sábado, 31 de maio de 2008

La Gestapo K

Pocos saben que la estrategia kirchnerista tiene una infaltable pata represiva, relacionada a un grupo de Tareas santacruceño que el propio oficialismo denomina en ámbitos privados D2.
Es que, a pesar de que las fuerzas de seguridad nacionales están a cargo del incombustible ministro de Justicia, Aníbal Fernández, el oficialismo desconfía de la mayoría de sus integrantes y por ello ha conformado este grupo, cuya tarea consta de hacer tareas de Inteligencia y está preparada para actuar — en el peor de los escenarios — como fuerza de choque y represión.
El D2 está encabezado por Wilfredo Roque, ex jefe de Policía de Santa Cruz y hombre de confianza del matrimonio presidencial — no es menor el hecho de que ha hecho y sigue haciendo tareas de Inteligencia para ambos —, separado de su cargo luego de un par de violentas represiones a manifestantes santacruceños.
A este acompañan los siguientes efectivos de la policía de Santa Cruz: Miguel Coronel, Martha Ciurca, Emiliano Garzini y Jaime Gareca, a los que se suman agentes de la Brigada de Investigaciones Zona Centro de Río Gallegos y Brigada Zona Caleta Olivia.
Si es desconocida la existencia del D2, mucho más lo es su operatoria. En las últimas semanas, ha comenzado a trabajar, elaborando partes de Inteligencia y evaluando cómo se movilizará en caso de supuesta "conmoción interior".
Sus partes son recibidos sólo por cinco funcionarios del oficialismo, entre los cuales se incluye a Néstor Kirchner, verdadero ejecutor, no sólo de las medidas gubernamentales de su esposa, sino de la operación que castigará a los opositores K.
Christian Sanz
COMENTO: O "espírito democrático" da comunistada que está se adonando desta pobre América Latrina só é capaz de gerar este tipo de mecanismo para manter-se no controle da situação: forja-se uma "comoção interior" para desmoralizar qualquer tipo de oposição e/ou desviar o foco das atenções de seus desmandos e trapalhadas.

“O Sigilo Eterno Não Serve ao Estado de Direito”

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O ministro da Justiça, Tarso Genro, defendeu no Rio, o julgamento de torturadores que atuaram no regime militar brasileiro (1964-1985). Segundo ele, a tortura não pode sequer ser considerada crime político:
 Eles (torturadores) têm que ser julgados, receber uma pena. Depois, podem ser anistiados. Não podem é continuar escondidos por aí. A tortura não pode ser considerada crime político. Acho que a lei não precisa ser modificada porque prevê anistia política. Não é necessário mudar a legislação para que esse crime seja punido, pois ele não respeitava nem a ilegalidade do Estado vigente daquela época no Brasil  afirmou o ministro durante assinatura de portaria que cria o Memorial da Anistia Política na sede da União Nacional dos Estudantes. 
(Jornal ‘O Globo’, de 16 de maio de 2008).
As funestas declarações de Tarso Genro  militante socialista revolucionário, como ele próprio se intitula  não me causam estranheza, pois estão apoiadas na gênese ideológica do partido em que milita. Refletem, com clareza, a tendenciosidade de revolucionários comunistas que aparelham ou aparelharam recentemente o Estado brasileiro, ocupando postos chaves no governo Lula, na busca resoluta por uma ditadura socialista não alcançada pelas armas fratricidas. Aí estão ex-guerrilheiros, ex-terroristas, ex-seqüestradores e ex-assaltantes, todos ocupantes de diversos escalões do Executivo, dando curso ao que chamam de “determinismo histórico”, ou seja, comunismo no poder, por qualquer meio, mais cedo ou mais tarde. Adornam, astutos, as suas extensas folhas corridas com a balela de que, tão-somente, combatiam uma ditadura militar.
A ausência de perplexidade, entretanto, não invalida a minha preocupação com a gravidade do momento.
Não bastassem a corrupção endêmica, o caos político, a falência da moral e da ética, as iminentes agressões à soberania nacional, o descaso com a saúde e segurança públicas, a libertinagem dos “movimentos sociais”, e tudo o mais que corrói a sociedade brasileira, aparecem agora, numa evidente orquestração, agentes do Ministério Público Federal, ajuizando ação pública contra a União e contra dois militares reformados (Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir Santos Maciel), que comandaram o DOI de São Paulo/SP. Na ação, os procuradores pedem três coisas: que Ustra e Maciel sejam obrigados a reembolsar a União pelas indenizações a ex-presos políticos que passaram pelo DOI-CODI; uma declaração das Forças Armadas de que os dois comandaram um centro de tortura, homicídios e prisões ilegais; e que a União revele nomes e circunstâncias das prisões de (segundo eles) todos os mais de sete mil que passaram pelo local. Não tenho dúvida de que a esses se arrolarão outros nomes de soldados, cabos, sargentos e oficiais que também integraram órgãos de segurança.
Aos preclaros procuradores do MPF, no mínimo, sobra tempo para isso, se não, estariam prevaricando, por interesse ou má fé, aos deveres de seu cargo, que deveriam levá-los, com o mesmo zelo e gana no interesse da sociedade, à apuração de responsabilidade de todas as mazelas mostradas acima.
Os desvios da iniqüidade estão cada vez mais nítidos no Brasil.
O ministro da Justiça, não faz muito tempo, mandou prender um fazendeiro que defendeu suas terras contra invasores refratários à lei. Agora quer ver presos esses militares que no passado defenderam o Brasil contra foras-da-lei. Sem se preocupar com a ridicularia de seus atos e palavras, embevece os engajados na sua luta, distorcendo o espírito das leis a que deveria, acima de tudo, respeitar. Tarso Genro é um dos beneficiados pela Lei da Anistia, sem nunca ter sido julgado ou condenado pelo Estado que ele reputa ilegal. Como é que agora exige que os dois militares sejam julgados e apenados para depois serem anistiados? Surrealista contra-senso.
Não é, pois, de se estranhar a intempestividade desses jovens procuradores diante de tanto mau exemplo. Beira o burlesco a explicação que deram ao pleitear que os militares paguem indenização aos que supostamente foram torturados. Para eles, não é justo que o Estado pague por esses crimes hipotéticos. Cinicamente, encontram nisso um mote para justificar a indústria das indenizações que tanto escandalizam a opinião pública por beneficiar ex-criminosos políticos e aproveitadores de ocasião.
Às Forças Armadas  eterno alvo de todo esse revanchismo  pretendem condenar com a humilhação de declararem que geriam centros de tortura, homicídios e prisões ilegais. A sociedade, por certo, poderá interpretar o sistemático e discutível silêncio de seus comandantes militares como um tácito reconhecimento dessa ignomínia.
Entendo que a hierarquia e a disciplina são o apanágio das organizações de farda, principalmente dos que as comandam. Não me cabem agora ingerências em seus assuntos, nem ensinar-lhes que são instituições do Estado brasileiro e não de governos, sejam eles quais forem.
Julgo, entretanto, que o momento impõe que as Forças Armadas rompam com o mutismo e o imobilismo ante tantas agressões a si, a seus integrantes e à sua missão constitucional. Urge uma resposta firme e um posicionamento claro, pois é isso que delas exige a sociedade que lhes tem emprestado tanta confiança e apreço. Não cabe a nenhum militar manifestar, isoladamente, a sua opinião. Isso é dever das Forças, por intermédio de seus comandantes, de modo uníssono e insofismável.
Os militares, hoje massacrados na sua honra e que não estão escondidos por aí, ontem estavam de armas na mão, obedecendo às ordens dos chefes da época, na permanente e inabalável certeza de que defendiam a lei e o Brasil. Não podem, por isso, ser abandonados à própria sorte ou deserdados em sua crença. O sagrado princípio de missão não se aceita que seja abastardado por nenhuma conjuntura política ou, muito menos, por tibieza.
O Estado de Direito, tem razão o trêfego ministro, não admite nem o eterno sigilo, quanto mais o silêncio...
Brasília/DF, 30 de maio de 2008.
General-de-Exército R/1 Antônio Araújo de Medeiros
COMENTO: A essas alturas, já não me espantaria uma Nota Oficial do EB desculpando-se pelas tais torturas e reconhecendo culpa nos militares do período 60/80 por terem agido "contra a democracia". Cada vez mais acredito que um dos melhores filmes nacionais é o "Sargento Getúlio", magnífica interpretação de Lima Duarte, que volta e meia é reapresentado na televisão.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Gasto Secreto de Lula Chega a R$ 32,5 Mil Por Dia.

Nos últimos quatro meses, a Presidência da República torrou R$ 4 milhões em gastos secretos com cartões corporativos.
Deste total, R$ 1,8 milhões diretamente pelo gabinete presidencial. Os outros R$ 2,2 milhões foram despesas sem declaração, feitas pela ABIN, Agência Brasileira de Inteligência.
Os gastos secretos do Lula, com os cartões investigados por CPMI agoram chegam a 28% de tudo o que é gasto com o instrumento, em todo o Governo. Vamos repetir: dos R$ 4 milhões que foram gastos nos últimos quatro meses, com cartão corporativo, 28% são gastos secretos, não revelados, não demonstrados, não declarados.
Então é isso: todos os dias, o Presidente Lula gasta R$ 32,5 mil secretamente, não dando ao Brasil o direito de saber em que está torrando tanto dinheiro.
Não pode ser somente na internet do seu filho. Não pode ser somente em condomínio de apartamento particular. Não pode ser apenas em comprinhas de supermercado para a filhota que mora longe.
Se está escondido, temos o direito de pensar o pior. Aliás, o pior é a cara deste governo corrupto.
COMENTÁRIOS NA FONTE:
Anônimo disse...
O MUNDO PARTICULAR DA FAMÍLIA SILVA
FOLHA DE SÃO PAULO - A Casa Civil confirmou que uma conta de internet em nome do Lulinha, foi paga com cartão corporativo, mas informou que o valor foi devolvido aos cofres públicos porque o gasto foi considerado irregular. Segundo a Casa Civil, o valor - R$ 112,11 - foi devolvido dois meses depois. "Coube ao ecônomo responsável pelo pagamento a devolução do valor".
OU SEJA, Cometem o delito, quando são descobertos, fazem o “remendo” e “c’est finie”, tá tudo resolvido: é a lei do clã Silva, do planeta Silva. “Nóis é nóis e tá tudo bão!”
A claque dos petralhas aprova e aplaude. Os brutos se apossam do país e nós, simples mortais, pagamos a conta.
30 de Maio de 2008 08:07
pedro pons disse...
Seria apropriado chamar-se de governo fede ralo ou fede ralé.
30 de Maio de 2008 08:48
Anônimo disse...
O que esperam de um governo Lula/PT?
Quero saber se esta oposição, também corrupta, vai ter coragem de depois do seu mandato investigar e cobrar a reposição do dinheiro das mazelas deste Ali Babá e sua gangue.
Para quem diz que R$ 50.000,00 é uma "merreca", tudo é previsível, inclusive dizer que a saúde do país esta uma perfeição.
Se gritar pega ladrão, não sobra um meu irmão. Não sobra um.
30 de Maio de 2008 09:22
Ajuricaba disse...
O mandato (pelo menos esse) está acabando. tem que aproveitar e botar prá quebrar no restinho que falta...OPS tem que corrigir a imagem aqui do lado...
30 de Maio de 2008 09:27
Bhikshuni Ariya disse...
R$ 32.500,00 (trinta e dois mil e quinhentos) reais por dia equivalem a dezenove mil e setecentos dólares, por dia, segundo comprova o site oficial do Banco Central, ao cambio de 29 de maio.
Em assim sendo, as despesas inconfessáveis do terrorista Luis Inácio Lula da Silva, chegam ao montante de quinhentos e noventa e um mil dólares, por mês.
Ou seja: SETE MILHÕES E NOVENTA E DOIS MIL DÓLARES POR ANO!
E sem sequer um centavo de imposto de renda pagar!
Por onde anda o Guardião da Constituição?
30 de Maio de 2008 09:31
mario s. disse...
Alô Boss.
assim que liberar a agenda,vamos corrigir principalmente a legenda
abraços
30 de Maio de 2008 09:38
Anônimo disse...
Huuummmm!!! Só podemos de forma organizada direcionar nossa atenção para parte dos DEMO e força-los a não se aliarem com o PT que só pensa em poder e corrupção ou com o PSDB que só pensa em Vaidade e Corrupção.
Precisamos de forma uniforme fazer o que a NOVOSTI (braço da KGB) fazia: Elevar alguém (um DEMO) para que se torne candidatável e focarmos nele nossa esperança, pois do PSDB nada sairá, a não ser FISIOLOGISMO.
Precisamos mostrar que o hábito de dizer que PRIVATIZAÇÃO É RUIM É UMA MENTIRA. Precisamos mostrar que o LIBERALISMO tem a ver com liberdade do indivíduo em oposição ao escravismo estatal a que estamos obrigados e que é praxe apenas nos países socialistas.
Eu gosto muito do José Agripino, ele comeu bola em não responder à altura e com dureza aquela terrorista, mas é um bom nome, junto com o Demóstenes Torres.
30 de Maio de 2008 11:00
J. Angel disse...
Coronel
Basta seguir a orientação do senhor Mangabeira Unger, Ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos do Brasil. Mangabeira foi claro e enfático quando declarou em 2005:
....Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos. Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. (...) Quem diz que só aos eleitores cabe julgar não compreende as premissas do presidencialismo e não leva a Constituição a sério. Afirmo que descumpririam seu juramento constitucional e demonstrariam deslealdade para com a República os mandatários que, em nome de lealdade ao presidente, deixassem de exigir seu impedimento. No regime republicano a lealdade às leis se sobrepõe à lealdade aos homens.
E sua conclusão foi brilhante:
“....Afirmo que a repetição perseverante dessas verdades em todo o país acabará por acender, nos corações dos brasileiros, uma chama que reduzirá a cinzas um sistema que hoje se julga intocável e perpétuo.
Não deixemos que essa chama se apague.
Abraços
J.Angel
30 de Maio de 2008 12:04
Anônimo disse...
A familiarada toda viajou para as "OROPA" em avião da Força Aérea. Foi feita verificação das bagagens? Usaram RX nas malas? O Lulinha é um grande "EMPRESÁRIO".
30 de Maio de 2008 12:45
homem americano disse...
Enquanto isso... os nossos PARALAMENTARMOS armam novo achaque aos bolsos dos trabalhadores para sustentar os vagabundos que compõem seu grupo. Trata-se da CSS e deve ser lido como Confisco Sobre Salários.
Brasil, quem poderá nos salvar?!
Tomara que o Chapolim Colorado nos ouça.
30 de Maio de 2008 13:28
Anônimo disse...
Coronel, Precisa atualizar a informação dos gastos sigilosos de Lula de R$ 16 mil para R$ 32,5
Um abraço
PS Quem nunca comeu mer... quando como se lambuza....
30 de Maio de 2008 17:04
Anônimo disse...
Democracia custa caro, Coronel.
Já combinamos:
Eles ficam com a grana e nós com a Democracia.
Não é uma troca justa? Eles "lutaram" pela redemocratização e estamos pagando pelo favor. Democracia é como sabonete Vale quanto Pesa.
Lia
30 de Maio de 2008 21:32

A Importância da "Liderança" Brasileira

Ontem, segundo o que o Granma publica na sua manchete principal, Raúl Castro recebeu, com todas as pompas, Nicolás Maduro, chanceler da Venezuela. Em encontro de verdadeiros parceiros:
"Durante el fraternal encuentro, Raúl y el Canciller Nicolás Maduro intercambiaron sobre la situación en sus respectivos países y el desarrollo de los excelentes nexos bilaterales, así como sobre diversos asuntos de la agenda regional e internacional. El Presidente cubano ratificó al Canciller venezolano la solidaridad de nuestro pueblo y gobierno con la hermana Revolución Bolivariana de Venezuela."
Hoje o chanceler brasileiro, Celso Amorim, chegou à Cuba para levar um "pacote de bondades" e para dizer que "nesse momento novo e tão importante vivido por Cuba, o Brasil não quer ser o parceiro número dois ou número três. O Brasil quer ser o parceiro número um de Cuba". Assinou um acordo para o que chamou de "implementação do projeto de assistência técnica para a produção de soja em Cuba", prometeu U$ 600 milhões e dezenas de negócios junto com 22 empresários brasileiros.
Amorim não teve o mesmo tratamento de Maduro. Não recebeu uma só linha no Granma. Raúl Castro não apareceu para assinar o acordo, que virou um ato meramente burocrático cumprido pelo equivalente cubano, o chanceler Felipe Pérez Roque. Celso Amorim deveria tomar umas aulas com Nicolás Maduro, para não dizer bobagem. Hoje, com as suas declarações, fez o papel de palhaço "número um" de Cuba.
Com certeza, os Castro vão pegar o dinheiro brasileiro do Lula e gastar com o Hugo Cháves e, como Evo Morales, dar boas risadas dos patetas brasileiros. 
E segue o "mico" do Celso Amorim em Havana. Enquanto seu colega venezuelano Nicolás Maduro foi recebido como se fosse um chefe de estado por Raúl Castro, o chanceler brasileiro cumpre uma agenda secundária, sendo recebido pelo segundo escalão daquela ilhota para a qual ele está levando perto de U$ 600 milhões. É Cuba demonstrando oficialmente que o que importa não é o dinheiro brasileiro para plantar soja ou furar poço de petróleo, mas sim os fuzis venezuelanos para manter a ditadura assassina que já dura décadas. Vamos, daqui, em nome da imagem brasileira no exterior, ficar torcendo para que o ditador cubano dê pelo menos cinco minutos ao Amorim.
Fonte:  Coturno Noturno
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quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quando o Perigo é a Diversidade

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Ainda no começo do mestrado lemos na fantástica obra de Hobbes que o homem vive e fomenta um perpétuo estado de guerra, inicialmente, duvidamos, porém, após uma detida análise geográfico-temporal tivemos de nos curvar à genialidade do filósofo.
O Homem é um ser em constante conflito e parece sobreviver e evoluir melhor quando fomenta uma catástrofe, afinal, exemplos não faltam: a sociedade norte-americana estava completamente falida no início da década de 30 do século XX e o que aconteceu com menos de vinte anos transcorridos? Uma das nações mais ricas do globo.
O Japão terminou sua participação na Segunda Guerra Mundial com dois dolorosos genocídios: Hiroshima e Nagasaki, e como temos essa nação atualmente? Um proeminente e imperioso império econômico.
A França e a Alemanha, então, vivenciaram eventos reiterados, pois, sucumbiram e foram dizimados, praticamente, ao longo das duas grandes guerras, o saldo? Potências econômicas e lideranças dentro do bloco da União européia.
Poderíamos continuar com uma longa seqüência de acontecimentos e países que fizeram da guerra e do conflito armado seu potencial de desenvolvimento, será que a sina do homem moderno é financiar a sua própria desgraça?
Quando Shakespeare, na consagrada obra Hamlet, eternizou um dos maiores conflitos do homem com a célebre frase: “ser ou não ser”, o autor inglês, provavelmente, não imaginava que essa seria a indagação dos governantes.
Não existe respeito algum sobre a diversidade dos povos e a prova cabal foi a colonização, ou melhor, uma nova forma tida como civilizada de fomentar uma guerra, pois, o que temos hoje na África nada mais é do que um mapeamento geopolítico e geográfico calcado nos interesses essencialmente econômicos, sem a mínima consideração quanto à etnia, costumes, tradições, etc.
O saldo não poderia ser diferente: conflitos e milhares de mortes, já que povos diferentes são obrigados a conviver em limites territoriais impostos por forasteiros e, depois, os organismos internacionais ainda afirmam que os africanos são pessoas essencialmente primitivas e atrasadas, mas não teria sido o inteligente e sagaz homem branco que destruiu àquela cultura?
Claro, é muito mais simplista reduzir o problema de conflitos a um nível econômico, pois, assim, a conversa fica restrita a poucos protagonistas, aliás, os mesmos de sempre, que forçam e mobilizam os conflitos entre si, como forma de desenvolvimento.
Outro ator que tem verdadeira fixação por um conflito, como forma, de se perpetuar na figura de protagonista é Israel, num outro retrato de uma região que fora dividida indevidamente e o saldo é uma batalha sangrenta que é transmitida ao longo de gerações.
Naquela região simplesmente parece impossível à convivência, ainda que instável, entre palestinos, judeus, libaneses, egípcios e iranianos.
Povos com religiões completamente distintas, bem como hábitos e tradições simplesmente não conseguem respeitar o limiar de civilidade que deveria permear e habitar o íntimo de todo o ser humano.
E deveria ser diferente? Num mundo ao qual a palavra de ordem é a guerra, não estariam esses países seguindo o mandamento da luta pela manutenção da adversidade da diversidade, ou seja, não podemos conviver em paz porque somos diferentes, numa clara manifestação que o importante é o conflito e não o respeito à diversidade dos povos.
Se a vontade dos governantes é lucrar com as constantes guerras seria muito mais sensato dizimar povos inteiros com o esdrúxulo pretexto de unificação das raças.
Todavia, restaria uma impossibilidade concreta a propositura de um plano de governo assim para qualquer nação, então, o discurso, sempre inflamado, é diferente (!?), pois os líderes para contarem com a aprovação popular propalam aos seus pares que a guerra é uma forma de lutar pelo nacionalismo e pela unidade do país.
Claro, que para a sobrevivência plena da nação o preço a ser pago é o extermínio do país inimigo, eis o caloroso e inflamado aplauso de seus habitantes, afinal, alguém luta pela unidade.
Quanta ilusão...
Em verdade, os governantes lutam para enriquecerem seus próprios bolsos e refrearem o desejo de expansão do vizinho, numa clara demonstração de que o homem precisa da guerra, afinal, essa é a forma mais rápida de...subir na vida.
Enquanto isso, o que antes era diversidade, agora é nomeado como animosidade, o que outrora foi diferenças culturais, atualmente temos o nome de racismo e assim caminha a humanidade rumo ao colapso e caminhando firme e forte em busca de eliminar as diferenças.
Os governantes medíocres que erguem a bandeira dos direitos humanos são os mesmos que a mancham de sangue inocente em prol de um evolucionismo comercial.
De tal sorte, que poderemos todos nos encontrar no único lugar em que estaremos todos seguros e livres dos medos da guerra, local esse em que, enfim, a diversidade será respeitada, qual seja? Um buraco negro, frio e profundo.
É para lá que marchamos inexoravelmente em velocidade constante.

antonio@antoniogoncalves.com
Fonte: InfoRel

Bio Espionagem no Brasil: O Outro Lado das ONGs

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por Fábio Pereira Ribeiro
A atual pauta sobre a quebra de patentes na indústria farmacêutica no Brasil, tem por trás uma história mais sombria, a espionagem ou bio-espionagem patrocinada pela própria indústria e como ator principal as chamadas Organizações Não Governamentais (ONG’s), que para muitos, inclusive Polícia Federal e Agência Brasileira de Inteligência são conhecidas como ONG’s do Pau Oco, uma alusão ao Santo do Pau Oco que era utilizado na época da colônia para carregar ouro roubado para Portugal.
Um recente estudo de uma organização americana, a Essential Action, mostra que algumas ONG’s que lutam pela quebra de patente são financiadas por indústrias farmacêuticas, sem contar que todas têm ligação direta aos interesses financeiros do que atender a uma população desprovida de assistência governamental.
A Amazônia, conforme relatório da própria ABIN está infestada de organizações “do pau oco” que tem como objetivos suporte aos indígenas, catequização, suporte espiritual aos povos desprovidos de bens ou outras coisas, e na verdade são organizações montadas por indústrias ou governos estrangeiros com o intuito de obter informações e controle de territórios na Amazônia. As informações coletadas por estas ONG’s na verdade são conhecimentos da bio diversidade da Amazônia, e alimentam centros de pesquisas na França, Alemanha, China e Estados Unidos. O próprio Exército Brasileiro enfrenta uma série de problemas de movimentação de tropas na Amazônia, pois muitas áreas são controladas por ONG’s e não dão acesso.
O mais engraçado é o conhecimento nativo na bio diversidade amazônica estar ameaçado por estas ONG’s que levam o segredo indígena a um custo irrisório, e quando o produto volta para o Brasil, nós brasileiros pagamos um preço altíssimo pelas patentes, os chamados royalties da indústria farmacêutica, sem contar outros tipos de produtos, como por exemplo, no Japão, que quiseram patentear o guaraná, que existe na Amazônia, mas não existe em nenhuma parte do Japão.
O Brasil precisa dar mais atenção aos seus segredos, e os recursos naturais, considerados como um importante condicionante de política externa devem ser protegidos, por isso um trabalho mais intenso de inteligência sobre as diversas ONG’s que existem neste país é de suma importância que deva ocorrer.
Hoje o que assistimos pela mídia é uma série de escândalos que ocorrem com ONG’s, que recebem verbas governamentais, e ao mesmo tempo só cuidam de um interesse, o financeiro de grandes grupos, e não de populações carentes desprovidas de qualquer suporte financeiro.
Precisamos abrir melhor nossos olhos para estas ONG’s, porque elas já abriram sobre nossas riquezas.
fabiomkt@uol.com.br.
Fonte: recebido por e-mail

Amazônia: Doação Anunciada

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Quem lembra (...) quando os próceres petistas, (que então se mostravam) pseudo-nacionalistas, denunciavam a “internacionalização” da Amazônia como obra de milicos corruptos aliados a americanos espertos?
por Heitor De Paola
A política indigenista  e pode-se acrescentar sobre qualquer forma de propriedade privada  olhada do ponto de vista político e técnico, parece ser caótica; olhada de um ponto de vista histórico e ideológico nota-se que há muita lógica por trás do caos. Há quase quatro anos escrevi um artigo com o mesmo título deste (Amazônia: a doação anunciada) e de onde retirei a epígrafe acima, para denunciar o que, então, já era notícia de jornal velho: a doação de partes da Amazônia brasileira à exploração comercial. Um ano antes já havia publicado Lendas e Mistérios da Amazônia onde escrevi que “a estratégia globalista necessitava sobrepor à noção de País  Brasil — a de Nação indígena e, ipso facto, surgirem declarações de independência com a formação de território de domínio internacional, sob os auspícios da famigerada ONU”. Posteriormente, quando muitos ficaram perplexos porque Lula assinou decreto criando um “corredor de proteção ambiental” ao longo da margem esquerda da estrada Cuiabá-Santarém, escrevi Mídia Sem Máscara informa antes e melhor!
Na época do segundo artigo a Embrapa-Acre publicava um texto da JICA  Japan International Cooperation Agency (JICA Procura Iniciativas Promissoras na Amazônia), no qual dizia que “Os japoneses estão interessados em financiar e dar apoio técnico a iniciativas, públicas ou de organizações não-governamentais, que levem à conservação de florestas tropicais e melhoria da qualidade de vida da população amazônica”, e informava que “a missão japonesa manteve encontros em vários ministérios” e estudou “sistemas agroflorestais e agroindústria de alimentos a partir do cupuaçu, pupunha e açaí”, e também “oportunidades de parceria em projetos de plantas medicinais (desenvolvimento de processos e protótipos), subprodutos de castanha-do-brasil e manejo florestal (produção de sementes, estudos de novas espécies, adaptação de equipamentos e design de móveis em escala comercial)”.
Dizia eu ainda: “A estratégia tipicamente leninista de acusar inexistentes projetos americanos de invadir a Amazônia tem funcionado tão bem que civis e militares genuinamente nacionalistas e patriotas têm-se deixado cegar pela verdadeira internacionalização já (em 2003) em curso avançado! A cortina de fumaça leninista serve para acobertar a verdadeira e única ameaça de internacionalização, aquela comandada pela ONU, pelos liberais americanos do Partido Democrata — leia-se Carters, Clintons, Hillarys e John e Thereza Heinz Kerry — e por várias ONG’s europeias entre as quais algumas financiadas pelos interesses dos grupos econômicos mais poderosos da Inglaterra, através do Príncipe Charles, como a World Wildlife e o Greenpeace, o Royal Botanic Garden e a Conservation International”. Já então era fato notório que a região estava loteada entre inúmeras ONG’s, mas desde então o número delas aumentou exponencialmente. Cito somente algumas: o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), intimamente ligado à Comissão Pastoral da Terra através da qual existem conexões com o MST e organismos internacionais como as FARC, a Via Campesina, a Indiana Navdanya Farmers Network and the Research Foundation on Science, Technology, and Ecology, dirigida pela Drª Vandana Shiva; Nayakrishi Andolon (New Agricultural Movement) de Bangladesh; a organização suíça E-Changer; CCPY — Comissão Pró-Yanomami; Secoya  Serviço e Cooperação com o Povo Yanomami; Opan  Operação Amazônia Nativa; Cafod  Catholic Agency for Overseas Development; CESE  Coalition for Excellence in Science Education - da Packard Foundation; COIAB  Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, OXFAM  Oxford Committee for Famine Relief; Rainforest Foundation; Survival International. O site do Conselho Indígena de Roraima  CIR cita várias outras.
Listá-las todas é um trabalho hercúleo que já estou tentando (já registrei mais de cinqüenta) e oportunamente divulgarei [1]. O resultado é que nossa fronteira, do Mato Grosso ao Amapá, é uma verdadeira peneira com mais buracos do que fios. Desde o fim dos governos militares só fizeram aumentar os furos de tal modo que, de acordo com algumas estimativas, em breve poderemos ter a “declaração de independência” de mais de 200 “nações” indígenas que solicitariam  e certamente obteriam  reconhecimento por parte da OEA [2], da ONU, da Comunidade Européia e das casas reais europeias. Essas ONG’s estão em íntimo contato com a ONU, com a qual possuem uma relação simbiótica, participando ativamente de reuniões como oFórum Permanente da ONU para Assuntos Indígenas” onde, na reunião deste ano (21 de abril a 03 de maio) integrantes da COIAB denunciaram a situação em Raposa Serra do Sol. Quando as fronteiras estão assim arrasadas e quando Governadores, Parlamentares [3] e empresários brasileiros acorrem à Clarence House para de forma abjeta e degradante consultar o Príncipe Charles sobre o quê fazer com a Amazônia, cabe a pergunta: a soberania brasileira está reduzida a quê? Ou melhor, ainda somos um país soberano? Será que ainda cabe perguntar se é possível salvar nossas fronteiras, ou se deve ser substituída por: será que ainda há tempo de retomá-las, expulsando todas as ONG’s e fazendo cumprir o Artigo 142 da Constituição do Brasil?
[1] Sem falar nas ONG’s paganistas e satanistas que se interessam em estudar a “cultura” e as crenças “religiosas” dos povos da floresta.
[2] Cuja Comissão Interamericana de Direitos Humanos, no Capítulo VI do Relatório de 29/09/1997 foi um dos fatores desencadeantes da política indígena brasileira.
[3] Ana Júlia Carepa, do Pará; Waldez Góes, do Amapá; e José de Anchieta Júnior, de Roraima. O Acre e o Amazonas foram representados pelos senadores Tião Viana (PT) e Arthur Virgílio (PSDB).
Fonte: Jornal Inconfidência

1968, o Embuste Que Não Terminou

por Olavo de Carvalho
Se a celebração das seis décadas de existência do Estado de Israel vem consistindo essencialmente em culpá-lo por todo o mal que lhe fazem e em desejar com fervor a sua morte próxima, a dos 40 anos das rebeliões estudantis de 1968 não tem feito outra coisa senão tomar como realidade, a priori e sem o mínimo exame crítico, a auto-interpretação lisonjeira que seus líderes fizeram desse movimento na época da sua eclosão.
Uma das poucas vozes dissonantes foi Nicolas Sarkozy, que em discurso recente afirmou:
"O Maio de 68 impôs o relativismo moral e intelectual a todos nós. Impôs a ideia de que não existia mais qualquer diferença entre bom e mau, verdade e falsidade, beleza e feiura. Sua herança introduziu o cinismo na sociedade e na política, ajudando a enfraquecer a moralidade do capitalismo, a preparar o terreno para o inescrupuloso capitalismo das regalias e das proteções para executivos velhacos".
Reagindo com indignação a essas palavras, o ativista-historiador Tariq Ali — ele mesmo um dos agitadores de 1968 — exclama: "Não me venha com essa, Sarkozy!". E, imaginando brandir contra o presidente francês argumentos irrespondíveis, pergunta: "Então, nós é que somos responsáveis pela crise do subprime, pelos políticos corruptos, pela desregulamentação, pela ditadura do livre mercado, pela cultura infestada por um oportunismo descarado, pela Enron, pela Conrad Black, entre outras coisas?"
Mas a resposta a essa pergunta é, incontornavelmente, sim. O movimento de 1968, que na verdade começou em Harvard em 1967, marcou a conversão mundial da esquerda aos cânones da "revolução cultural" preconizada por Georg Lukács, Antonio Gramsci e os frankfurtianos. A ambição da militância, daí por diante, já não era tomar o poder, nem muito menos implantar o socialismo. Estas metas eram adiadas para depois de conquistado o objetivo primordial: destruir a civilização do Ocidente, corroer até à extinção completa as bases culturais e morais sobre as quais tinha se erigido o capitalismo.
Ora, o que é o mais bem sucedido sistema econômico, quando amputado de seus fundamentos civilizacionais e reduzido à pura mecânica das leis de mercado? É um mundo de riqueza sem alma, um inferno dourado. Os revolucionários de 1968 produziram esse efeito por três vias e em três fronts:
(1) Espalhados na mídia e nas instituições de cultura, empreenderam a agressão direta, pertinaz e brutal a todos os valores e símbolos mais veneráveis da civilização e a demolição deliberada do sistema de ensino, onde as aulas de grego e latim foram substituídas por seminários de sexo anal.
(2) Infiltrados no meio empresarial como técnicos e consultores, persuadiram os capitalistas a "modernizar-se", mandando às favas as exigências da moral tradicional e passando a agir segundo o modelo deformado do argentário sem escrúpulos. A caricatura marxista do empresariado tornou-se realidade, não raro encarnada pelos próprios homens de 1968, cuja posadíssima conversão à livre-empresa vinha acompanhada de uma ênfase cínica na eficiência amoral do sistema, propaganda irônica que só fazia ressaltar, de maneira implícita mas por isto mesmo ainda mais contundente, a superioridade moral do socialismo injustamente derrotado pelo mundo mau.
(3) Atuando como líderes e porta-vozes de movimentos sociais, condenavam os efeitos de suas próprias ações como se elas não fossem obra deles e sim de uma abstração hedionda, "o capitalismo", e simultaneamente exploravam a nostalgia do universo cultural destruído, cooptando de volta os velhos valores e símbolos civilizacionais, até mesmo os religiosos, esvaziando-os de seu sentido originário e reduzindo-os a slogans da propaganda anticapitalista.
Com essa tripla operação, adquiriram o simulacro terrivelmente convincente de autoridade que até hoje aufere lucros morais de seus próprios crimes, debitando-os na conta da burguesia sonsa que se deixa intoxicar pelo seu discurso.
COMENTO: Não tenho muito apreço pelo francês, que me parece um Lulla mais sofisticado (longe de mim qualquer comparação de esposas), não sabe o que acontece em seu país mas anda mundo afora dando pitaco em tudo que pode. Um claro exemplo é o envolvimento pessoal no caso Ingrid Bittencourt, problema afeto unicamente ao governo colombiano. Por outro lado, não há como não concordar com a opinião acima, expressa por Sarkozy.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

O Secreto Grupo de Tarefas K

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Seria interessante que alguém se animasse a investigar sobre o grupo de tarefas que o kirchnerismo armou preparando-se para o caso de uma crise institucional. Como não confia nas forças de segurança formais, Néstor Kirchner organizou um grupo a que denomina D2, encabeçado pelo questionado Wilfredo Roque, outrora Chefe de Policia de Santa Cruz — ejetado de seu cargo pela grande quantidade de burradas cometidas — e com vários efetivos dessa força a seu comando. 
Dois dos que acompanham Roque são Miguel Coronel e Jaime Gareca, junto a outros efetivos da Brigada de Investigações Zona Centro de Rio Gallegos, tristemente célebres por sua capacidade repressiva. Por acaso, o ex chefe de policia santa-cruzense se fez famoso por reprimir uma manifestação no ano 2002 realizada contra os gastos kirchneristas.
O D2 já começou a operar, elaborando partes de Inteligência e avaliando como se mobilizará em caso de comoção interior. São muito poucos os que conhecem sua existência e recebem suas análises.
E é sua estrutura o que permite aos Kirchner dormirem em paz em cada noite.
CHRISTIAN SANZ
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O Parâmetro da Autoridade

por Antônio Ribas Paiva
Em 1964 a Nação Brasileira impôs a democracia ao coletivismo, soterrado em 1989, sob os escombros do muro de Berlim.
À época, alguns não concordaram com a democracia e recorreram ao terrorismo e a vários crimes, para tentar impor a sua ideologia. Vencidos tanto pela razão como pela força do Estado, asilaram-se no exterior.
Em busca da paz social, objetivo bíblico e Nacional permanente, os representantes da Nação concederam perdão aos terroristas e também aos combatentes da democracia, através do manto protetor da lei de anistia, ampla e irrestrita. Note-se, que os ícones dos terroristas perdoados: Stalin, Pol Pot e Fidel jamais fariam isso.
Os beneficiados pelo poder anistiador da Nação Brasileira, puderam voltar para o Brasil, onde ninguém questionou seus roubos, seqüestros, assassinatos e depredações.
Ao invés de beijar a mão da Nação que os beneficiou, os terroristas voltaram a conspirar contra a democracia, agora, encastoando-se no Poder do Estado, que inocentemente lhes foi franquiado pela bondosa sociedade brasileira.
No poder, primeiro se fartaram de bens materiais e, agora, tentam voltar-se contra quem os anistiou, perseguindo-os financeira, política e administrativamente.
Não satisfeitos, os terroristas procuram a revogação tácita de parte da lei que os anistiou. Revogação convenientemente parcial, porque se integral, iriam todos para cadeia.
Direito é lógica pura. A lei como parâmetro da autoridade e da sociedade obriga a todos de forma equânime. Portanto, tanto do ponto de vista moral, como legal, a postura dos terroristas anistiados é insustentável.
A livre manifestação do pensamento é da essência da democracia, desde que não consubstancie apologia ao crime ou de ilegalidade.
As autoridades e membros do poder público estão sujeitos aos parâmetros legais, tanto no que respeita às suas atitudes como às suas manifestações, porque ao aceitar e mesmo buscar o “munus público” submetem-se ao artigo 37 da Constituição Federal, que insculpe os princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade.
Aquele que trata da coisa pública não pode transigir, porque mero guardião do que não lhe pertence. Portanto, a autoridade, ao contrário do comum do povo, só pode fazer o que a lei determina.
A lei determina a anistia ampla e irrestrita aos terroristas e aos combatentes da nação; logo o Ministro da Justiça, sob pena de responsabilidade, não pode pregar a desobediência à lei de anistia, ou dar-lhe interpretação pessoal como tem feito publicamente, até porque acirra a cizânia na nação, contrariando o espírito da lei. A autoridade nunca manifesta-se em nome próprio, mas, sempre, em razão do cargo.
Diante da evidente ilegalidade praticada pelo ministro Tarso Genro, compete ao Procurador Geral da República tomar as providências cabíveis na espécie, ex–oficio ou a requerimento de qualquer do povo.
O parâmetro da autoridade é a legalidade. Ao extrapolar esse parâmetro o Ministro da Justiça desqualifica-se para o cargo, impondo-se seja exonerado e processado criminalmente.
Antônio José Ribas Paiva é Advogado e 
Coordenador da UND
União Nacionalista Democrática.

Ainda a Morte do Chefão das FARC

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Quando eu recebi a confirmação da morte de “Tirofijo”, dada em comunicado das FARC, comentei com amigos que estranhava a rapidez com que eles tinham atendido ao pedido do ministro da Defesa colombiano, Juan Manuel Santos, pois não se passaram 24 horas até que fosse enviado um vídeo com o pronunciamento de “Timochenko”. Duas coisas me chamaram a atenção: a rapidez da confirmação e a divulgação feita através do canal TeleSur, do governo de Chávez. Por que, em vez de entregar ao governo da Colômbia, este vídeo foi entregue a Chávez? Naquela altura eram só desconfianças de que se montava mais uma farsa; hoje, entretanto, o Notalatina apresenta as provas.
Para nós brasileiros, que não somos biólogos, é difícil reconhecer certos detalhes botânicos da flora venezuelana e colombiana a ponto de distinguir que tal vegetação é típica de um ou outro país. Para os nativos destes países, não, do mesmo modo que aqui nós sabemos dizer, mesmo sem muito estudo na área, que os cactos e as bromélias são característicos do Nordeste, enquanto as azaleias são mais comumente encontradas em São Paulo e adjacências.
Entretanto, é possível notar que a vegetação é baixa e não espessa como se imagina ser uma “floresta”, além de aparecerem muitas flores como se houvesse um jardim. Nas selvas? Huum... Pois foram exatamente estes detalhes que chamaram a atenção de jornalistas colombianos e venezuelanos, para provar que aquela gravação não foi feita nas “montanhas da Colômbia”, como afirma Timochenko ao final da gravação e sim, na Venezuela.
O ex-ministro colombiano Fernando Lodoño (na foto acima) vai mais longe. Ele crê que Marulanda “Tirofijojá está morto há anos, e que era Raúl Reyes quem se passava por ele nas mensagens encontradas em seu computador. Isto faz sentido, sobretudo porque há tempo se sabia que ele tinha um câncer de próstata mas, embora eu não endosse a tese por falta de provas, não parece no mínimo coincidente demais que, morto Reyes em 1º de março e apreendido seu computador, Marulanda tenha tido um enfarte mortal justo no dia 26 do mesmo mês e ano?
Lodoño também chama a atenção para a qualidade técnica da filmagem, feita com várias câmeras (tomadas de vários ângulos), o que é pouco provável existir num ambiente de acampamento no meio das inóspitas selvas. Neste vídeo aqui pode-se ver a minuciosa análise feita por especialista em botânica, além de  o mais grave  comparações feitas entre o uniforme usado por Timochenko e Chávez, que leva os analistas a concluírem que ambos têm a mesma procedência. Vejam este vídeo com atenção, observem os detalhes do uniforme, até do quepe e tirem suas conclusões.
Observem a foto de Chávez acima, onde se pode ver os detalhes citados no vídeo. Eu, entretanto, chamo atenção para outro detalhe que não foi comentado: nesta foto, tirada meses atrás, Chávez usa uma braçadeira com as cores da bandeira venezuelana que são as mesmas da Colômbia. Não estaria ele enviando uma mensagem subliminar de que também pertence às FARC? Por outro lado, observem que Timochenko NÃO está com a braçadeira que caracteriza os membros das FARC neste uniforme. Não pode ter sido por “descuido” a ausência da braçadeira, justo num momento tão solene como o anúncio oficial da morte do fundador do bando mas... por que a braçadeira não está onde devia?
Para o ex-ministro Lodoño (como também para Alejandro Peña Esclusa), Hugo Chávez é o verdadeiro “comandante” das FARC, “é ele quem põe e tira; os membros do Secretariado não puderam nomear Cano porque não podem se reunir, não têm contatos entre si, disse Lodoño. E no pleno do Partido Comunista da Venezuela (PCV) no dia 26, fez-se uma despedida a Marulanda com aplausos durante 1 minuto, alegando ser este partido “aliado estratégico” das FARC. O deputado Oscar Figuera disse que o PCV é um aliado estratégico das FARC e em seguida afirmou que o PCV é um dos grupos políticos aliados ao governo do presidente Chávez, desde que ele assumiu o poder em dezembro de 1998. Acrescentou ainda as “coincidências de propósitos políticos” entre as FARC e Chávez. Mas Chávez quer fazer o mundo inteiro crer que não existe nada entre ele e seu governo e as FARC; é tudo intriga de Uribe, o “cachorro do império”.
Além de todas estas “coincidências”, há uma série de quatro vídeos gravados no dia 6 de março no programa La Noche, do canal RCN da Colômbia, onde Claudia Gurisatti entrevista o senador colombiano Germán Vargas Llenas que acompanha o desenrolar desta guerra junto ao Ministério da Defesa. Nessa entrevista são apresentadas imagens da guerrilha, entrevista com o povo venezuelano nas ruas e declarações feitas por Uribe, Chávez, Ortega. Há revelações surpreendentes, como a entrevista feita com a ex-guerrilheira desmobilizada das FARC de codinome “Camila”, que afirma os vínculos de Chávez com o bando terrorista. Mostra também que o pessoal de Inteligência e Forças de Segurança da Colômbia têm todos os acampamentos mapeados, sabem quantos e há quanto tempo existem células das FARC na Venezuela, bem como o movimento de Chávez em relação ao bando. Os vídeos têm entre 6 e 8 minutos cada e vale muito a pena vê-los. Cliquem aqui: La Noche 1ª parte de 4, La Noche 2ª parte de 4, La Noche 3ª parte de 4 e La Noche 4ª parte de 4.
E na Folha de São Paulo (agora todo mundo fala de FARC e Foro de São Paulo desde criancinha!) de hoje há um revelação  nada nova  de que encontraram nos computadores de Raúl Reyes uma troca de correspondência entre as FARC e o chanceler Celso Amorim, quando tratava-se da não extradição de Francisco Antonio Cadena Collazos, vulgo padre Oliverio Medina. Nada estranho nisso, uma vez que foi publicado no próprio site das FARC  que eu tenho mas o site do bando está indisponível desde a morte de RR , pelo menos duas dessas cartas: uma, solicitando os bons ofícios do governo amigo do Sr. da Silva, e outra agradecendo o empenho que culminou dando a este terrorista o status de “refugiado político” e não o extraditando como era vontade deles todos  tudo em nome da impunidade dos amigos. Fora essas duas, que foram específicas deste caso, há ainda as felicitações pela eleição e reeleição do companheiro do Foro de São Paulo, Lula da Silva, além dos acordos que nós não sabemos.
Aos poucos a sujeira começa a vir à tona e todos, um por um, vão acabar sendo desmascarados porque a verdade pode até tardar mas um dia aparece. É só ter paciência e esperar.
Fiquem com Deus e até a próxima!
Comentários e traduções: G. Salgueiro
Fonte:  Notalatina

Decência

por Peter Wilm Rosenfeld
O título acima talvez devesse ser “Decência – ou falta de”.
Penso que nem seja necessário especificar a que, ou a quem, me refiro.
De qualquer forma, fá-lo-ei. Refiro-me em primeiro lugar, e de forma muito especial, aos políticos brasileiros; subsidiariamente, mas ainda sem sequer chegar perto do nível dos políticos, a uma parte do povo brasileiro.
Talvez deva começar com a antiqüíssima estória da criação do universo. Deus estava criando os países e, em cada um deles, colocava uma coisa boa e uma ruim. Ao chegar a vez do Brasil, colocou só coisas boas. Incontinenti, o anjo que o assessorava perguntou: Senhor, porque colocaste no Brasil só coisas boas, contrariamente ao que vinhas fazendo em todos os outros países, tendo Deus respondido “espera só para ver o povinho que lá colocarei” .
É claro que não concordo com a generalização. Penso que a enorme maioria das pessoas, ao nascerem, não nascem com genes do mal. São boas, inocentes e decentes.
O meio-ambiente em que crescem, o que inclui a família, os colegas de estudo, as amizades, será o elemento modelador do comportamento futuro da pessoa. O ser humano, entre tantas outras coisas, busca seus exemplos naquilo que o cerca e no que lhe for dado ler e observar. E, evidentemente, nos exemplos que vem de sua família.
O que mais me preocupa nesse particular são os políticos, apesar de numericamente em relação ao todo do povo brasileiro serem u’a minoria significativa. Mas é deles que a imprensa e os meios de comunicação em geral se ocupam maiormente. É através deles que ficamos sabendo o que está acontecendo e quem são os atores principais.
Adicionalmente me preocupa observar que o nível de decência vem caindo a cada ano que passa, cada vez com maior velocidade.
Apenas para rememorar, lembro-me que jovem ainda, cursando o ginásio na segunda metade dos anos 40 do século passado, gostava de freqüentar a recém instalada Assembléia Legislativa do RGS para ouvir os debates. Os deputados estaduais eleitos com a redemocratização do País após a queda da ditadura Vargas, em sua grande maioria e dos vários partidos, eram personalidades marcantes, todos de reputação acima de qualquer suspeita, ilibada, educados e com exemplar domínio da língua portuguesa. Ouvir seus discursos e os inevitáveis debates eram música para meus ouvidos. Não havia qualquer baixaria. Jamais se ouviria a famosa expressão “Vossa Excelência, com todo o respeito, é um f.d.p”, já ouvida em plenários pelo Brasil afora.
No que respeita a essa qualificação negativa a mesma se encontra no Poder Executivo, que parece estar fazendo um concurso com o Poder Legislativo para ver qual dos dois tem o maior número de integrantes com esse nível negativo.
Podemos constatar isso assistindo aos depoimentos e debates no Congresso (em ambas as casas legislativas) e nas famosas CPIs e CMPIs. Se não se assistisse ao vivo as sessões, não se acreditaria que tal pudesse acontecer por parte das “excelências”.
Além de exemplos mais gritantes de má educação, descortesia e o que mais for possível, ainda ouvimos mentiras as mais deslavadas, com os mentirosos não mudando suas expressões (ah, se existisse um Gepetto e ele estivesse presente, quantos Pinóquios criaria !...).
Pergunto-me: será que isso acontece em todos os países? Esclareço que me refiro ao comportamento e à decência indispensáveis para que os atores possam servir de exemplo ao restante dos cidadãos do respectivo país, principalmente aos jovens.
O que deveríamos e/ou poderíamos fazer no Brasil para ter gente séria, decente (com o corolário da honestidade !) ?
A pergunta procede, pois sabemos que uma única maçã podre em um cesto, se não retirada imediatamente, faz com que apodreçam todas as demais em curto período de tempo.
E acredito que a maioria dos brasileiros não esteja contaminada ainda, mas se não fizermos uma depuração em prazo relativamente curto, essa maioria passará a ser minoria e essa será dizimada com o tempo.
Para terminar, lembro que tudo o que disse acima, onde aplicável, é válido também para a corrupção, que atingiu níveis intoleráveis.
A impressão que se tem, que já é quase certeza, é a de que no governo, incluindo as empresas estatais, não se faz qualquer negócio sem que haja superfaturamento com a parte “super” indo para o bolso de um político ou burocrata qualquer.
Se essa desonestidade não existisse, teríamos um sistema de saúde muito bom, estradas de primeira categoria e tudo o mais pagando bem menos impostos do que pagamos hoje.
Extremamente triste é que os corruptos agem com a maior desfaçatez, pois sabem que nada lhes acontecerá. Sequer procuram disfarçar, como se fossem os arautos e paradigmas da honestidade.
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terça-feira, 27 de maio de 2008

Câmara: Líderes Governistas Vão Propor ’CPMF II’ Amanhã

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O líder do governo da Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-SP), disse, após reunir-se com outros líderes da base governista, que a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS) será proposta amanhã em substitutivo ao Projeto de Lei Complementar (306/08), que regulamenta a Emenda 29. A nova CPMF deve funcionar com uma alíquota de 0,1% e destinação dos recursos exclusivos para a saúde. Segundo o líder do governo, não haverá dificuldades na aprovação do CSS, pois, quem foi contrário à CPMF, apóia a proposta do CSS, por ter uma alíquota pequena. Mas o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), é contra a criação do tributo e afirmou que a elevação da arrecadação do governo é suficiente para suprir os recursos que faltam à Emenda 29.
Fonte: Claudio Humberto
COMENTO: Estamos ferrados!!! Depois de diversos anúncios de arrecadações recordes nos diversos impostos e taxas, vão nos aplicar mais uma "contribuição", com a agravante de que agora nem é provisória. E o (des)governante-mor faz cara de paisagem e diz que não tem nada a ver com o caso. Afinal, é ano eleitoral e ele não pode "queimar o filme". Continua sem saber de nada! E com essa oposição de mentirinha, só podemos contar com o Chapolim Colorado para nos salvar!!!! Quem são os culpados, esses cretinos que acham pouco uma carga tributária que quase alcança os 40% do que o país produz ou os imbecis que os colocaram no poder???
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A Arte de Arrecadar

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Mais uma vez o coronel-redator do Coturno Noturno dá uma no fígado do desgoverno petista.
Informa que parte das 20 empresas que mais doaram dinheiro ao PT em 2007 recebeu no segundo mandato do presidente Lula da Silva pagamentos do governo federal que totalizam ao menos 54 vezes o valor repassado ao partido.
A contabilidade do PT entregue no último dia 30 ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registra R$ 8,7 milhões em doações feitas por 20 empresas em 2007, metade desse valor oriundo de empreiteiras ou empresas de construção civil.
Consulta ao Portal da Transparência do governo federal mostra que 8 das 20 doadoras receberam do governo, diretamente ou por meio de empresas do mesmo grupo, um total de pelo menos R$ 473 milhões em 2007 e 2008.

É dando que se recebe
No ano da graça eleitoral de 2006, o PT arrecadou R$ 43 milhões em doações.
Vieram das empreiteiras (R$ 12,5 milhões) e dos bancos (R$ 8,8 milhões).
O topo do ranking tinha Andrade Gutierrez (R$ 6,4 milhões) e Santander Banespa (R$ 3,2 milhões).

A doadora-mor
A empreiteira Andrade Gutierrez foi a maior doadora do PT em 2007, com R$ 1,5 milhão.
No Portal da Transparência, a generosa empreiteira consta como beneficiária de R$ 45 milhões desde 2007.
O valor obtido no portal é subestimado, já que não abrange possíveis subsidiárias não detectadas pela reportagem e pagamentos feitos pelas estatais, que não são abrangidas pelo portal do governo.
Fonte:   Alerta Total
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segunda-feira, 26 de maio de 2008

O Recente Caso da Petrobras e a Espionagem Empresarial

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Por Vinicius Domingues Cavalcante*
Em meados de fevereiro de 2008 todo o país foi sacudido pela notícia de que informações sigilosas da PETROBRAS teriam sido alvo de espionagem. Notebooks contendo dados das mais recentes reservas brasileiras de petróleo e gás teriam sido furtados inteiros, no interior de containeres/escritórios, transportados sob a responsabilidade de uma outra grande companhia petrolífera americana, a Halliburton, parceira da nossa companhia e com franca atuação na plataforma continental brasileira. A Halliburton que é uma das maiores corporações do mundo nos serviços de pesquisa e exploração de petróleo, coligada às gigantes Energy Services Group (EGS) e Kellogg Brown & Root (KBR), teve como presidente Dick Cheney, o atual vice-presidente dos Estados Unidos. Cheney deixou o cargo na Halliburton, empresa presente em mais de 100 países, para ser o vice de George Bush Júnior. Como em casos semelhantes, em que importantes instituições que se vêem completamente furadas em seus esquemas de segurança demoram a acusar o golpe, permitindo toda sorte de especulações, a PETROBRAS também foi surpreendida.
Altas autoridades do país, entre elas o próprio Presidente da República, manifestaram sua crença de que fôramos alvo de uma ação de espionagem. Certamente não faltaria interesse estrangeiro acerca do assunto. O Brasil tinha reservas estimadas em 14,4 bilhões de barris (24º do ranking de reservas mundiais); isso até as descobertas dessa nova área, ao largo da bacia de Santos, a qual se estima entre 5 e 8 bilhões de barris. Supõe-se que tais reservas permitam ao país galgar várias posições neste ranking, chegando à 8ª ou 9ª posição.
A PETROBRAS é a quinta empresa do mundo entre as que têm grandes reservas e operam em Bolsas de Valores. Com as descobertas recentes estima-se que possa saltar para o terceiro lugar. Para o cidadão comum, sob bombardeio da mídia com a notícia de que o país mais uma vez fora pilhado em suas riquezas e que certamente não conhece a extensão dos acordos milionários firmados entre a PETROBRAS e a Halliburton, é mesmo difícil entender a razão pela qual material da empresa brasileira, supostamente tão sensível, estivesse sendo transportado e posto sob guarda de uma companhia estrangeira.
Até onde iria uma relação de parceria, principalmente quando sabemos que, por mais que se afirme em contrário, não faltam exemplos de ações espionagem comercial/industrial conduzidas por grandes companhias? Com justa razão, muita gente deve ter imaginado que não havia nada de importante nas tais informações confidenciais sobre pesquisas e nos dados das recentes descobertas de petróleo e gás em águas profundas; pois, se houvesse certamente o pessoal da PETROBRAS haveria de ter tomado mais cuidado. De qualquer forma os jornais especulavam e as declarações das autoridades em nada traziam luz ao caso.
Nessas horas as teorias conspiratórias se multiplicam exponencialmente. Ao longo de mais de uma semana, manchetes se repetiram com a história da espionagem até que a Polícia Federal, conduzindo uma investigação discreta e sem pré-julgamentos, acabou por apontar os autores do furto e recuperar todo o material subtraído. Descobriu-se que os vigilantes, lotados no depósito da operadora logística na zona portuária do Rio, estavam comercializando o produto do roubo. Vigilantes, bem, dos males o menor... Porém é temerário colocar a cabeça no travesseiro e pensar que se pode dormir tranqüilo. Furto de informações, a quebra da compartimentação de informações proporcionando o acesso indevido a algum assunto reservado, o uso indevido de senhas de terceiros, a invasão de redes computacionais, a subtração de componentes de hardware e até mesmo o furto ou roubo de notebooks e palmtops são ações adversas que vitimam as empresas brasileiras cotidianamente. O leque de autores de tais delitos compreende desde os tradicionais funcionários descontentes, endividados ou chantageados até os hackers, ladrões comuns e quem sabe até, espiões clássicos.
A espionagem é o esforço de desvendar, através de métodos ocultos e não-convencionais, toda sorte de segredos alheios. Na busca de tais objetivos, os fins mais do que justificam todos os meios ilícitos dos quais os espiões costumam lançar mão. No curso desses dias de especulação cheguei a ouvir que "se eles (no caso, os eventuais espiões) quisessem acessar às informações da PETROBRAS não haveriam de violar lacres e arrombar cadeados"; que as informações teriam sido subtraídas (copiadas) diretamente das máquinas" etc. Eu realmente não conheço de geologia, de engenharia de petróleo ou da planta de tecnologia da informação para saber, no caso específico da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A., como seria mais fácil de efetuar a subtração daqueles segredos que estariam contidos nos micros furtados; porém, como profissional de inteligência não creio que possamos ser tão cartesianos.
O intento do espião é apropriar-se da informação, porém apagando completamente seus rastros e sempre que possível, eliminando quaisquer indícios de que a espionagem ocorreu. Até pelo fato de que, escondendo do "alvo" o "modus operandi" do agressor, sempre se poderá tentar repetir uma tática que já deu certo. Como, segundo o reportado pela mídia, a PETROBRAS já teria um significativo histórico de perda de computadores por roubo e furto, talvez se julgasse oportuno fazer parecer que se estivesse diante de mais um daqueles roubos comuns. Nesse ramo de ludibriar e iludir, o outro lado nem sempre se comporta da maneira que imaginamos. Um ditado que cansei de ouvir dos mais antigos reza que "quem pode o mais, pode o menos". Nesse nosso caso específico, se não conseguimos proteger fisicamente os computadores e o acesso às informações nele contidas contra a ação de ladrões amadores; quanto mais assegurar a incolumidade dos segredos de uma de nossas maiores, mais competitivas e rentáveis empresas, frente a uma eventual ação profissional e organizada, perpetrada por agentes de inteligência à soldo de interesses estrangeiros. 
Desde muito tempo, governos espionam empresas, grandes empresas espionam grandes empresas e nada pode favorecer mais ao espião do que a crença generalizada de que não haja (tantos) segredos por proteger e que os cautelosos (normalmente os "chatos", da área de segurança) se preocupam sem razão, pois estariam apenas "vendo fantasmas". Em pleno século XXI ainda há quem creia que o Brasil esteja imune a tais ocorrências; e que os dispositivos da Lei bastariam para desencorajar a ação daqueles que podem lucrar com a espionagem.
Tragicamente, o brasileiro é quase sempre um otimista que acha que pode liberar o consumo de drogas; que tácita e discretamente reconhece o poder paralelo do crime organizado; que acredita em todo tipo de ONGs; que pensa poder se despojar das suas armas e que não imagina a necessidade de gastar com as Forças Armadas; que não se previne e só bota tranca depois da porta arrombada.
Pessoas assim são presas fáceis de toda sorte de espiões e sabotadores. Para finalizar (remetendo-me um artigo sobre inteligência no meio corporativo que escrevi e foi publicado em 2001), continuo acreditando que se não existe altruísmo entre as nações (pois suas políticas são movidas por interesses, muitos dos quais nem sempre claros e lícitos); logo, como esperar que as empresas, no competitivo mundo de hoje, concorram entre si, observando estritamente as regras do Marquês de Queensberry (que há cerca de dois séculos norteiam as lutas de boxe)? Atualmente, quando a competição entre as empresas tornou-se global e concorrências comerciais são encaradas como verdadeiras guerras, os contentores não costumam se preocupar muito em colocar seus golpes apenas acima da cintura... 
*Vinicius Domingues Cavalcante, é consultor de segurança certificado pela American Society for Industrial Security.
E-mail: vdcsecurity@hotmail.com
Fonte: Recebido por e-mail
COMENTO: Vinte e cinco anos atrás, me ensinaram que em Operações de Inteligência, "nada é o que parece ser"!!
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