devem ser publicadas", destaca fofocas sobre a gordura de Ronaldo, a "prisão" de Robinho" e sobre mais um trambolho a ser construído em Brasília, rendendo um pouco mais do vil metal ao comunista mais ávido por dinheiro que já nasceu "neçepaíz", além das naturais propinas que rolam de empreiteiras envolvidas no "projeto". E nóis, só pagando!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Eminência Parda.

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Ele sempre foi um militante pela causa dos direitos humanos. Construiu sua carreira política no PT explorando as múltiplas facetas de tão intrincado tema, tornando-se o deputado advogado mais brilhante do partido, muito mais, por exemplo, do que Tarso Genro, um medíocre na sua profissão e um político regional inexpressivo.
Luiz Eduardo Greenhalgh passou a ser convocado pelo partido para agir nos casos mais escabrosos, como o do assassinato do prefeito Celso Daniel.
Quando Lula chegou ao poder, o LEG passou a usar seu amplo relacionamento e a sua condição de arquivo ambulante de todas as falcatruas companheiras para exercer a profissão sob pressão, uma decisão bem mais lucrativa do que a carreira política. Passamos a ver o advogado petista como representante de grandes empresários como Daniel Dantas, para quem fez lobby dentro do terceiro andar do Palácio do Planalto.
Agora, no caso do terrorista italiano, a quem defende, fala como uma autoridade e não como um advogado: "O que não compreendo é a pressão desmedida, desproporcional e ofensiva do governo italiano sobre as autoridades brasileiras", disse. "Acho que é uma ingerência, um desrespeito às autoridades brasileiras." Não existe a menor dúvida de que foi ele quem "inspirou" o texto de Tarso Genro, que embasou a decisão de dar refúgio político a um assassino condenado à prisão perpétua.
Greenhalgh vai ganhar muito dinheiro com isso? Não, vai ganhar muito mais do que o vil metal. Vai provar para o Brasil inteiro que é bem mais do que um advogado, que é uma eminência parda dentro do governo Lula. E isto sim, rende muito dinheiro junto a clientes como Daniel Dantas.
Cabe ao STF definir de quem é a última palavra sobre a aplicação da lei no Brasil. Se é da Suprema Corte ou se é do "Supremo" Luiz Eduardo Greenhalgh, o ministro da Justiça de fato deste país.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Una Historia, a 20 Años del Ataque al Cuartel de La Tablada

La calurosa mañana del 23 de enero de 1989, Argentina madrugó con la peor noticia. Un grupo de terroristas argentinos, paraguayos, nicaragüenses y cubanos, comandado por Enrique Gorriarán Merlo, y autodenominado Movimiento Todos por la Patria, tomó por asalto a sangre y fuego el Regimiento 3 de Infantería Mecanizada de La Tablada. Dos días de intensos combates y más de 40 muertos. Otra vez la guerrilla.
Gonzalo Fernández Cutiellos nos recibió amablemente en su casa para hablar de aquél día. Es hermano del Mayor Horacio Fernández Cutiellos, por entonces segundo jefe del cuartel, quien aquél 23 enero de 1989 murió defendiendo la democracia.

¿Dónde estabas aquél 23 de enero?
Yo volvía de vacaciones, y recuerdo que me enteré por la radio. Fui directamente a mi Regimiento, en aquél entonces era militar en actividad. Mi regimiento era el 7 de Infantería Mecanizado en La Plata. Llegué temprano y me alisté para entrar en combate, pero ya un elemento del Regimiento había salido temprano. Era fines de enero, el 70% del regimiento de vacaciones, y la reserva de guardia había tomado 3 vehículos y se había ido ya para Tablada. De hecho, los tanques que se ven en las imágenes por televisión entrando al Regimiento pasando por sobre el Renault-12 de los terroristas, son del 7 de Infantería. Yo me quedo alistado, y a media mañana me entero que mi hermano estaba herido. Llamé enseguida a casa de mi madre, y ella me da la peor noticia: "Ya nos avisaron que murió". Mi hermano hacía un mes que había llegado desde Río Gallegos y de hecho, su familia aún no se había instalado en Buenos Aires. Tenía 37 años, era Mayor de Infantería, y el primer segundo jefe de su promoción.

¿Pudiste saber cómo murió?
Mi hermano se había levantado a las 6 de la mañana, esto me lo contaron los soldados. Se vistió con ropas de combate, como todas la mañanas, se puso unas alpargatas y se fue a afeitar. Los primeros tiros y los gritos desde la guardia, lo ponen en alerta. Los terroristas entran derribando el portón con un camión con el que aplastan al primer soldado de guardia. Atrás venía un Renault 12 desde donde fusilan al soldado Tadeo Taddia que estaba barriendo la galería de la guardia, desarmado.
Mi hermano se pone a tirar contra los terroristas que entran al cuartel. El estaba en el edificio de la Plana Mayor, de frente a la guardia a unos 50 metros. Se parapeta sobre una puerta pesada de hierro y, para no comprometer al soldado que tenía de ayudante, le da un cajón con municiones y lo pone a cargar cargadores. Mi hermano tiraba, y el soldado cargaba y se tiraban los cargadores por el suelo. Gracias a eso, mi hermano pudo resistir siempre. Él combate desde las 6 y cuarto de la mañana, hasta casi las nueve, nueve y media de la mañana. Luego que los terrorista tomaron la guardia, donde hicieron estragos, y se van metiendo dentro del cuartel, Horacio se queda sin blanco. Ya habían pasado las 9 de la mañana.
Entonces sale a la galería y se pone detrás de una columna, y desde ahí, con mejor ángulo comienza a tirar nuevamente contra la guardia. Pero no ve que atrás del edificio de la Plana Mayor estaba uno de los jefes terroristas escondido. Era "Farfán", un ex miembro del ERP que había estado varios años preso en los 70, y después llegó a un alto cargo político combatiendo en Nicaragua. Ya el combate se había generalizado. Farfán (Roberto Sánchez) escucha el fuego, lo ve, y le tira por la espalda con un fusil. El tiro a mi hermano le entra por el omóplato y le sale por abajo del hombro. Ese tiro no lo mata, pero lo deja fuera de combate. Fue el único tiro que pudo tirarle a mi hermano, porque inmediatamente lo matan los soldados de la compañía de servicio que estaban en un balcón. Horacio queda como en shock unos minutos, se recupera, y arrastrándose logra llegar nuevamente a la puerta de entrada a su oficina. Se detiene en marco de la puerta, y en ese momento, desde la guardia le tiran durante varios minutos sin parar.
Horacio Fernández Cutiellos con su familia
Horacio no obstante logra meterse en la oficina, y cuando ya estaba un metro adentro, recibe un tiro en la unión de las clavículas, arriba del esternón, que le atraviesa la tráquea, le rompe la médula espinal y le sale a la altura del hombro izquierdo. Y cae muerto.
Mirá, hace mucho que no cuento en público esta historia, y ahora que la cuento recuerdo que muchas veces hablamos de la muerte con mi hermano. De hecho, los dos estábamos preparados para eso. Y tengo la tranquilidad de saber que Horacio murió como hubiese soñado. Había ido a misa la noche anterior y había comulgado.
Y murió defendiendo a su Patria, de los enemigos de siempre. Una hora después de empezado el combate, le dijo a su jefe por teléfono: "Yo voy a morir defendiendo el cuartel, ustedes recupérenlo". Y así fue.

¿Cómo era la familia de tu hermano?
Estaba casado y tenía cuatro hijos, la más chica tenía dos, y el más grande 10. Y fue muy difícil para todos. Primero por la muerte tan violenta, luego por la total falta de contención del Ejército, y del gobierno. Con el cadáver de mi hermano tibio, el ejército le prestó a su familia un casa en una unidad militar de Córdoba. Un año después, los echaron como perros.

¿Quedaron con miedo?
Yo no diría miedo, diría que todos los de la familia quedamos desengañados. No solo los gobiernos, también el Ejército se empeñó en olvidar a las víctimas. El Ejército hasta había borrado de su sitio de Internet los nombres de sus muertos en La Tablada, y ante la queja de los familiares, los volvieron a poner, pero sin decir que fueron víctimas del terrorismo.
Eso… en realidad los familiares nos sentimos discriminados. Uno dice en este país que su padre o su hijo o su esposo o su hermano murió combatiendo el terrorismo, y lo miran como un bicho raro. Nadie recuerda que La Tablada, fue un intento de golpe del Movimiento Todos por la Patria, un rejunte de gente del ERP y Montoneros para voltear al gobierno de Alfonsín. Para tomar el poder. Se intenta contar lo de La Tablada como un hecho terrorista aislado, y eso es totalmente falso. Uno se siente discriminado más que con miedo, porque los héroes en este país terminan siendo siempre los terroristas, y no quienes los combatieron. De hecho, la causa de La Tablada se vuelve a abrir, pero para enjuiciar a los militares que combatieron a los terroristas, que están todos indultados. A pesar de que Horacio murió defendiendo al gobierno de Alfonsín…
La prensa lo remarcó tibiamente al principio, pero rápidamente se calló la boca. Para que te des una idea, el general Pacífico Britos fue el responsable de logística que intervino en la venta del Cuartel a un supermercado español. Cuando los españoles vieron que habían comprado un "campo de batalla", preguntaron si debían resguardar algo. Al Estado le dio lo mismo. El ejército les dijo que tiraran todo abajo si lo deseaban. De todos modos, los españoles consultaron con los vecinos, y con ellos decidieron mantener el cuartel viejo. Está en ruinas, pero está.

¿Cómo está la familia hoy, a 20 años del ataque?
La esposa y los hijos de mi hermano han salido adelante. Mi madre nunca pudo superarlo. Y yo, junto a varias Víctimas con las mismas inquietudes, entre quienes están el Dr. José María Sacheri, Arturo Larrabure, y Silvia Ibarzábal, fijate que todos los que te nombro tenemos familiares muertos por el terrorismo durante los gobiernos democráticos, a raíz de todo este revisionismo histórico tendencioso, que intenta desvirtuar la historia de nuestros muertos, creamos la Asociación de Víctimas del Terrorismo de Argentina (AVtA) con el objetivo de recuperar la verdad histórica, recordar a nuestros muertos, y lograr ser reconocidos como Victimas, con todos los derechos que eso implica. Queremos que nunca más un hijo de un muerto por el terrorismo en Argentina, se sienta discriminado, o intimidado a esconder su historia. Poco a poco, hemos comenzado a desandar el camino perdido, y aún así, intentan ensuciarnos diciendo que somos golpistas, que "reivindicamos la dictadura". Cada vez que organizamos un acto para homenajear a nuestros muertos, nos organizan una contramarcha desde donde nos agreden sin sentido.
En fin, sabemos que es un camino arduo y que será difícil, pero no vamos dejar nuestra lucha. A Silvia le secuestraron al padre en 1974, y lo mataron en 1975. Igual a Larrabure. Al Coronel Larrabure lo secuestraron y lo torturaron los terroristas para convencerlo que fabrique explosivos para ellos. Como se negó, lo mataron y lo tiraron a una zanja. Al profesor Sacheri lo mataron volviendo de misa con toda su familia ... todo, antes del gobierno militar de 1976. A mi hermano lo mataron en 1989, estaba terminando el gobierno de Alfonsín. Gorriarán y su grupo terrorista, intentó que Alfonsín cayera, y mi hermano dio la vida para que eso no ocurra. Y a mi eso, me llena de orgullo.
Horacio R. Palma
Fonte: AFyA PPA
COMENTO: podemos ver que o "modus operandi" dos patifes é o mesmo aqui no Brasil e nos outros países em que tomaram conta do cocho. Começaram seus ataques antes do "período militar", e agora alegam ter "lutado contra a ditadura". Hoje, buscam todo tipo de benefício ao mesmo tempo em que não perdem oportunidade para tentar desmoralizar aqueles que os venceram pelas armas. Façam suas apostas, o jogo ainda está no início.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Valentes Taleban Deformam Rostos de Universitárias

por Janer Cristaldo
Alguém ainda lembra da guerra do Afeganistão? Não falo da penúltima, aquela travada contra a Rússia, em 1979. Começou no mesmo ano em que o aiatolá Khomeiny entrava no Irã a ferro e fogo, com seus Pasdarans metralhando bares e boates, estes antros ocidentalizados do Grande Satã. Uma conterrânea minha, de Santana do Livramento, estava lá nesse dia, fazendo dança de ventre. Não me perguntem porque uma santanense fazia dança de ventre em Teerã. Santanenses têm desses ímpetos. Bueno, teve de correr para a embaixada brasileira, de chador, fio dental e passaporte na mão.
O conflito ocorreu entre tropas soviéticas, que apoiavam o governo marxista do Afeganistão e os mujahdin afegãos que, armados pelos Estados Unidos, tentavam derrubar o regime comunista no país. Dez anos depois, em 1989, os russos acharam melhor voltar para casa. Há historiadores que consideram terem sido os altos custos econômicos e militares da guerra que contribuíram para o colapso da União Soviética, dois anos depois.
Falo da última guerra no Afeganistão. Após a saída dos russos, criou-se um vácuo de poder, que foi assumido pelos taliban — talib, no singular — milícia sunita da etnia dos pashtuns, que instauraram uma república teocrática muçulmana, com tudo que isso significa em matéria de opressão para as mulheres. Aconteceu então o 11 de Setembro, cujo mentor, o saudita Bin Laden, teria suas bases de treinamento no Afeganistão. Antes mesmo da explosão das torres gêmeas, os EUA já pediam aos taliban a expatriação de Bin Laden, que, ironicamente era parceiro dos aliados afegãos dos americanos na luta contra os russos.
Com o atentado ao World Trade Center, em outubro do mesmo anos, as tropas americanas invadem o Afeganistão e expulsam os taliban do poder. Apesar de a maioria dos terroristas do 11 de Setembro serem sauditas, liderados por um terrorista saudita, Bush aproveitou a azo e invadiu também o Iraque. É bem possível que este seu gesto tenha eleito Barack Obama. O grande cabo eleitoral de Obama, a meu ver, foi George Bush. McCain poderia ter as simpatias do eleitorado americano, mas não foi possível carregar Bush nas costas.
Mas não era disto que pretendia falar. Queria, antes de entrar no assunto, relembrar alguns fatos que não permanecem muito tempo nesta nossa memória RAM dos dias que correm. Basta desligar a mente, e lá se foi a memória toda pro espaço. Mas o jornalista se previne passando alguns dados para o disco rígido. E o meu tem muito espaço. O que mais me marcou nesta segunda guerra do Afeganistão foi a burka, que muito jornalista até hoje confunde com o chador iraniano ou o hijab árabe. São véus bem distintos.
A burka surgiu nos jornais com a segunda guerra do Afeganistão. É uma espécie de gaiola que cobre todo o rosto, a mulher só conseguindo ver atrás de uma tela quadriculada. O rosto permanece completamente oculto. Chador é outra coisa. Para começar, é iraniano e não árabe. Cobre o corpo e os cabelos da mulher, mas não o rosto. O hijab árabe também não cobre o rosto.
Falava de meu disco rígido. Não sei se comporta dez megabytes de memória. Mas certas imagens dos jornais eu as mantenho nítidas. Numa página, os bravos soldados americanos, verdadeiros arsenais ambulantes. Na outra, mulheres, com dentaduras magníficas, sorrisos encantadores, rostos livres ao vento. A civilização ocidental vencia. As muçulmanas podiam agora exibir toda sua beleza. As reportagens se tornaram lugares-comuns atrozes: soldados cheios de armas, mulheres cheias de dentes.
Leiamos então a Folha de São Paulo de hoje. Relata Dexter Filkins, do New York Times:
PARA ESTUDAR, JOVENS AFEGÃS DESAFIAM ATAQUES DE ÁCIDO
CANDAHAR, Afeganistão - Numa manhã recente, Shamsia Husseini e sua irmã caminhavam à escola local para meninas quando um homem de motocicleta parou ao lado delas e perguntou: "Vocês estão indo à escola?"
Então ele arrancou a burca de Shamsia de sua cabeça e borrifou seu rosto com ácido. Hoje as pálpebras e o lado esquerdo do rosto de Shamsia são recobertos por cicatrizes irregulares e descoloridas. Sua vista freqüentemente se anuvia, causando dificuldade para ler.
Tenho muitos outros desses casos em minha memória, particularmente no Egito, na Argélia e na Tunísia. Mas o crime não era a freqüência à universidade, e sim o fato de andar sem véu. Os bravos machos muçulmanos, não suportando a visão de uma cabeça sem véus, jogavam ácido no rosto das hereges. No Afeganistão, o caso é mais grave. O crime é querer instruir-se, adquirir uma profissão. Educação é privilégio de quem tem colhões. Quem não os tiver, que permaneça em casa, inútil e analfabeta. Mas, ao que tudo indica, as afegãs não estão pensando render-se aos brutos. Continua Filkins:
Se o ataque com ácido a Shamsia e 14 outras mulheres — alunas e professoras — visava apavorar as meninas e levá-las a permanecer em casa, parece ter fracassado em seus propósitos. Hoje quase todas as meninas feridas estão de volta à escola Mirwais para Meninas, incluindo Shamsia, cujo rosto ficou tão gravemente queimado que ela precisou ser enviada ao exterior para ser tratada. Algo que talvez seja ainda mais espantoso é que quase todas as outras alunas da comunidade, profundamente conservadora, também retornaram às aulas — cerca de 1.300 ao todo.
"Meus pais me disseram para continuar vindo à escola, mesmo que me matem", disse Shamsia, 17. Como quase todas as mulheres adultas dessa área, sua mãe é analfabeta. "Quem me fez isto não quer que as mulheres tenham instrução. Quer que sejamos burras."
O pior ataque às meninas foi em 12 de novembro passado, quando três duplas de homens em motocicletas começaram a circular em volta da escola. Eles atacaram 11 meninas e quatro professoras; seis foram hospitalizadas. O caso mais grave foi o de Shamsia.
Valentes, estes senhores, os talibãs. Os muçulmanos, costumo afirmar, padecem de ginecofobia. São muito machos para se explodirem em lugares públicos e matarem inocentes. Reagem como cachorro covarde, com o rabo entre as pernas, ao ver um rosto feminino nu ou uma mulher tentando educar-se e adquirir uma profissão.

Rombo de Segurança

por Olavo de Carvalho
Alguém espalhou pela internet o boato de que a filha de Leon Panetta, o escolhido de Barack Hussein Obama para chefiar a CIA, era comunista e amiga de Hugo Chávez. Vários blogs conservadores morderam a isca e repassaram a história, amparada numa foto de Linda Panetta — este o nome da criatura — ao lado do caudilho venezuelano. O problema é que Leon Panetta só tem filhos homens, três ao todo, e nunca viu a mocinha até o dia em que a foto dela apareceu na internet.
O episódio e os comentários sarcásticos que suscitou na mídia iluminada só serviram para desviar as atenções populares de uma outra notícia que, totalmente omitida pelos jornais e TVs, circulava pela rede no mesmo instante. Escrita pelo repórter holandês Emerson Veermat — um profissional cuja seriedade na pesquisa jornalística já obteve elogios do governo do seu país —, ela informa que Leon Panetta não precisa de nenhuma filha para lhe arranjar ligações comprometedoras com o movimento comunista: ele tem as suas próprias, diretas e muito mais sérias do que a simples amizade com um pop star da esquerda. Como membro do Congresso, ele deu ostensivo apoio ao Institute for Policy Studies (IPS), um think tank esquerdista e raivosamente anti-CIA presidido por um cidadão de nome Richard Jackson Barnett, que segundo o FBI é mais que suspeito de ser um agente da KGB. A reportagem de Veermat está em Pipelinenews.
Sustentado pelo dinheiro do milionário pró-comunista Samuel Rubin (cuja Samuel Rubin Foundation também subsidia no Brasil o Instituto “Sou da Paz”), o IPS não se limitou a tomar partido dos comunistas na guerra do Vietnã e a armar várias campanhas de propaganda contra a CIA — atividades que, em si, não o distinguiriam de qualquer organização militante de esquerda. Ele foi muito além disso, organizando operações de inteligência, altamente sofisticadas, para dificultar o acesso da agência a informações que pudessem prejudicar o bloco comunista. O coordenador dessas operações foi o ex-funcionário da CIA Philip Agee, que mais tarde se confirmou ser um agente da inteligência cubana e da KGB. Entre outras realizações notáveis, o IPS, através da sua filial em Amsterdã, ajudou na publicação da revista Counterspy, onde Agee revelou o nome de vários agentes secretos da CIA, um dos quais, Richard L. Welch, foi assassinado logo depois. Não espanta que o IPS fosse descrito por Brian Crozier, diretor do London Institute for the Study of Conflict, como “a fachada intelectual perfeita para as atividades soviéticas”.
Como congressista, Leon Panetta delegou trabalhos importantes ao IPS — inclusive um projeto para a redução do orçamento militar americano — e ainda promoveu, junto com outros treze deputados, uma coleta de fundos para a festa de gala do aniversário da fundação da entidade em 1985.
As atividades subversivas do IPS já não são um grande segredo. Veermat baseou parte da sua matéria no relato meticuloso escrito por um ex-funcionário da organização, S. Steven Powell, Covert Cadre: Inside the Institute for Policy Studies, publicado em 1987 em Ottawa, Illinois, por Green Hill Publishers, Inc.
Mas nem todos os serviços prestados por Panetta aos inimigos dos EUA têm ligação com o IPS. Em 1997 foi ele quem, indicado por Bill Clinton, negociou a proposta de ceder aos chineses o estaleiro da Marinha em Long Beach, o que na época foi denunciado como um evidente risco para a segurança nacional americana (v. Rowan Scarborough, “Solomon: Is Cosco strategic threat? Long Beach deal triggers concern”, no Washington Times de 20 de maio de 1997, reproduzido nos Anais da Câmara de Representantes, em Thomas.loc.gov/cgi-bin-Cp2PD0). Convém recordar que diretores da estatal chinesa interessada, a Chinese Ocean Shipping Co. (Cosco), haviam feito substanciais contribuições em dinheiro para a campanha presidencial de Clinton.
Por qualquer critério mínimo de segurança, um candidato com esse curriculum vitae jamais seria aceito como agente ou mesmo como estagiário da CIA ou de qualquer outro órgão de inteligência americano. Panetta na direção da CIA não é uma falha de segurança: é um rombo. Mas, se um cidadão de nome árabe pode ser presidente dos EUA sem ter de mostrar nenhuma prova genuína de nacionalidade — e se a simples sugestão de que ele deveria apresentar essa prova é violentamente reprimida como sinal de paranoia, racismo, “teoria da conspiração” ou no mínimo falta de polidez —, então certamente deve ser impolidez maior ainda, se não pecado mortal, pretender que o diretor da CIA, apontado por governante tão excelso e intocável, deva submeter-se a algum requisito de segurança.
Tão grande é o temor de ser acusado dessa impolidez, que o próprio Veermat se abstém de insinuar que Panetta seja um colaborador consciente dos serviços de inteligência russos ou chineses. Como já se tornou de praxe nessas situações, ele atribui inteiramente à ingenuidade e à incompetência as sujeiras comunistas em que o escolhido de Obama se meteu.
Mas, nessas horas, uma idéia não me sai da cabeça. Sei que é crime hediondo dar alguma razão ao falecido senador Joe McCarthy, mesmo em coisas mínimas, mas ele costumava dizer algo que, no caso Panetta, vem muito a calhar: “Pela lei das probabilidades, não é verossímil que erros cometidos por mera incompetência ou acidente favoreçam sempre o outro lado, jamais o nosso.

Kirchnerismo Retoca Nuevamente Foto de Fidel y Cristina

(Esta aclaración ha quedado sin efecto, luego de demostrarse la falsedad de la foto de Cristina y Fidel, pero se mantiene en línea para conocimiento de los lectores).
En el día de ayer, este periódico puso en duda que la presidente, Cristina Fernández de Kirchner, se hubiera encontrado con el ex mandatario de Cuba, Fidel Castro en su paso por la isla. Alimentaron las especulaciones la falta de fotografía del encuentro y las incongruencias entre el discurso de Cristina y Fidel.
Sin embargo, en el día de la fecha se ha dado a conocer una fotografía en la que puede verse a ambos, por lo cual este periódico rectifica lo publicado ayer y pide disculpas a sus lectores por lo asegurado, aún cuando se trató de información que fue planteada bajo signos de interrogación.
Tribuna de Periodistas es un medio independiente que intenta dar excelencia a la información que brinda y, de acuerdo a su manual de Estilo, está obligado a rectificar lo que se demuestre falso.
De más está mencionar que no ha habido mala fe por parte de este medio.
Christian Sanz
Director Periodístico
Periódico Tribuna de periodistas

domingo, 25 de janeiro de 2009

Rússia e Venezuela Caçam Dissidentes — Chávez e Putin, Aliados Repressores

por Robert R. Amsterdam*
Os governos de Hugo Chávez, na Venezuela, e de Vladimir Putin, na Rússia, experimentam uma vigorosa e florescente amizade recíproca. Embora estejam separados por quase 10 mil quilômetros, o laço que une os dois líderes é selado não apenas por seus gostos parecidos por autoritarismo, expropriações de petróleo e grandes acordos sobre armas, mas também pelas tendências paralelas de aumento de violência e criminalidade nas ruas de suas cidades.
O assassinato político de maior destaque desde o que vitimou a jornalista Anna Politkovskaia ocorreu na Rússia na segunda-feira, quando o defensor de direitos humanos Stanislav Markelov, de 34 anos, foi morto com um tiro à queima-roupa na cabeça. A repórter que o acompanhava também foi morta. Três dias antes, o radialista Orel Zambrano era assassinado na Venezuela. Os motivos não foram acidentais.
Putin e Chávez governam apoiados num sentimento penetrante de violência e insegurança em suas capitais, que resultou em ataques paralelos politicamente motivados contra a oposição. Na Rússia, essa tendência foi ilustrada pela morte a tiros de Politkovskaia e, mais recentemente, o espancamento quase fatal do jornalista Mikhail Beketov, entre muitos outros. No mês passado, só na Venezuela ocorreram 510 mortes violentas, o que levou a revista Foreign Policy a chamar Caracas de "capital mundial do homicídio".
Na Rússia, ataques de nacionalistas contra estrangeiros chamaram a atenção da mídia internacional. Na Venezuela, três líderes estudantis de oposição foram mortos em ataques de rua. Os dois países têm experimentado um aumento das manifestações públicas por causa da crise econômica e os protestos têm sofrido uma dura repressão policial.
Como dizem que Putin e Chávez governam com "punhos de aço", uma questão preocupante se coloca: Por que eles não têm conseguido conter a onda de crime em suas ruas? Será um reflexo de incompetência, ou existirá alguma benefício tácito em manter uma sociedade aprisionada sob o manto de insegurança grave e pânico moral?
PERSEGUIÇÃO
Na Venezuela bolivariana, a discriminação política foi institucionalizada pelo uso generalizado de listas negras, e os que se opõem ao chavismo encaram um futuro de rejeição e oportunidades perdidas. Na Rússia, as experiências de cidadania enfrentam o mesmo medo e impotência diante de um Leviatã envolto no vocabulário deturpado da democracia.
As semelhanças são chocantes. Sob o "Socialismo do Século 21", de Chávez, ou sob a "Democracia Soberana", de Putin, nenhuma das duas administrações fica confortável discutindo as fortunas amealhadas por funcionários públicos ou a impunidade dos corruptos. Tanto na Rússia de Putin como na Venezuela de Chávez, o Estado se tornou o principal instrumento de grupos empresarias predatórios que usam tribunais, agências reguladoras e a polícia para se apoderar de ativos, influenciar acordos e se enriquecer à custa do povo. Essa relação é particularmente nociva, pois se assenta sobre a insegurança da população.
Embora a relação entre Rússia e Venezuela seja externamente manifestada pelo exibicionismo militar, ela é de fato uma aliança de conveniência empresarial em prol de um pequeno grupo de beneficiados.
Para os dirigentes de empresas estatais, por exemplo, as coisas prosperam. Muitos acordos de vendas de equipamentos militares foram assinados, enquanto empresas nacionais de energia russas desfrutam na Venezuela de múltiplas licenças de exploração na Faixa do Rio Orinoco que, em princípio, seriam negadas à maioria das companhias multinacionais.
Nos dois países, membros-chave da oposição são impedidos de participar na campanha política contínua do regime. A luta para suprimir a oposição real é travada por meio de emendas constitucionais que criam uma aparência de regime competente, mas se destinam, na prática, a excluir a oposição. O que não é conseguido pelo falso legalismo é obtido por milícias de bairro respaldadas pelo governo ou grupos extremistas de jovens nacionalistas.
Em minhas discussões com os líderes estudantis venezuelanos, fiquei chocado com os profundos paralelos com as condições enfrentadas por líderes da sociedade civil russos, como Oleg Kozlovski, cuja coragem jamais vacilou ante ataques, prisões, ameaças e abusos de fontes oficiais e não-oficiais.
Ocorreu-me que a violência monstruosa nas ruas de Caracas e de Moscou talvez seja útil para os dois regimes — e em sua incompetência para oferecer segurança ao público, eles encontraram uma conveniência que contribui para sua preservação do poder.
O primeiro passo para melhorar essa situação é abandonar a pretensão de achar que esses dois governos construíram uma estrutura vertical de poder e reconhecer que eles institucionalizaram uma estrutura horizontal de incompetência — caracterizada por violência, insegurança e impunidade.
Já é hora de criarmos a vontade política para responsabilizar esses líderes mundiais pelos direitos de seus próprios povos, por todos os meios disponíveis e a despeito de quanto petróleo eles exportem.
Tradução de Celso Mauro Paciornik
*Robert R. Amsterdam é advogado internacional
e representa prisioneiros políticos em vários países,
incluindo Eligio Cedeño, na Venezuela, e Mikhail Khodorkovski, na Rússia.
Fonte: O Estado de São Paulo - 25 Jan 2009