quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Do Blog Pequenas Histórias

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Abram-se as portas dos xadrezes e soltem-se os bandidos

O presidente da República decreta que a bandalheira é legalizada no país e todos podem assaltar legalmente os cofres públicos. A primeira-dama, seguida da primeira-filha e todo o séquito de nada corretos membros da família presidencial, deitam as burras nos cartões de crédito corporativo, no uso e abuso do transporte de aviões da FAB para levar de São Paulo para Brasília cabeleireiro, esteticista, e quantos puderem melhorar o visual da madame. O negócio é deixá-la a mulher mais atraente do país. Tem sentido, afinal em se tratando da mulher do presidente da República tem que ser bela e formosa, do contrário o Pinóquio cai em cima da presidenta argentina, realmente anos luz mais fascinante do que a nossa diva palaciana.
O derrame com os gastos da Presidência da República deve ser tratado como questão de segurança nacional, adianta-se um general borra-botas, puxa-saco, sem escrúpulos e sem decoro militar. Um general que não pertence às FFAA brasileiras. Ele é um pau mandado do Partido dos Trabalhadores, um general nos moldes do Carlos Lamarca, Luís Carlos Prestes, e tantos oficiais criados à semelhança do seu criador, o fazedor de fantasmas de ópera senhor Luiz Inácio Lula da Silva. O povo aplaude e confere o mais alto índice de credibilidade ao Presidente Lula. A ralé sempre torce pelo vilão da história. Lembram-se do papelão que a cidade do ex-presidente do Senado proporcionou à nação, vibrando quando o seu conterrâneo foi absolvido pelo plenário, após ser amplamente provado e demonstrado que o réu não tinha e nem tem condições de permanecer no Congresso Nacional? Assim agem os insensatos, os que perderam a noção de ética e moral. E vem o Supremo Tribunal Federal e põe uma pá de cal no que restou de dignidade no país. Um de seus membros protege de vez o sigilo dos cartões de crédito corporativo da Presidência da República. O lalau gestor da gatunagem implantada no Palácio do Planalto pode e deve continuar a saquear legitimamente o Erário. Ninguém precisa tomar conhecimento da ladroagem que se pratica no submundo da Presidência da República. O ministro Lewandowski entendeu que não se justifica a concessão de liminar (pedida pelo Partido Popular Socialista — PPS, cujo objetivo era impedir o sigilo sobre a movimentação de cartões e despesas confidenciais por parte da Presidência) —, "porque o sigilo dos dados e informações da administração pública, ao menos numa primeira análise da questão, encontra guarida na própria Carta Magna, seja porque ele não é decretado arbitrariamente, mas determinado segundo regras legais pré-estabelecidas”. Roubar faz bem aos bolsos dos ladrões, confirma, assim, a sentença deste juiz! Felizmente, para o bem do Brasil, nem todos os indivíduos são iguais. Pessoas sérias existem no STF, no Congresso Nacional, nas FFAA brasileiras, etc.
Moral da história: Abram-se as portas dos xadrezes e soltem-se os bandidos. Nada de discriminação. Os senhores que estão no poder não são menos ladrões do que os indivíduos que cumprem pena numa cela!
Encerre-se, antes de ser criada, a pizza da CPI dos cartões de crédito corporativo. Investigar a metade da safadeza, é não investigar nada!
José Geraldo Pimentel
Rio de Janeiro, 19 de fevereiro de 2008.
Roubar é bom demais!
"Eu confesso a vocês que não tenho tempo a perder com CPI".
Luiz Inácio Lula da Silva


Aprovação de Lula sobe para 66,8%
Pesquisa efetuada pela CNT/Sensus atesta que o presidente Lula continua em alta no conceito da população brasileira, mesmo tendo conhecimento do escândalo do uso indiscriminado dos cartões de crédito corporativo. Ele obteve avaliação positiva de 66,8% dos entrevistados. O CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas em 24 Estados, entre 11 e 16 de fevereiro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

COMENTÁRIO
Das duas uma, ou o povo perdeu a noção do que seja dignidade e respeito no trato com a coisa pública; ou essa empresa de pesquisa embolsou milhões para fabricar tamanho disparate, agredindo a nossa inteligência com um resultado totalmente inverossímil. Se verdadeira a pesquisa, o presidente Lula, digníssima família e seu séquito de larápios, podem continuar roubando descaradamente, pois a nação perdeu a vergonha na cara, e nos transformamos de vez em uma republiqueta de fundo de quintal. A primeira-dama italiana e o príncipe Pinóquio têm agora o direito de continuarem a roubar, por livre consenso da população. Roubar não é mais questão de ‘segurança nacional’! Faz parte!
Quem anda duro, é recomendável deixar os bolsos virados pelo avesso, para não sofrer o constrangimento de ser assediado por mãos bobas à cata de dinheiro.
Essa pesquisa se soma ao sumiço dos dados sigilosos da bacia de Santos. É um reforço providencial para sepultar de vez o escândalo dos cartões de crédito corporativo.
Com mais este ardil, percebe-se porque os comandantes militares estão calados. Toda a trama urdida na surdina fede. O cheiro nauseabundo nocauteou os senhores chefes militares, deixando-os inertes, incapazes de tomar uma atitude salvadora, capaz de salvar o pouco que restou da nação brasileira.
A merda que enfiaram nariz a dentro dos senhores chefes militares, funciona como um ‘boa noite Cinderela’. Suas senhorias só irão acordar quando não restar mais nada para ser saqueado dos cofres públicos.
Só nos cabe gritar: Viva a safadeza! Viva a pocilga em que transformaram a ex-Terra de Vera Cruz!
José Geraldo Pimentel
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Forrest Lula ...

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Esse professor da USP fez um belo resumo.
Todos conhecem o filme Forrest Gump, que narra a história de um imbecil que sobe na vida auxiliado por circunstâncias a ele notadamente favoráveis. Pois nós brasileiros temos aqui nosso Forrest Lula, pelas razões que apresentarei abaixo.
1) Ele pensa que chegou a presidente pela competência, mas foi por uma junção entre sua persistência malufiana e o 'mudancismo' do eleitor, que só pelo desejo de mudar nem se sabe o quê, vota alternadamente em candidatos como Collor e Maluf, e depois em Lula & companhia.
2) Ele pensa que é respeitado lá fora, mas não passa de uma curiosidade zoológica, como o mico-leão dourado. A esquerda romântica de lá, acha lindo um operário do terceiro mundo ter virado presidente: Se ele é competente ou não, o terceiro mundo que se dane. Ele recebe essa corda toda e acredita.
3 ) Ele pensa que trouxe programas sociais, mas a única coisa que o PT fez foi proteger os terroristas sem-terra, e transformar o bolsa-escola em bolsa-esmola.
4) Ele pensa que faz sucesso com a imprensa, mas na verdade contou, pelo menos até os recentes escândalos, com uma imprensa domesticada e cordial (e editorialistas mais preocupados com as verbas de "comunicação social" governamentais que com jornalismo sério).
5) Ele pensa que não existe ninguém que possa questioná-lo tanto em ética quanto em política, mas isso só acontece por que ele nunca se expôs a entrevistas coletivas sérias, com jornalistas especializados, onde teria de dar uma satisfação objetiva de seu desempenho.
6) Ele pensa que é imune a essa crise porque seu percentual de aprovação ainda é alto, mas as pessoas que ainda confiam nele são aquelas tão avessas à leitura quanto seu presidente, e por isso nem sabem o que acontece.
7) Ele pensa que é responsável pelo sucesso da política econômica, mas isso aconteceu porque a diretriz econômica foi a única herança do governo anterior que ele não estragou.
8) Ele pensa que causou o aumento das exportações, embora isso tenha sido conseqüência de uma série de fatores anteriores a seu governo, mais as circunstâncias favoráveis no cenário internacional.
9) Ele pensa que não sofrerá impeachment por estar acima de tudo o que acontece, embora Collor tenha sido defenestrado por muito menos. Na verdade, ele só vai ficar lá porque não interessa a ninguém transformá-lo em mártir, dando-lhe chance de retornar à cena política, ao mesmo tempo que ninguém quer ver o escroto do Alencar tomar o poder e arruinar a política macro-econômica.
Wagner Valenti
Professor da USP / Departamento de Biologia Aplicada 
COMENTO: é um bom prof. de Biologia, pois mostrou que entende bem de moluscos, vermes e parasitas... A natureza quando agredida não se defende; porém, ela se vinga.
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Direto da Terra do Nunca

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Tic-Tac era o nome do crocodilo que engoliu a mão e o relógio do Capitão Gancho.
O relógio seguia funcionando em seu estômago enquanto Tic-Tac nadava em torno do navio, numa irritante advertência de que, em breve, o próprio Capitão Gancho seria engolido.
Mais ou menos como aqui, nesta Terra do Nunca Antes [Se Viu Tamanha Ladroagem]... Com toda esta balbúrdia dos cartões corporativos, os crocodilos vermelhos  espécie violentíssima, que vive de devorar o dinheiro público — andam rondando a nau tucana, a emitir um ameaçador tic-tac também proveniente do passado.
Segundo apurou Renata Lo Prete para a Folha de S. Paulo, os crocodilos vermelhos podem provar que um ministro da era tucana andou lançando despesas de viagens pessoais numa conta "tipo B". Dentre as despesas lançadas estaria, inclusive, a compra de pastilhas Tic-Tac.
Se for verdade, seria o caso de torcer por um final feliz, levemente mais agressivo do que aquele criado por J.M. Barrie: os crocodilos vermelhos engoliriam os tucanos e os Garotos Perdidos jantariam os crocodilos.
Mas como, infelizmente, nem Peter Pan nem Sininho vieram bater na minha janela, estou crescidinha o suficiente para saber que, a despeito das ameaças, crocodilos e tucanos jamais comerão uns aos outros.
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terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Um Governo Surrealista

por Luís Mauro Ferreira Gomes (*)
Sempre encontramos dificuldade para entender o que, verdadeiramente, se pretendia com o supra-realismo, principalmente, no que faz às incursões pelos domínios dos valores, em particular, os morais, os políticos, os científicos e os filosóficos.

Nas manifestações artísticas e literárias que inspiraram o movimento, não podemos negar que, certas vezes, conseguimos encontrar alguma beleza e certa coerência, até, apesar da inconsistência estética e lógica que propunham, por princípio.
Ainda assim, parece-nos que, tanto nas Artes quanto na Filosofia, jamais deveríamos ir além de pequenos retoques que realcem a beleza da realidade, sem alterar a essência das coisas nem comprometer a verdade, sob cujo primado, devemos, tanto quanto possível, pautar todas as nossas ações. 
Somente privilegiando a razão, que nos distingue dos demais seres vivos que usam outras habilidades, particularmente, a força bruta, reuniremos melhores condições de sobrevivência nos mundos natural e social em que vivemos. 
Obviamente, não defendemos a renúncia total ao uso da força. Há situações em que ela é a última linha defensiva contra quem a usa contra nós. Se renunciarmos definitivamente ao seu emprego, abdicaremos do direito à legítima defesa e nos condenaremos à morte pelas mãos do inimigo. Empregá-la, nesses casos, é um dever.
Posto isso, se dúvidas tínhamos sobre as reais possibilidades do Surrealismo, a simples observação do que acontece no Brasil dirimiu-as todas. Ele existe, sim, e vem sendo praticado intensamente em todas as instâncias do governo brasileiro.
Os exemplos usados para fundamentar a afirmação foram escolhidos entre fatos políticos recentes, que, por certo, serão lembrados pelos leitores, mas a coleção completa, constante dos outros artigos que vimos escrevendo, desde o início do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio da Silva, mostra que o fenômeno é verdadeiro e constante no tempo, em todo o período considerado.
O Globo, na primeira página da edição de 10 de fevereiro, noticia: “Doenças ligadas à pobreza, como diarréia, desnutrição, malária e tuberculose, matam 33,5 mil pessoas por ano no Brasil — mais que o total de vítimas de acidentes de trânsito”. 
De início, vemos que os programas sociais, conhecidos como bolsas-esmola, podem comprar votos, mas não compram saneamento nem saúde. 
Ainda assim, era de se esperar que o governo, diante dessas estatísticas que evidenciam o fracasso da gestão, adotasse medidas enérgicas para corrigir o problema. Mas não! Os governantes preferem deixar a Saúde Pública abandonada, para transferir a culpa da própria irresponsabilidade para a oposição, que, em boa hora, fulminou a PEC que prorrogava a CPMF.
Paradoxalmente, o que vimos foi a edição de Medida Provisória que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais localizados em rodovias federais ou nas suas proximidades. Outra irracionalidade. Em vez de punir o motorista que dirige imprudentemente ou provoca acidente, castigam passageiros e comerciantes, como se proibir por proibir fosse a solução. A medida arbitrária, além de ineficaz, é inexeqüível, mas isso pouco importa. Ela rende dividendos demagógicos e mantém os cidadãos acuados, sob a dominação de um Estado feroz que os deixa sem condições para pensar nos problemas mais sérios que os afligem e no governo que os oprime. Além do mais, estimula, ainda, a corrupção policial.
Não há dinheiro para investir em saúde nem para a manutenção das nossas estradas, contudo o presidente da República doa um hospital para a Nigéria e “empresta”, sabidamente a fundo perdido, dois bilhões de dólares ao ditador Fidel Castro para, justamente, aplicar nas estradas cubanas.
Também falta dinheiro para o aumento dos funcionários públicos, enquanto ministros de Estado, funcionários públicos aliados e parentes do presidente fazem a maior farra com dinheiro público desviado, servindo-se, para tanto, dos cartões de crédito corporativos que, supostamente, foram introduzidos para impedi-lo.
Descobertas e denunciadas as irregularidades, enganou-se quem pensou que o governo iria apurar os fatos e punir os culpados. Doce ilusão! O que vimos foi a ministra-chefe da Casa Civil, com a agressividade que lhe é peculiar desde os tempos de guerrilheira, atropelar a verdade, alegando, para “provar” a lisura dos gastos, entre outras bobagens, que as despesas com suprimentos de fundos diminuíram no atual governo.
Outra solução engendrada para prevenir o desgaste decorrente de “acidentes” futuros é tirar os cartões dos ministros, passando-os a “aspones” dispensáveis, que assumiriam o ônus das utilizações irregulares. Mais uma tentativa ridícula de delegar a responsabilidade juntamente com a competência, como vem fazendo, com rara habilidade, o próprio presidente.
Mas o mais lamentável é que, na entrevista coletiva, a ministra e um jornalista, que também não vamos qualificar, pois as respectivas folhas-corridas são bastante conhecidas, estavam acompanhados do Chefe da Agência Brasileira de Inteligência, aparentemente, para coonestar, com o prestígio que as Forças Armadas brasileiras desfrutam junto ao povo, o embuste que se praticava.
Com espanto e decepção, vimos o General demonstrar exagerada preocupação com a segurança presidencial, que, nada indica, esteja ameaçada, mesmo porque os nossos terroristas são seus companheiros e estão, quase todos os ainda vivos, no seu governo ou em partidos da sua base de sustentação política. 
Mas a afinidade com os terroristas não pára por aí. Ao mesmo tempo em que o governo prende e deporta atletas cubanos ameaçados pelo tirano local e se mostra “indiferente” aos cidadãos colombianos que conseguiram atravessar as nossas fronteiras, fugindo dos horrores das FARC, concede, ao arrepio da Lei, a proteção do instituto do asilo para um narcotraficante das mesmas FARC, que se diz padre e foi acusado de ser o portador de doação ilegal de cinco milhões de dólares do narco-terrorismo colombiano para a campanha de reeleição do presidente. 
E o chefe da ABIN não hesitou em culpar e ameaçar quem liberou os dados do consumo com cartões ligados à presidência para o Portal da Transparência, afirmando, ainda, que os gastos com o presidente e com seus familiares não mais seriam divulgados, justificando-o com a afirmação de que “excesso de transparência gera insegurança”. 
Se, como disse, pelo volume de tais desembolsos, elementos mal-intencionados poderiam saber quantas pessoas compõem a segurança presidencial, a disseminação talvez fosse desejável: quem quer que tivesse acesso ao montante usado desistiria das intenções hostis, desestimulado por imaginar um verdadeiro exército a defender tão poucas pessoas.
Não obstante, a futilidade dos dispêndios mostra que, verdadeiramente, ninguém está preocupado com segurança. O que querem, mesmo, é se servirem do dinheiro público, como se deles fosse.
Todas as nações têm verbas secretas, sim. Estas, porém, são, normalmente, as destinadas aos serviços de informações e ao reequipamento, ao preparo e ao emprego das Forças Armadas. No Brasil, as previsões orçamentárias insignificantes a elas destinadas são, sistemática e ostensivamente, divulgadas, expondo a vulnerabilidade criminosa que um governo hostil vem impondo ao País, mediante o esfacelamento de uma das pouquíssimas instituições ainda não corrompidas, e a única capaz de defendê-lo das ameaças externas e impedir a dissolução do Estado de direito, se, ou quando, isso vier a ser tentado.
Desse modo, melhor faria Sua Excelência, se estivesse mais preocupado com o enfraquecimento das Forças Armadas e com o que, verdadeiramente, ameaça o governo: a corrupção epidêmica que o acomete em todos os níveis e as investidas subversivas de seus integrantes, tudo com a conivência do presidente da República, que, como sempre, nada vê, nada ouve, nada sabe e nada faz.
Afinado, em coro com os outros atores já citados, o ministro da Justiça, sem nenhum pejo, dá uma inquestionável prova de que, como ministro, está mais a serviço do PT do que do Estado brasileiro, ao declarar que a apuração dos desvios apontados no uso dos cartões neste governo deveria retroagir à administração anterior e incluir, também, os gastos com suprimentos de fundos. Segundo ele, veríamos, então, quem gastou mais e cometeu mais irregularidades. Mais um que procura isentar de responsabilidade agentes governamentais acusados de uso indevido de dinheiro público, com o subterfúgio de que, em outros governos, também o faziam.
A titular do ministério do racismo do governo petista, uma das acusadas de uso inadequado do cartão, sentindo-se sem condição de permanecer, demitiu-se do cargo. Mas não o fez por vergonha ou para facilitar as investigações. Parece óbvio que saiu para poupar o presidente, que preferiu, “entregar os anéis para não perder os dedos”. Depois de livrar-se dela, como nas incontáveis vezes que a história já se repetiu, não poupou elogios à companheira descartada. 
Esta, porém, procurou defender-se da irregularidade administrativa que lhe é imputada, pretextando ter sido vítima de racismo. Que racismo? Do presidente ou de si própria? Esqueceu-se a ministra de que, em nenhum momento, seus atributos físicos pessoais estiveram em jogo. Em questão, estavam, apenas, os seus gastos com o cartão corporativo. A única coisa que dela se esperava era mostrar a regularidade desses gastos, se isso fosse possível. Nesse caso, ela estaria ministra até hoje, fosse de que cor fosse.
Aliás, outra das loucuras perpetradas pelo atual governo é, precisamente, a reintrodução do racismo, com novas cores, no País. Para as nossas esquerdas, o preconceito de seus integrantes (como também a corrupção, a incompetência e a arbitrariedades) é louvável. Condenável, somente o dos outros.
Contaminadas que estão por uma lógica esdrúxula, não conseguem ver que são tão cruéis, perigosas e execráveis quanto o que houve de pior na humanidade, aí incluídos o nazismo e o fascismo, com os quais guardam forte semelhança. Que diferença haverá entre Hitler e Mussolini, de um lado, e, do outro, Stalin, Mao, Enver Hoxha, Ceausescu, Kim Jong-il, Pol Pot, Fidel Castro e muitos mais? A resposta é simples: o número muito maior de ditadores sanguinários e genocidas entre os comunistas. Em covardia e selvageria os dois grupos são equivalentes. Outra diferença é a tolerância e a leniência irracionais com que, no Brasil, estes últimos são tratados.
O governo e seu partido controlam, completamente, os institutos de pesquisa que  para não perderem as contas milionárias que, além das institucionais, incluem as das empresas estatais e de economia mista  continuam a fraudar, impunemente, os seus levantamentos, conforme as conveniências do momento, servindo-se, para tal, dos mais variados expedientes. Um dos mais simples acaba de ser usado. Como dissemos, as Forças Armadas têm grande prestigio e, geralmente, são indicadas como a instituição em que mais as pessoas confiam. Para, dolosamente, escamoteá-lo, pesquisa recentemente divulgada não as incluiu entre as opções apresentadas. Resultado: a Imprensa foi considerada a instituição mais confiável. 
Quem diria, justamente a imprensa, que, também para não perder, as benesses oficiais, deixou de ser livre para tornar-se majoritariamente governista.
Assim é que os meios de comunicação até divulgam notícias negativas sobre o governo, mas o fazem, na maioria das vezes, apenas para fingir isenção, abstendo-se, porém, de levá-las às últimas conseqüências.
Isso faz com que negociatas políticas sejam amplamente divulgadas, mas somente o suficiente para vender jornais, enquanto os agentes envolvidos debocham da sociedade e colhem, vitoriosos, os frutos dos conchavos que fazem as clara, seguros da impunidade.
Como explicar que, depois de hesitar e demonstrar desagrado e constrangimento com a indicação do PMDB (ou fingi-los), o presidente tenha cedido à pressão e nomeado o Senador Edison Lobão, mais um que nada entende da pasta, para o Ministério das Minas e Energia. Se fosse para o ministério da Cultura, até entenderíamos, uma vez que o senador é pianista.
No entanto, como os fatos noticiados indicam, a nomeação, feita em troca de votos de congressistas cooptados, a qualquer preço, para a implantação do projeto de poder petista, desta vez, teve, além das motivações normais (geralmente muito pouco éticas), claramente um objetivo fundamental que justificava tanta insistência do partido, apesar de todo o desgaste que causaria: a necessidade de dar foro privilegiado ao suplente do senador, seu filho, acusado de sonegação fiscal mediante o uso de laranja, de ser sócio oculto de uma empresa e de praticar irregularidade na venda de uma emissora de televisão.
Durante a posse do novo ministro, o presidente tentou, em discurso demagógico, transferir a responsabilidade de suas reticências para oposição, como se fosse esta que tivesse interesse em impedir a nomeação.
Finalmente, por ingenuidade, alienação, desânimo, interesses escusos, covardia, ou quaisquer outras motivações, muitos dos que deveriam insurgir-se contra essa situação caótica assistem, passivamente, à destruição do nosso País ou, mesmo, colaboram com aqueles que a promovem.
Somente se formos capazes de enfrentá-los com a violência necessária, conseguiremos vencê-los outra vez. Viveremos, então, em paz e “felizes para sempre”, pelo menos, por algum tempo. Será, sempre, indispensável estarmos atentos e preparados para as novas e criativas investidas dos inimigos ideológicos, cujos pensadores, felizmente, costumam escrever e anunciar, com grande antecedência, as estratégias que usarão, conforme a evolução dos acontecimentos. Mas é preciso, antes, acreditarmos em que eles não brincam e farão o que dizem, a não ser que sejam impedidos.
Por tudo isso, precisamos dar fim, o quanto antes, ao surrealismo extemporâneo que se abateu sobre nós. Se assim não fizermos, continuaremos a viver em um mundo irreal e fantasioso, enquanto governantes fanáticos nos escravizam e destroem, com o nosso consentimento alienado, tudo aquilo que construímos. 
Feito isso, implantarão a ditadura comunista, socialista, sindicalista, do proletariado, bolivariana, ou seja lá o que for, com que sempre sonharam. 
Depois não adiantará chorar.
(*) Luís Mauro Ferreira Gomes é Coronel-Aviador reformado.
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Fontes Abertas e Inteligência de Estado

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Em oito de novembro de 2005, John Negroponte, o czar da Inteligência norte-americana, anunciou a criação de um departamento voltado exclusivamente para a coleta, reunião e produção de conhecimento a partir de fontes abertas  processo conhecido na literatura especializada como Open Source Intelligence (OSINT).
O departamento, integrante da estrutura da Agência Central de Inteligência (CIA), foi criado com a incumbência de funcionar como um centro especializado da Agência.
A institucionalização do Centro de Fontes Abertas (Open Source Center  OSC) insere-se nos esforços de modernização e reforço da Inteligência dos Estados Unidos da América, atualmente em relativo descrédito, acusada de ter sido incapaz de prever os atentados terroristas ocorridos em 11 de setembro de 2001, e de fornecer provas questionáveis de que o Iraque portava armas de destruição em massa.
As reações de setores da CIA à criação do OSC foram, em grande parte, de descrédito. Glasser (2005), em artigo no jornal The News & Observer, apontou o preconceito dentro da própria comunidade de Inteligência como a possível principal dificuldade para o estabelecimento do OSC.
Veteranos e, até mesmo, novos servidores do principal órgão da Inteligência norte-americana não só contestaram a utilidade da novidade, como também desqualificaram os dados de origem ostensiva: "neste ramo, ainda há quem pense que se o dado não é sigiloso, não merece ser lido"  declarou um estadunidense que trabalha em parceria com a comunidade de Inteligência de seu país. (THE CIA uncovers... , 2005).
Outrossim, a reação do público leigo não pôde ser considerada inteiramente positiva. Entre vários comentários favoráveis, e outros espantados e jocosos, publicados em jornais e em fóruns de internet, alguns questionaram a utilidade do gigantesco aparato de Inteligência dos Estados Unidos, que consome bilhões de dólares do contribuinte anualmente.
A OSINT, todavia, não é novidade, bem como não é exclusividade dos serviços de Inteligência americanos; ainda assim, nos EUA, nunca fora privilegiada com uma agência própria e especializada, contando, até recentemente, apenas com pequenas seções na CIA, no Departamento de Estado e no Departamento de Defesa.
O Foreign Broadcast Information Service (FBIS) foi o pioneiro norte-americano no trato com OSINT. Iniciou suas atividades ao final da década de 1930, na Universidade de Princenton. Durante a Segunda Guerra Mundial, teve como função alçar o noticiário internacional captado por rádio ao status de fonte de Inteligência e, durante a Guerra Fria, monitorou publicações oficiais provenientes da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, como o Pravda e o Izvestia.
Com o fim da Guerra Fria, o FBIS passou por um período de ostracismo, até que os atentados, em setembro de 2001, contra o World Trade Center e o Pentágono, trouxeram à tona a importância da utilização das fontes abertas. Com relação ao uso de fontes ostensivas na atividade de Inteligência desempenhada no Brasil, é importante sublinhar que, em recente artigo para a Folha de São Paulo, o ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República do Brasil, General Jorge Armando Félix, declarou que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) "estima em mais de 90% o conhecimento obtido das chamadas fontes abertas." (FELIX, 2005).
Tendo em vista o exposto, torna-se oportuno o debate acerca da validade das fontes ostensivas, das vantagens e desvantagens que estas trazem para a análise, da qualidade dos produtos de Inteligência que as incluem, bem como da suposta necessidade de se especializar o profissional que as analisa por meio da criação de um método específico de coleta e interpretação de fontes abertas e do estabelecimento de um perfil do profissional investido nesta função.
Função da Inteligência
Primeiramente, a fim de tecermos considerações acerca da utilidade das fontes abertas, devemos definir parâmetros conceituais básicos sobre a atividade de Inteligência. É essencial entender qual a função de seu produto para que se possa julgar seus componentes.
Antunes (2002, p. 17-21) recorre a três autores anglo-saxões para definir a atividade. Sims (1995) afirma que seria toda informação coletada, organizada e analisada para atender aos tomadores de decisão em suas atividades. Shulsky (1991) restringe a área de atuação da Inteligência e a vincula necessariamente à competitividade entre nações, ao segredo e ao formato das organizações. Em suas palavras, a atividade é definida como "coleção e análise de informações relevantes para a formulação e implementação da política de segurança nacional."
Já Herman (1991) define Inteligência como tudo aquilo que os órgãos governamentais oficiais de Inteligência produzem, restringindo-a à esfera estatal. Outras definições corroboram os posicionamentos acima citados, variando sutilmente em função da proposta do autor.
Para Robert David Steele, defensor ferrenho da utilização de fontes abertas e principal executivo da empresa privada Open Source Solution (OSS), "inteligência é informação descoberta, discriminada, destilada e difundida para um decisor a fim de responder uma questão específica." (Para entendimento aprofundado da definição dada por Steele para inteligência de fontes abertas, ler: STEELE, 2001. p. 174-176.)
Cepik (2003, p. 27-32), um dos principais pesquisadores brasileiros na área de Inteligência, reconhece a existência de duas correntes: uma define Inteligência como conhecimento ou informação analisada; a outra, mais restrita, como o mesmo que segredo ou informação secreta, pois se refere à "coleta de informações sem o consentimento." A definição de Herman é mais precisa, pois, além de não limitar a atividade ao campo do conflito, de desvinculá-la da incondicionalidade do segredo e de não excluir temas como "movimentos sociais" e "meio-ambiente", também não permite que qualquer entidade que auxilie a tomada de decisões seja considerada um potencial produtor de Inteligência.
Nota-se, no entanto, que todas as definições apresentadas parecem convergir ao afirmarem ou sugerirem que a responsabilidade de subsidiar o decisor seria a principal função da atividade dos órgãos de Inteligência. Atender a solicitações das autoridades decisoras não constitui simples disseminação de dados coletados ou segredos roubados. O principal mérito da atividade de Inteligência  aquilo que a torna imprescindível para qualquer governo  é a competência de pôr em prática um conjunto de métodos materializado ao longo do "ciclo de inteligência", além de fazê-lo com oportunidade, amplitude otimizada, o máximo de imparcialidade, clareza e concisão.
Se adequadamente executada, a Inteligência pode se tornar explicativa e preditiva, qualidade que a diferencia da informação crua  o dado selecionado, mas não trabalhado.
Inteligência de fontes abertas no ciclo de Inteligência
O ciclo de Inteligência é descrito de diversas formas pela literatura especializada, já que, por se tratar de um método flexível, cada agência o desenvolve a seu critério. Cepik (2003, p. 32) pontua as 10 etapas que, segundo o autor, seriam identificáveis na maioria dos métodos empregados: requerimentos informacionais; planejamento; gerenciamento dos meios técnicos de coleta; coleta a partir de fontes singulares; processamento; análise das informações obtidas de fontes diversas; produção de relatórios, informes e estudos; disseminação dos produtos; consumo pelos usuários e avaliação.
As fases que abrangem a coleta especializada segundo fontes e meios utilizados para a obtenção das informações englobam basicamente quatro técnicas, convencionalmente separadas em três de cunho sigiloso e uma de natureza ostensiva.
Nos países centrais, cerca de 80 a 90% dos investimentos governamentais na área de Inteligência são absorvidos por este estágio do ciclo. Os trabalhos acadêmicos que versam sobre Inteligência definem as técnicas de coleta através de acrônimos derivados do uso norte-americano: HUMINT (Inteligência de fontes humana), SIGINT (Inteligência de sinais), IMINT (Inteligência de imagens) e OSINT (Inteligência de fontes abertas).
OSINT é definida como a análise baseada na "obtenção legal de documentos oficiais sem restrição de segurança, da observação direta e não clandestina dos aspectos políticos, militares e econômicos da vida interna de outros países ou alvos, do monitoramento da mídia, da aquisição legal de livros e revistas especializadas de caráter técnico-científico, enfim, de um leque mais ou menos amplo de fontes disponíveis cujo acesso é permitido sem restrições especiais de segurança." (CEPIK, 2003, p. 32). A OSINT pode compor um documento como subsídio à análise, tais quais a HUMINT, SIGINT e IMINT, ou mesmo basear inteiramente um produto de Inteligência.
Vantagens: Por que recorrer às fontes abertas?
Durante seu mandato, o ex-presidente norte-americano Richard Nixon fez diversos comentários desfavoráveis à CIA, colocando em questão a utilidade de onerar o Estado ao pagar 40.000 funcionários para "ler jornal". Da mesma maneira, ao explicar a função da atividade de Inteligência para audiências especializadas ou leigas, o ex-diretor da CIA, George Tenet, mencionava a seguinte frase: "Nós roubamos segredos." Finalmente, nas brochuras dirigidas para o recrutamento de novos agentes do órgão central da Inteligência norte-americana, lê-se "Você tem a opção de ficar à margem, lendo sobre os eventos globais nos jornais. Ou você pode escolher estar no centro dos acontecimentos que moldam o mundo [...]." (MERCADO, 2004a).
Opondo-se às visões de Nixon e Tenet, Robert Steele argumenta que, depois de examinar as demandas feitas à Inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos num determinado espaço de tempo, chegou à conclusão de que mais de 80% delas poderiam ser atendidas por meio de fontes abertas, de maneira dinâmica e a baixo custo, se comparado ao orçamento destinado àquelas demandas supridas por onerosas operações de campo.
A maior parte dos gastos com espionagem seria, portanto, desnecessária, ocorrendo principalmente porque autoridades e acadêmicos tendem a confundir Inteligência com segredo.
Em grande parte dos casos, quando questionados, tanto os consumidores dos produtos de Inteligência quanto os profissionais da área assumem que a informação sigilosa, buscada por meios sigilosos (técnicas operacionais), teria sempre maior valor para o decisor do que aquela pública, coletada através de métodos abertos. No entanto, a separação entre o que é secreto e o que é ostensivo é incerta. Notícias em jornais muitas vezes são baseadas em informações consideradas secretas. Vazamentos, por exemplo, mesmo quando raros, parecem ser inevitáveis.
Recentemente o jornalista Bill Gert, do Washington Times, vazou documentos sigilosos, convertendo-os em fontes abertas. Algumas décadas atrás, durante a Segunda Guerra Mundial, um oficial do Office of Strategic Services (o órgão de Inteligência que precedeu a CIA) surpreendeu um almirante ao lhe mostrar que o uso do bombardeiro B-29, secreto para a Inteligência e as forças armadas norte-americanas, era informação pública no Japão, onde fora veiculada por uma rádio. (MERCADO, 2004b).
Além de não haver motivo para desconsiderá-las a priori, as fontes abertas demonstram ser capazes de nos conduzir a conclusões tão estratégicas quanto as fontes secretas, o que, por exemplos concretos, derruba o argumento de que quanto mais aberta a fonte, menor será sua capacidade de subsidiar o usuário.
Os elementos desconexos que permitiam prever um iminente cisma sino-soviético foram inicialmente detectados pelo FBIS; em contraste, agentes de campo da CIA e diversos outros analistas erraram quando consideraram desinformação tais evidências. (MERCADO, 2004b).
Durante a década de 1940, amigos e inimigos dos Estados Unidos mantinham-se pari passo com os avanços tecnológicos mais modernos e secretos no campo da aviação através da leitura do periódico Aviation Week, "carinhosamente" apelidado de Aviation Leak (Em inglês, o trocadilho ironiza o fato da revista Aviation Week  Semanário da Aviação  tornar públicos alguns dos projetos secretos norte-americanos no campo da aviação, o que caracterizaria um vazamento  leak ).
Por conseguinte, os mais ferrenhos defensores da OSINT questionam o porquê de se gastar milhões, por exemplo, em uma foto da superfície de um submarino tirada com um satélite espião se, talvez, a simples assinatura de um periódico especializado poderia proporcionar a foto do interior da mesma embarcação. Da mesma forma, compreensivelmente, os partidários das fontes abertas não encontram sentido na atitude de enviar agentes secretos para a China com a missão de fotografar uma ponte ou instalação, caso as fotos destas possam ser encontradas depois de alguns cliques de mouse.
De acordo com Mercado (2004b), gerenciar a coleta de informação nos dias atuais "é menos um problema de se esgueirar em becos escuros em terras estrangeiras para encontrar algum agente secreto do que surfar na internet, debaixo das luzes florescentes de um escritório apertado, a fim de encontrar alguma fonte aberta". Isso passou a ser, também, um exercício de eficiência e bom senso financeiro, que ressalta as capacidades de mesclar oportunidade e clareza, conhecer quem tem a informação e onde se encontra quem a detém. Fica óbvio que a grande vantagem das fontes abertas é o alto grau de oportunidade e o baixo custo para obtê-las.
A OSINT torna-se atraente principalmente em épocas de contingenciamento orçamentário e para aquelas nações que adotam o princípio da efetividade em seu arcabouço jurídico. Ampliam, portanto, as possibilidades da atividade de Inteligência. Desvantagens e medidas a serem observadas quando do manuseio de fontes abertas A inundação de dados gerada pela "democratização da informação" e pela popularização das tecnologias da comunicação aumentou a carga sobre decisores, como ressalta Farias (2005, p.80), bem como impôs os possíveis três maiores entraves ao uso de fontes abertas: a quantidade exagerada e a eventual qualidade duvidosa da informação, além da falta de confiança na fonte, que está sujeita a medidas ativas de contra-espionagem (desinformação).
Aparentemente, uma solução possível para este problema seria a seleção acurada de profissionais com perfil para coleta e análise de fontes abertas, além da criação de uma doutrina especial para o exercício da função destes profissionais. A natureza da informação ostensiva, sua tendência a sobrecarregar o analista, sua vulnerabilidade e sua possível sujeição à baixa qualidade não parecem privá-la da capacidade de basear ou compor um relatório de Inteligência.
Primeiramente, quando bem instruídos acerca dos instrumentos de procura de dados e das técnicas de validação de fonte e informação, os coletores poderão ser capazes de aliar tempo e qualidade ao utilizarem fontes abertas. Em segundo lugar, entre serviços de Inteligência, os focos e abordagens da análise de um mesmo tema não são necessariamente semelhantes em função da diferença de interesses e de situações que lapidam as demandas dos decisores; infere-se, portanto, que não é necessariamente ruim o fato de a informação estar potencialmente nas mãos dos concorrentes.
Analistas da CIA, da ABIN e do Mossad, por exemplo, podem compreender a mesma notícia de jornal de maneiras distintas em função da demanda de cada um de seus usuários, de suas prioridades, de seus parâmetros (Cabe a colocação de que, tanto quanto o conhecimento sobre o tema e a capacidade de análise, a elaboração de um Plano de Inteligência pelos usuários constitui elemento fundamental para balizar as análises de Inteligência. Atualmente, o Brasil carece de um.) ou até mesmo de sua capacidade de análise.
Finalmente, coletores e analistas preparados e especializados em suas áreas temáticas poderiam constituir um filtro capaz de reduzir os déficits analíticos causados por tentativas de desinformação ou pela má qualidade do dado. Neste sentido, a vantagem competitiva entre os serviços de Inteligência não está centralizada na informação, mas na capacidade de seus agentes operacionais, ao aplicarem técnicas sigilosas com maestria e ao entenderem com clareza as necessidades do "cliente"; e na capacidade de seus analistas, ao se tornarem especializados em suas áreas temáticas e ao aliarem a capacidade de análise ao entendimento das demandas do usuário.
Por isso, colocar profissionais despreparados para coletar ou analisar dados de fontes abertas poderia ser tão ineficaz quanto investir uma pessoa despreparada em uma função que a obrigaria a coletar e analisar IMINT, HUMINT ou SIGINT. Alguns especialistas, todavia, consideram que, apesar de imprescindíveis, as fontes abertas dificilmente seriam eficazes no caso da necessidade de analisar regimes fechados.
Arthur Hulnick, ex-agente da CIA, reconheceu a importância da Inteligência de fontes abertas, mas com a ressalva de que estas, no caso de regimes como o da Coréia do Norte, não serviriam de nada. Mercado (2004b) o contradiz, afirmando que, apesar de Pyongyang possuir apenas dois jornais (controlados pelo governo), permitir pouca saída e entrada de pessoas no país e apresentar alto risco para agentes infliltrados, bastaria ao analista especializado neste país saber que os jornais oficiais são armas de doutrinação de massas  servindo, portanto, como um demonstrativo das prioridades de Pyongyang  para produzir relatórios relevantes.
Ademais, os jornais norte-coreanos reacionários, que poderiam servir de contraponto para fins de análise, proliferam em Seul, Coréia do Sul. Steele (2001) e Mercado (2004b) apontam o conhecimento de diversos idiomas como uma das principais características do profissional que lida com fontes abertas, já que grande parte das fontes abertas mais importantes pode ser encontrada em idiomas diferentes do inglês. O ensino de línguas estrangeiras em função da área de atuação direta dos serviços de Inteligência poderia ser, nessa linha, um ponto de partida no treinamento dos coletores e analistas de fontes abertas.
No caso brasileiro, por exemplo, os objetivos da política externa e das diretrizes da Inteligência atual  como combate aos entorpecentes, terrorismo e tecnologia  requerem profissionais de Inteligência preferencialmente conhecedores de idiomas como inglês, espanhol, árabe, francês, alemão e chinês, necessidade esta que poderia explicar a abertura de vagas para cargos de analistas especialistas nestes idiomas quando do último concurso da Abin.
Conclusão
A atividade de coleta e busca de informações faz-se presente em apenas uma etapa do ciclo de Inteligência que, apesar de ser de fundamental importância por alimentar o processo que resultará no produto de Inteligência, não deveria ser o ponto de referência que caracteriza a atividade fora dos limites da cine-dramaturgia hollywoodiana.
Neste sentido, não é possível imprimir juízo de valor aos dados, independente de sua natureza. Secretas ou não, as fontes não determinam a qualidade ou a importância do produto de Inteligência, mas sim os profissionais que o desenvolvem.
Ademais, o segredo pode apresentar-se distribuído nas diferentes etapas do ciclo em função das particularidades de cada demanda do usuário, porém se fará invariavelmente presente ao final do processo, ou seja, em todos os produtos de Inteligência, independente das fontes utilizadas.
A atribuição de sigilo não deveria, portanto, limitar os instrumentos de coleta ou qualificar o trabalho de Inteligência, mas proteger o produto, o que incluiria tanto a fonte, quanto a informação, a análise particularizada e as intenções do decisor (que estarão claras caso o produto de Inteligência atinja sua meta). Assim, não parece haver contradição entre o uso de fontes abertas e a aceitação de que a atividade de Inteligência, por definição, envolve necessariamente o conflito e, conseqüentemente, a necessidade do segredo. No entanto, desde já, é fundamental sublinhar que a utilização de fontes abertas, obviamente, não descarta as clássicas técnicas sigilosas.
Russel Jack Smith, ex-diretor da CIA, afirma que, combinadas aos segredos roubados, relatórios diplomáticos e coletas técnicas, as fontes abertas constituem o que se entende por "intrincado mosaico" da Inteligência. (MERCADO, 2004b).
Muitas vezes, a validação de uma fonte ou dado requererá o acionamento dos agentes de campo, bem como é certo que determinadas informações nunca serão encontradas em fontes ostensivas.
Ao ressaltarmos a importância da OSINT, chamamos a atenção para o aumento da quantidade das fontes abertas, assim como do acesso público a muitos dados que antes eram negados, e para a necessidade de nos adaptarmos a essa nova realidade, o que não significa a substituição da busca por dados sigilosos pela coleta de dados públicos, mas a otimização e a agilização do processo que permite à Inteligência subsidiar as decisões de seus usuários.

Preocupante!

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Pode não ser verdade, e acredito que não seja, mas muitos pensam assim (há algum tempo eram poucos).
De repente é bom entender que não basta ser, tem que parecer também!
Em tempos de crise de confiança, a ação de chefia deve ser intensa, firme, transparente, ostensiva e visível, caso contrário haverá sempre quem imagine tratar-se de inação, falta de liderança, apego, covardia, ou seja, vícios que não podem sobreviver em ambiente onde vicejam as virtudes militares!
É para se refletir aonde os chefes militares querem chegar com a sua disciplina e hierarquia (sic) às ordens emanadas do MD. Para mim essa atitude é de submissão e de alpinismo social, tudo que possa ser chamado de arrivista se presta nessas horas de omissão e covardia. A cúpula da PMRJ continua se digladiando com o Secretário de Segurança e com o Governador pelo aumento dos vencimentos da tropa. Quanto a nós, só as mulheres lutam e alguns elementos da reserva não se incomodam de ir as manifestações.
Duas "estórias" que, se confirmadas, devem ser motivos de grandes preocupações aos profissionais:
1. A suposta ordem do Cmt do Exército para o dia 31 Jan 08:
a. O expediente das OM dos grandes centros será até 17h (não era essa a hora normal do término do expediente?)
b. Qualquer militar da ativa pego na manifestação será preso em flagrante delito (crime militar!)
Será que nosso comandante tem dúvidas quanto a coisas tão evidentes quanto o cumprimento de horários e a vedação regulamentar de militares da ativa participarem em manifestações públicas? Haverá alguma insegurança a ponto de ser expedida a suposta ordem? Para mim ficou muito claro que nossa situação é o oposto da PMRJ, pois no EB o compromisso dos chefes é manter a tropa algemada para que o PT (ou qualquer outro partido) possa ter um governo tranquilo e eles (os chefes) possam manter seus cargos conquistados "com muito suor".
Impressiona o contraste entre a falta de liderança de nossos chefes e a liderança do Cmt PMRJ, não?
2. Corre na caserna um pedido do escalão superior de informação sobre os militares que:
a. Foram aprovados em concursos;
b. Informaram que vão prestar concurso; e
c. Estão se preparando para prestar concurso!!!!
Seria a materialização do CALDEIRÃO dos milicos, onde quem tenta melhorar de vida (estudando de noite ao invés de assistir jogo de futebol, BBB e novelas) é o vagabundo.
Hoje pela manhã, li a "mensagem do dia" no calendário do "seicho-no-ie".
Era incrivelmente esclarecedora ao dizer que "o apego é a fonte principal de sofrimento".
É exatamente o apego aos cargos (e suas mordomias) que tornou as FFAA brasileiras o que são hoje: um amontoado de gente insatisfeita, desmotivada e descrente. O verdadeiro líder é desapegado, pois ele não busca se servir de cargos, ao contrário ele ocupa cargos para servir aos seus companheiros e à instituição. Com desapego é possível tomar decisões como a de não punir os oficiais que se recusaram a caçar escravos no século XIX, como fez o Mal Deodoro.
O apego faz com que a pessoa tenha medo de perder o objeto de seu apego. Por medo de perder seus cargos é que nada é feito. Ou pior, se ameaça de prisão as poucas pessoas corajosas que ainda possam existir. Particularmente o recado foi uma ameaça direta ao nosso pessoal da ativa. Onde está o Capitão da invasão da Prefeitura de Apucarana/PR?
Por isso acredito que a CF/88 é no mínimo imprecisa ao dizer que as FFAA são instituições organizadas com base na HIERARQUIA e na DISCIPLINA. Na verdade, como toda instituição, elas são organizadas com base na LIDERANÇA!
É a LIDERANÇA que realmente as torna capazes de defender um país e a sociedade!
É a LIDERANÇA que faz com que soldados arrisquem a vida (seu bem mais precioso) mesmo em condições adversas!
É a LIDERANÇA que cria o espírito de cumprimento de missão!
E é a LIDERANÇA que eleva a auto-estima e faz seus membros orgulhosos de pertencer a este grupo.
Quando a LIDERANÇA falha é que se fazem necessários usar a HIERARQUIA e a DISCIPLINA para manter ENQUADRADOS os que não acreditam mais na qualidade dos seus chefes e nem na validade do que fazem.
Falta-nos uma guerra para se cultivar os líderes de fato e não de direito.
Ver mulheres de militares protestando por melhores salários é o mais humilhante atestado de que nossos chefes não fizeram seu dever de casa nos últimos 20 anos. É a prova de que nós não temos mais a coesão necessária para sermos chamados de FFAA.
Como esperar que OFICIAIS (com mais de 30 anos de serviço e ocupantes de altos postos) que não tem coragem de sacrificar o seu CARGO tenham a coragem de "SACRIFICAR A PRÓPRIA VIDA?"
Deixo esta pergunta para reflexão...
O General de Exército Sylvio Couto Coelho da Frota, em seu discurso de despedida  Jornal do Brasil, 13/10/77, página 4  do cargo de Ministro de Estado do Exército em 12 Out 77  ver 3º parágrafo do item 4 da transcrição , vaticinou tudo isso que está acontecendo e nada até agora me provou que ele não tinha razão. Maldito dia que ele foi demitido!!!!!!!!!!!!!!!!!!
"Corremos o sério risco de abandonar as FFAA na lata de lixo da história.... quem viver verá."
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Fabricando o Inimigo

LA EXCUSA DE LA GUERRA POR LOS RECURSOS NATURALES
por Fernando Paolella
"A medida que el petróleo comienza a escasear en el mundo, y a concentrarse cada vez más en torno del Golfo Pérsico, comienza a resultar más importante la distribución interna del mismo y del gas natural en la zona en cuestión. Arabia Saudita es el mayor productor mundial y también el país con más reservas declaradas de petróleo, pero tiene muy poco gas natural, con el agravante de que algunos de sus yacimientos petroleros más importantes están comenzando a dar señales de agotamiento. Además, no se sabe a ciencia cierta cuántos de los 120.000 millones de barriles de reserva que declara poseer son realmente extraíbles. La segunda nación en reservas mundiales de petróleo es Irán, con el agravante — para los EEUU — de que es también el país que figura segundo en todo el mundo en reservas de gas natural, tras Rusia. Por lo tanto, si el deseo geopolítico de la elite petrolero-financiera globalista es contar con los recursos iraníes aunque fuera al extremo de bombardear o invadir el país, es necesario ir sumando excusas. En el caso de Saddam Hussein las excusas fueron las inexistentes armas de destrucción masiva y su supuesto apoyo — irreal — a Al Qaeda. En el caso iraní una de las excusas que se viene preparando desde hace muchos años es el apoyo que su gobierno le presta a las milicias de Hezbollah, situadas en el sur del Líbano y consideradas terroristas por el gobierno norteamericano y por los grandes medios de comunicación internacionales, aunque no por las Naciones Unidas. Hezbollah brinda entonces una muy útil excusa para las ambiciones tanto israelíes como norteamericanas respecto de El Líbano e Irán, así como Al Qaeda y Osama bin Laden sirvieron como excusa para invadir Afganistán e Irak. Vemos entonces cómo nuevamente el terrorismo sirve de pretexto a la elite para apropiarse de recursos ajenos.
Si todo esto queda claro, también queda claro entonces por qué El Líbano ha sido sujeto en los últimos 50 años a muy confusas guerras e invasiones, por qué está seriamente dividido políticamente, por qué su aparato económico es sistemáticamente destruido y vuelto a construir, por qué en la prensa se lo menciona como base de terroristas, por qué su capital Beirut es bombardeada, sus líderes frecuentemente asesinados, y por qué Hezbollah es en el fondo funcional a los intereses de las megacoporaciones petroleras anglo-norteamericanas y de la elite globalista.", escribe Walter Graziano en su obra Nadie vio Matrix (Planeta, 2007).
Esto adquiere notable dimensión a escasos días del asesinato (¿por parte de la CIA?, ¿el MOSSAD), ¿o los dos juntos?) del libanés Imad Mugnhiyeh, líder de Hezbollah sindicado por dichos servicios y por la prensa "globalista" como autor intelectual de las masacres en Buenos Aires de la calle Arroyo y Pasteur. Por lo visto, la ubicua estupidez también se mundializa cuando los intereses de la elite hacen que se le baje el pulgar a alguien.
Hace rato que el citado grupo libanés está en la picota, y se le sobredimensiona su capacidad operativa para estos fines inconfesables. Siguiendo la línea de Graziano, se ve claramente cómo su grupo, y también la fantasmal Al Qaeda, son meros comodines en una lucha sin cuartel que se libra mayormente en las sombras. Así, los atentados de Buenos Aires en 1994, como los de Nueva York en 2001, en Madrid en 2004 y en Londres en 2005, no fueron perpetrados por quienes son sindicados por la prensa complaciente, sino que sus verdaderos autores obedecían a algo muy diferente que a la jihad islámica.

Oro negro y agua potable
Por eso, no es casual que luego de la caída del Imperio Soviético en 1991, al sistema militar-industrial globalizado con sede en Washington y Tel Aviv le venía como anillo al dedo reinventarse a sí mismo generando un enemigo. No importaba que el elegido, los musulmanes iracundos, habían sido fogueados una década atrás para combatir en la montañas afganas contra precisamente el oso ruso.
Pero la verdadera razón de esa elección, debe revelarse en dos recursos que ambas potencias necesitan en forma imperiosa, so pretexto de a corto plazo ver detenido o seriamente dañado todo su andamiaje tecnológico. En el caso de EEUU, no cabe ya ninguna duda, es el petróleo, como bien puntualiza el mencionado autor arriba. Y en el asunto hebreo, el agua potable.
Y esta, se encuentra en su vecino vapuleado del norte, El Líbano. También en Siria, en las ocupas colinas del Golán. No es de extrañar que, de manera consuetudinaria, ambos países siempre estén en el ojo del huracán geopolítico. Donde antaño crecían los célebres cedros, admirados por Salomón, lo que abunda sobremanera son los sangrientos golpes de mano urdidos por aquellos que no suelen estar entre bastidores. Y en el otro, viejo conocido, por un lado sobrevive gracias al comercio non sancto del producto de la amapola, que crece en el valle de la Bekaa.
Mientras este cronista termina, Canal 13 comienza a emitir el filme The Siege (1998), acá vendido como Contra el enemigo, del director Edward Zwick. En plena era Clinton, para algunos la cara amable del sistema, resultó controversial algunos pasajes que evidenciaban un conocimiento bastante certero de la realidad. En uno de ellos, se señala que algunos integrantes del grupo terrorista son iraquíes sublevados a Saddam, chiítas del sur, que luego fueron abandonados a su suerte por Bush padre. Como sucedió, a toda evidencia, con los muchachos de Al Qaeda.
Lamentablemente, esta historia continúa a pesar de que en la pantalla corran los créditos finales. Y los perdedores, como los vencedores, siempre sean los mismos.

Fernando Paolella

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A Farra dos Cartões do Planalto

por Orion Alencastro
Enquanto o Gabinete de Segurança Institucional, a ABIN e o ministro da justiça Tarso Genro trabalham na operação abafa dos saques ilícitos dos cartões, as redações de jornais, revistas e TVs ao redor do globo estão pendentes no aguardo de notas de seus correspondentes em Brasília, Rio e São Paulo.
A mídia internacional está interessada em comparar os gastos oficiais de seus países com os dos cartões corporativos, sobretudo no que se refere às facilidades oferecidas pelo governo da República do Brasil a seus agentes públicos. A veiculação de matérias e editoriais, desmascarando a administração federal sob a presidência do ex-metalúrgico, motiva a mídia à reflexão de que Luiz Inácio da Silva não mais seduzirá o auditório de Davos e tampouco será bem-vindo ao fragmentado Fórum Social Mundial.
Mais de 11.500 cartões tornaram seus portadores objeto de suspeita de graves desvios, muitos dos quais já rastreados pela inteligência teriam possibilitado a locupletação e enriquecimento de membros do governo e militantes partidários que aparelham o Estado, desde o primeiro mandato do presidente.

O perigo ronda o Planalto

Desde o episódio da quadrilha dos 40, denunciada à Justiça pelo Procurador-Geral da República que culminou com a queda do ministro da Casa Civil José Dirceu, cassação do mandato de deputado federal e perda dos seus direitos políticos, o presidente Luiz Inácio da Silva se amarga e não consegue esconder a sensação de perigosa ameaça que se avizinha, rastilho de puríssima nitroglicerina. Nem mesmo as geleiras da Antártida conseguiram esfriar a cabeça a prêmio do Chefe da Nação.
Em mãos da imprensa investigativa, verdadeiros mísseis jornalísticos estão guardados a mil chaves, carregados de matérias desenvolvidas com fatos, destinos de valores do erário público e responsáveis, todos vinculados à descoberta da farra dos cartões corporativos, agora objeto de uma comissão parlamentar de inquérito, uma CPI chapa branca para dissuadir os autênticos crimes de peculato  compra de veículos, reforma de imóveis, construção de piscinas, etc.
A publicação do material bélico jornalístico dependerá da conveniência e oportunidade, conforme o andar da carruagem do monarca de Brasília, da articulação dos movimentos sociais e estudantis, do comportamento da Igreja, do aquecimento do Congresso e da evolução do ambiente da mídia.

Brasilprev, uma caixa preta muito importante
Executivos da Brasilprev Seguros e Previdência S/A, empresa de previdência privada complementar do Banco do Brasil em associação a Principal Financial Group e ao SEBRAE entraram em estado alerta, diante da eventualidade de sofrer alguma intervenção.
A Brasilprev também não escapou do aparelhamento político do governo petista, nos últimos anos. Recebeu em sua carteira previdenciária incontáveis agentes públicos federais e parentes próximos. Por "mera coincidência", inúmeros são portadores dos cobiçados cartões corporativos. O fato poderia até esclarecer parte do destino de milhões de reais do erário público, pulverizados e sem os devidos comprovantes para a contabilidade da União e do TCU.

Primeira dama investe 600 mil na Brasilprev
O Gabinete de Segurança Institucional se empenha na coordenação de abafar o endereço de 650 mil reais que sumiram pelas mãos da Sra. Marisa Letícia da Silva, na utilização de seu poderoso cartão corporativo. O sigilo sobre o caso é questão de "segurança nacional", conforme defesa do Sr. Jorge Armando Felix, ministro-chefe do GSI, sabedor que a segurança é muito mais um grau de garantia porque é relativa, está sujeita a vulnerabilidades.
A verdade é que a esposa do presidente do governo mais corrupto da história da República desde D. João VI desembolsou, em dinheiro vivo, nada menos que R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), que foram recolhidos aos cofres da Brasilprev e incorporados ao seu balanço de 2007, para a aquisição de três planos de "previdência júnior" para garantir o futuro de seus três netinhos.
A senhora Marisa Letícia, a que entrou muda e certamente sairá calada do Palácio do Alvorada, usufrui a bel prazer das facilidades que a blindagem oficial propicia, mas que é relativa pois informações vazam. Lamentavelmente, a família da Silva que se tornou patrimonialmente poderosa em tão pouco tempo de reinado, ainda conta com a simpatia de uma legião de brasileiros sem emprego, sem moradia, sem educação, sem saúde, mas portadores do cartão da corporação dos miseráveis do país.
É importante refrescar a memória da sociedade. O SEBRAE é presidido pelo Sr.Paulo Okamoto, identificado e conhecido como o contabilista do poderoso chefão, o chefe da infeliz nação brasileira, eleito por um contingente que o permitiu fazer do Estado Democrático de Direito uma grande farsa que envergonha os homens e as famílias que prezam pela construção de um grande destino para nossa Pátria.
Fonte:  Observatório da Imprensa
Brasil Acima de Tudo
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No Governo do Crime, o General do PT Não é do Exército

por Orion Alencastro
A propósito do vergonhoso caso dos cartões corporativos distribuídos pelo governo do exmo. sr. presidente Luiz Inácio da Silva, há que se fazer honrosa ressalva em defesa do Exército Brasileiro, por dever de consciência cívica de nacionalidade e para que a respeitada instituição, leal aos superiores valores da Nação e da Pátria, e à honra da Bandeira Nacional, não se confunda com a figura do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e subordinados fardados, manuseadores do erário público.

General a serviço do (des)Governo petista
O titular do GSI é o senhor Jorge Armando Félix, general-de-exército reformado, conhecido na linguagem popular das esquerdas, de petistas e palacianos de Brasília como "general de pijama", exercendo a função com todos os direitos, vantagens e agrados do cargo no staff presidencial, e acumulando merecidos proventos de militar da reserva.
Diante de tantas suspeitas, roubalheiras e abusos criminosos no uso dos cartões corporativos é importante ressaltar que o emérito militar da reserva não possui nenhum poder sobre a Força Terrestre e singulares. No entanto, tem à sua disposição mais de uma centena de militares comissionados na Presidência da República, distribuídos em Brasília, Florianópolis, São Paulo e São Bernardo do Campo para missões de segurança e condução dos veículos dos membros da família Da Silva.
Depreende-se que seus atos, obrigações e missões, bem como os de seus subordinados envolvendo o uso de cartões corporativos, de maneira nenhuma devem ser confundidos com os militares diretamente subordinados ao comando do Exército. Estes, distantes dos palácios e das intimidades públicas, estão cumprindo exemplarmente seus deveres constitucionais, a despeito da total ausência de atenção e respeito do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.

Proteção total à família Da Silva
O ministro Félix cumpre o papel de oferecer toda e qualquer blindagem possível aquele que o nomeou para as funções de confiança. A prioridade é proteger o seu chefe e a família Da Silva, garantindo-lhes segurança pessoal, sigilo nas questões particulares que envolvam a "segurança nacional", conforme as suas próprias palavras.
O titular do GSI, mesmo tendo conhecimento das atividades imorais, amorais, anti-éticas e anti-estéticas do grupo familiar que se sustenta nas prerrogativas do manto da segurança nacional, deve se esmerar para não deixá-las vir a público.

O escritório dos acertos do Sr. Da Silva
O general do governo do PT que tem sob sua jurisdição a Agência Brasileira da Inteligência coloca em risco a sua saúde física e mental ao absorver conhecimentos e analisar informações sigilosas que não se coadunam com a respeitosa figura de um Presidente da República que, até há pouco tempo, desfrutava um secreto escritório particular na cidade de São Paulo.
Podemos imaginar o incômodo de um soldado com excelente folha de serviços ao país tendo que se sujeitar a engolir a seco e justificar, diante da imprensa, a hemorragia do dinheiro da República na farra de mais de 11 mil cartões corporativos, ao lado da apoplética ministra-chefe da Casa Civil e do ministro de "Agitação e Propaganda" (Comunicação Social), cujos passados não merecem ser lembrados, em respeito unilateral pela Lei da Anistia.
O temor oficial é que o aprofundamento nas investigações do uso geral dos cartões corporativos evidenciem até a compra de automóveis, motocicletas, motores de popa, embarcações de recreio, construção de piscinas, eletrodomésticos, tudo com notas fiscais fraudulentas.

Relações criminosas do Palácio do Planalto
O mais difícil para o ministro-chefe da Segurança Institucional é disfarçar a sua contumaz e angustiante fisionomia ao ter que calar sobre a manipulação dos movimentos sociais, estimulados e sustentados financeiramente pelo Palácio do Planalto e com anuência do presidente. A Força Nacional de Guerrilha Rural e Urbana, comandada pelo MST, nunca foi revistada pela polícia. O ministro Félix e a ABIN sabem muito bem que uma revista cuidadosa flagraria as armas utilizadas pela guerrilha treinada pelas FARC, em suas invasões de terra. Quem sabe, no dia em que invadirem as terras da família Da Silva e dos seus "cumpanhêros", as armas apareçam e a sociedade brasileira finalmente seja informada do arsenal em posse dos sem-terra.
O chefe do GSI também deve acompanhar constrangido os ajustes de facilidades promovidos pelo seu inescrupuloso chefe, que negocia as riquezas nacionais, a caixa preta do BNDES e o patrimônio público, permitindo o subfaturamento na exportação de minérios em prejuízo da soberania nacional, os avanços das ONGs transnacionais e as dos serviços secretos externos que adulam os governantes. Há que se acrescentar, ainda, as intimidades com a Vale do Rio Doce, Santander, OHL, CBMM-Araxá, Telefonica, Telemar, Gerdau e tantas outras madrinhas da família Da Silva, conhecidas da imprensa brasileira e internacional.

Patrimônio do "Poderoso Chefão"
É lamentável e triste para os homens de bem da Nação assistir um antigo chefe militar se prestar a um papel desses, omitindo-se diante do inexplicável banquete patrimonial da família Da Silva, durante os 5 anos de governo. No cardápio, Amazônia, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Madri e ilhas, e o destaque para os vultuosos empreendimentos imobiliários no ABC, sob direção do filho mais "notável". Este panorama é conhecidíssimo dos seus agentes de segurança, da inteligência, dos companheiros dos partidos aliados e de pauteiros da imprensa.
Como deve ser indigesto garantir a Segurança Institucional do país frente o enriquecimento da legião que aparelhou o Estado, a exemplo dos 40 denunciados à Justiça que, ainda orientados pelo ex-chefe da Casa Civil, agem nos subterrâneos dos palácios do Planalto e da Alvorada, e nas sombras do presidente da República!
A situação do Sr. Luiz Inácio da Silva só não se complica em função da aliança de onze partidos, encabeçada pelo "socialista" PT, dos invertebrados deputados, dos frouxos senadores da República, dos intelectuais e artistas embalsamados pelas verbas oficiais e da imprensa silenciada pela publicidade oficial.
Nunca neste maravilhoso país roubou-se tanto em tão pouco tempo! Esta é uma constatação difícil de ser desmentida pelo chefe do GSI, o general do Governo do PT, pelo punhado de valorosos patriotas servidores da Agência Brasileira de Inteligência, da Polícia Federal e da Receita Federal, e por que não, do Ministério Público da República, a despeito da velada polícia política organizada para a defesa e permanência do mandatário. Este é o (des)governo que a cada dia se notabiliza na imprensa e vai ganhando a opinião pública como o mais imoral e corrupto da história da Pátria, desde D.João VI.

Collor: migalhas que não atraem gangsteres
O general do PT não pode discordar que, por muito menos, montou-se um complô para a deposição do presidente Fernando Collor, composto pelas esquerdas, organizações do falecido vice-rei Roberto Marinho e empresários.
Hoje, a conjuntura é outra. O escamoteado gangster, seu Chefe, se sustenta na subordinação aos banqueiros, nas transnacionais, nos controladores externos, nos aparelhadores do Estado e nos políticos corrompidos, se ancora no Taliban tupiniquim dos movimentos sociais e se garante externamente dependurado no Foro de São Paulo, com toda a simpatia das organizações terroristas e narco-traficantes que o integram e passeiam livremente pelo país.
O verdadeiro sistema de segurança institucional não é o coordenado pelo general do PT, está implantado ao sabor doutrinário gramscista do "politicamente correto" que logrou as bençãos de uma legião de 62% de eleitores de consciência dispersa e encantados pela flauta mágica do embusteiro das bolsas-miséria, adulador do carrasco de Havana e capacho do coronel Chávez, seus colegas da lista de magnatas da Revista Forbes.

O general do PT não é do Exército
Seria prudente e saudável para o elevado conceito e imagem do Exército de Caxias se o governo e a imprensa dispensassem o tratamento de general ao chefe do GSI, omitindo a nomenclatura da sua graduação militar para ninguém confundir e interpretar que o "Grande Mudo" verde-oliva esteja de acordo com as irresponsabilidades administrativas, a corrupção, o solapamento da democracia e as ameaças à soberania nacional do sonso Governo da República.