segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

O Artista, o Militar e o Canalha.

Cel-Av Refo Maciel J.A.
Quando um verdadeiro artista se torna um simples artesão; quando sua arte se torna artesanato, repetitiva, estereotipada para atender a simples demanda, sua arte degenera-se, e o artista torna-se um vil negociante. A arte, a verdadeira arte, nunca deveria ser censurada pela razão; a razão nunca deveria intrometer-se na arte. A arte vem do coração, e o coração, dizem os poetas, tem razões que a própria razão desconhece.
Quando um verdadeiro militar, do soldado ao general, se torna um serviçal, um simples serviçal, “um vil negociante”, na verdade ele não é um soldado; não é um general. É um covarde que vestiu uma farda; e quando um covarde veste uma farda, ele supõe que isto lhe dá o direito de ser um canalha; foi um canalha que se transformou num falso militar, num falso soldado, num falso general. Ser disciplinado; ser leal, ser amigo é uma coisa. Ser serviçal é outra.
No meio artístico, a assim como no meio militar, ou em qualquer outra profissão, o canalha, o desonesto, o patife, o desprezível sempre consegue enganar. E às vezes consegue enganar a todos! Mas isto, durante certo tempo, pois nunca conseguirá enganar a todos durante o tempo todo. Mas sempre conseguirá enganar alguns durante o tempo todo, pois, como sabemos do dito popular, “há bobo prá tudo...”.
Ser militar. As qualidades enumeráveis são inúmeras. E, a maioria delas, perfeitamente aplicáveis às mulheres! Às mães principalmente! Porque as forças morais que caracterizam grandes homens, grandes mulheres as possuem! E também grandes reservas morais que grandes mulheres possuem, muitos homens NÃO as têm. Um grande homem e uma grande mulher são dotados, portanto, de grandes e iguais qualidades! Ser um militar é saber enfrentar sereno e responsável os grandes desafios; é esquecer-se, para não esquecer as perenes responsabilidades para com a pátria, para com Deus, para com a família! É enfrentar muitas vezes calado, com a língua presa na garganta, aqueles afeitos a só denunciar os nossos tropeços; algumas das nossas humanas limitações. Ser um grande homem, ser um grande militar é estar realmente na luta, no campo de batalha, com o rosto desfigurado pela poeira, pelo suor, pelo cansaço; pelos estilhaços das balas; pelo cansaço das guerras. É saber empenhar-se numa causa justa; é nunca perfilar junto de almas timoratas, covardes, medrosas; almas que nunca conheceram vitórias nem derrotas!
Ser militar é saber lutar valentemente, mesmo errando, falhando e tornando a falhar.

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